Veículo: G1
Editoria: Notícias
Data: 01/09/2017
Título: UFJF anuncia aumento de vagas e reconhecimento de nome social no Pism 2018
Começam na próxima segunda-feira (4) as inscrições para os módulos I, II e III do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para o ano de 2018.
Esta edição conta com uma novidade no Módulo III do programa, que reserva, a partir de agora, 50% do total das vagas para o primeiro e no segundo semestres de 2018. A outa metade fica para ingresso via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Até então, a relação era 30% de vagas para o Pism e 70% para o Sisu.
As inscrições serão feitas exclusivamente no site da Comissão de Processos Seletivos (Copese) do dia 4 ao dia 29 de setembro. O edital está disponível no site da universidade. A taxa é de R$ 110 e o pagamento tem que ser feito até 29 de setembro, exclusivamente no Banco do Brasil.
Outra mudança nesta edição é que os candidatos travestis ou transexuais podem solicitar a inscrição com uso do nome social, pelo qual preferem ser chamados e que reflete a identidade de gênero.
Para isso, é preciso que os solicitantes preencham e encaminhem à coordenação um formulário, junto com a cópia do documento de identidade. Os candidatos menores de 18 anos devem apresentar assinaturas dos pais ou responsáveis legais no formulário.
O Módulo III vai oferecer, portanto, 2.323 vagas para ingresso em 72 cursos. Destas, 1.908 são para o campus Juiz de Fora e 415 para o de Governador Valadares.
Isenção da taxa de inscrição
Os candidatos que quiserem solicitar isenção da taxa devem fazer o pedido no ato da inscrição on-line, de 4 a 11 de setembro.
Os pedidos podem ser feitos de duas formas: via CadÚnico, informando o Número de Identificação Social (NIS) ou pelos critérios da Lei 12.799/2013, desde que possua renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita e que tenha cursado o ensino médio em escola da rede pública ou recebido bolsa total em escola da rede privada.
Sistema de cotas
Outra mudança que ocorre a partir desta edição do Pism é a reserva no Módulo III de vagas para pessoas com deficiência dentro das cotas raciais e sociais que já existem. Do total de vagas, no mínimo 50% devem ser destinadas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
Nesse caso, não se aplicam escolas filantrópicas, alunos de telecursos, nem bolsistas de escolas privadas. O restante das vagas vai para a ampla concorrência, denominada Grupo C. Dentro do total de cotistas oriundos das escolas públicas, há oito grupos, que são diferenciados por renda, raça ou grupo étnico e deficiência.
Provas
As provas dos três módulos serão aplicadas nos dias 9 e 10 de dezembro, das 13h às 17h30. Os locais do exame constarão no comprovante definitivo de inscrição, que deverá ser acessado e impresso pelos próprios candidatos, a partir do dia 21 de novembro.
As provas serão realizadas em Juiz de Fora, Muriaé, Governador Valadares e Volta Redonda (RJ) e os portões serão fechados às 13h.
Os candidatos devem permanecer no local de prova, pelo menos, durante 1h30 após o início das provas. Não haverá segunda chamada.
Resultados
A prova de habilidade específica para o curso de Música será nos dias 22, 24 e 25 de outubro e o resultado está previsto para o dia 31 de outubro. Já as notas das provas do Módulo III do Pism serão divulgadas no dia 1º de fevereiro de 2018 e o resultado final, no dia 8 de fevereiro.
As notas das provas dos Módulos I e II serão divulgadas no dia 8 de março de 2018 e o resultado final publicado no dia 15 do mesmo mês.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/09/2017
Título: UFJF oferta quase mil vagas a mais pelo Pism em 2018
O Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vai oferecer quase mil vagas a mais em 2018, em comparação com a última edição do processo seletivo. Neste ano, são oferecidas 2.323 vagas em 72 cursos, enquanto que, no ano passado, 1.439 vagas em 69 cursos foram ofertadas. O aumento expressivo no número de vagas, que afeta apenas os candidatos do último módulo, é decorrente da mudança na divisão de vagas entre o programa, próprio da universidade, e o Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com a divulgação do edital do Pism 2018 nesta sexta-feira (1º), a universidade também divulgou que, neste ano, 50% do total de vagas na instituição serão disputadas por alunos que participarão do Módulo III. A outra metade será destinada aos candidatos do Sisu.
Em edições anteriores do Pism, 30% das vagas eram reservadas para o programa próprio da universidade e os outros 70% para o Sisu. A mudança ocorreu em decorrência da necessidade de adequação à legislação federal que regulamentou a reserva de cotas para pessoas com deficiências em instituições federais.
Das 2.323 vagas direcionadas aos candidatos do Pism neste ano, 1.908 são para 62 cursos no campus Juiz de Fora e 415 para dez cursos no campus de Governador Valadares. As inscrições para os três módulos do Pism começam nesta segunda-feira (4), a partir das 15h. As provas serão realizadas nos dias 9 e 10 de dezembro, das 13h às 17h30.
Para se inscrever, o candidato deverá acessar o site da Copese até as 19h do dia 29 de setembro, realizar a inscrição no link indicado e imprimir a Guia de Recolhimento da União, referente à taxa de inscrição, no valor de R$ 110. Os candidatos que quiserem solicitar isenção da taxa devem fazer o pedido no ato da inscrição on-line, que, neste caso, deve ser feita de 4 a 11 de setembro. O endereço do site é www.ufjf.br/copese .
Também é necessário imprimir o comprovante definitivo de inscrição, a partir das 15h do dia 21 de novembro. Neste documento estarão contidos os locais de prova, que poderão ser realizadas em Governador Valadares, Muriaé e Volta Redonda (RJ), além de Juiz de Fora.
Devem se inscrever para o Módulo I aqueles alunos que estão participando do programa pelo primeiro ano (triênio 2017-2019). Alunos que já participaram das provas no ano passado devem se inscrever no Módulo II (triênio 2016-2018), e, aqueles que vão finalizar o terceiro ano do Ensino Médio neste ano vão se inscrever para o Módulo III (triênio 2015-2017).
Todas as orientações para os candidatos estão descritas no edital, que também contém informações sobre o número de vagas para cada curso, regras para os pedidos de isenção e de realização das provas. Na publicação também estão elencados os critérios para inscrição no sistema de cotas da UFJF.
Nome social
Outra alteração no processo seletivo, a partir deste ano, é a possibilidade de os candidatos travestis e transexuais poderem solicitar a inscrição com uso do nome social. Para utilizar o nome pelo qual prefere ser chamado cotidianamente e que reflete sua identidade de gênero, o candidato tem que solicitar o atendimento por meio de formulário próprio disponibilizado no site da Copese durante o período de inscrição.
Pessoas com deficiência são incluídas nas cotas
A mudança na divisão das vagas entre o Pism e o Sisu ocorreu em decorrência da necessidade de adequação ao decreto 9.034, de abril deste ano, que regulamenta a lei 13.409, de dezembro do ano passado. As normas, assinadas pelo presidente Michel Temer, regulamentam a reserva de vagas para pessoas com deficiência em instituições federais. Para que a nova legislação fosse cumprida, a UFJF constatou a necessidade de dividir as vagas igualmente.
Durante entrevista coletiva para a imprensa na manhã de sexta-feira (1º), a pró-reitora de Graduação da UFJF, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo, explicou que a decisão de dividir igualmente o total de vagas passou por discussão interna, iniciada no Conselho de Graduação (Congrad). Em seguida, um debate foi realizado no Conselho Superior (Consu) e a questão redirecionada para o Congrad. “Vimos como melhor solução para este momento a mudança na destinação das vagas. Assim, conseguiríamos ter, na maioria dos cursos, todas as possibilidades de cotas.”
As cotas para pessoas com deficiência serão incluídas dentro das cotas raciais e sociais já existentes até então. Do total de vagas do Pism, 50% serão destinadas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e o restante vai para a ampla concorrência, grupo oficialmente denominado como Grupo C. Além dos grupos A, B, D e E, foram incluídos os grupos A1, B1, D1 e E1 para as pessoas com deficiência (ver quadro). O número de vagas para cada um dos grupos está definido no edital.
A decisão deve ser divulgada em breve, em forma de resolução. Conforme a pró-reitora, no entanto, para as próximas edições do programa, a universidade deve estudar novas formas de distribuição das vagas, com base nos resultados alcançados neste processo. “O prazo de regulamentação dado às instituições foi muito curto para fazer um debate amplo e aprofundado. Por isso, a resolução reserva-se a colocar a distribuição como válida para o processo apenas deste ano, para o edital do Pism de 2018 e para as duas entradas do Sisu de 2018, no primeiro e no segundo semestre.”
Assim como já acontecia anteriormente com os outros cotistas, os candidatos com deficiência devem assinalar, no momento da inscrição, a cota correta à qual sua condição se encaixa. Esta etapa acontece apenas no momento da inscrição no Módulo III, momento em que o concorrente também escolhe o curso ao qual deseja ingressar. Além de estipular o número de vagas para pessoas com deficiência em cada curso, o edital do Pism 2018 pontua que os candidatos com deficiência convocados para ocupar as referidas vagas devem apresentar laudo médico original no momento da matrícula. Segundo definido pelo edital, o documento deverá ser emitido nos dois últimos meses que antecedem o processo seletivo, atestando a espécie e grau de deficiência e a provável causa da mesma.
Duas comissões também são responsáveis por analisar os documentos entregues no momento da matrícula. No caso dos ingressantes com algum tipo de deficiência, uma terceira comissão vai analisar as necessidades do aluno para que ele possa ingressar na universidade.
Pró-reitora alerta para compromisso dos candidatos de acompanhar o processo
Apesar de o edital conter todas as informações e datas necessárias para que os interessados acompanhem os trâmites dos processos seletivos, muitas matrículas são indeferidas por erros cometidos pelos próprios ingressantes após a aprovação. O alerta é da pró-reitora de Graduação, Maria Carmen Simões Cardoso de Melo. Segundo ela, é essencial que os candidatos atentem para os detalhes contidos no edital, pois o documento vai nortear a participação dos inscritos no processo.
“O edital tem inúmeras informações. Por isso, é preciso ler com bastante cuidado e critério e estar atento a todas as fases. O candidato também deve manter o compromisso de acompanhar o processo por meio do site da Copese e ficar atento ao calendário”, afirma.
Entre as principais orientações sobre erros comumente cometidos pelos ingressantes está a escolha errada do sistema de cotas no momento da inscrição. “Só são consideradas escolas públicas aquelas que são de ensino público mesmo, de administração indireta ou direta das três esferas de governo. Alunos que estudaram em escola privada, mesmo com bolsa integral, não podem se candidatar às cotas, assim como alunos oriundos de escolas filantrópicas e de telecurso também não podem.”
Os candidatos cuja religião exige vestimentas diferenciadas ou a realização das provas em outro dia da semana também devem verificar, no edital, como proceder, assim como os alunos com algum tipo de deficiência. Outra questão importante é que o aluno pode reprovar no primeiro ano do triênio do Pism e continuar no processo, mas, caso reprove no segundo ou no terceiro ano, é eliminado.
Pró-reitora de Graduação, Maria Carmen de Melo, orientou que candidatos leiam com muita atenção os detalhes no edital
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/09/2017
Título: Vagas de ingresso na UFJF serão divididas igualmente entre Pism e Sisu
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulga, nesta sexta-feira (1º), a partir das 15h, o edital do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism) de 2018. Neste ano, o número de candidatos ingressantes pelo Pism será maior, pois o edital terá uma novidade: as vagas de ingresso na universidade serão divididas igualmente entre os candidatos do Pism e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Com a mudança, 2.323 vagas em 72 cursos serão oferecidas pelo Módulo III do programa de ingresso próprio da universidade. Nas edições anteriores, 30% das vagas eram reservadas para o Pism e 70% para o Sisu. As inscrições para os três módulos do Pism começam nesta segunda-feira (4).
Segundo a pró-reitora de Graduação, Maria Carmem Simões, a mudança na divisão das vagas entre os dois programas de ingresso ocorreu em decorrência da necessidade de adequação ao decreto 9.034, de abril deste ano, que regulamenta a lei 13.409, de dezembro do ano passado. As normas, assinadas pelo presidente Michel Temer, regulamentam a reserva de vagas para pessoas com deficiência em instituições federais. Para que a nova legislação fosse cumprida, a UFJF constatou a necessidade de dividir as vagas na UFJF igualmente.
As cotas para pessoas com deficiência serão incluídas dentro das cotas raciais e sociais já existentes até então. Do total de vagas, 50% devem ser destinadas a candidatos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas e o restante vai para a ampla concorrência, grupo oficialmente denominado como Grupo C. Além dos grupos A, B, D e E, foram incluídos os grupos A1, B1, D1 e E1 para as pessoas com deficiência. As mudanças valem, inicialmente, somente para o Módulo III do Pism 2018. Para as próximas edições do programa, a universidade deve estudar novas formas de distribuição das vagas.
A partir das 15h de segunda-feira os candidatos aos três módulos do Pism já poderão se inscrever para as provas, que serão realizadas nos dias 9 e 10 de dezem
bro. As inscrições podem ser feitas até as 19h do dia 29 de setembro, exclusivamente pelo site da Copese. Das 2.323 vagas, 1.908 são para 62 cursos no campus Juiz de Fora e 415 para dez cursos no campus de Governador Valadares.
Para se inscrever, o candidato deverá acessar o site, realizar a inscrição no link indicado e imprimir a Guia de Recolhimento da União, referente à taxa de inscrição, no valor de R$ 110. Os candidatos que quiserem solicitar isenção da taxa de inscrição devem fazer o pedido no ato da inscrição online, de 4 a 11 de setembro.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 01/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/02-09-2017/228237.html
Título: Voo livre
O reitor da UFJF, Marcus David, recebeu o diploma de colaborador benemérito do Corpo de Bombeiros, nas comemorações dos 106 anos da corporação.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 01/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/02-09-2017/228237.html
Título: Voo livre
“Educação na criação dos filhos: experiências e trocas de saberes” é tema da roda de conversa deste sábado, no Centro de Pesquisas Sociais da UFJF.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 01/09/2017
Título: Corrida da Faefid e Bem Comum Lazer modificam trânsito no domingo
Neste domingo, dia 3, a UFJF realiza a 1ª edição da Corrida da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid). A largada ocorre às 8h na pista de atletismo do complexo esportivo, e os atletas terão duas possibilidades de percurso no campus _ corrida de 7km e caminhada de 3,5km. Para a realização da prova, todas as vias do campus serão interditadas de 7h às 10h. Haverá sinalização e policiamento nos portões Norte (Bairro São Pedro) e Sul (Dom Orione).
Em função da corrida, os trajetos das linhas 532 (São Pedro), 534 (Santos Dumont), 541 (São Pedro), 547 (Nossa Senhora de Fátima), 544 (Recanto dos Brugger), 548 (Adolpho Vireque / via Jardim Casablanca e Morada do Serro), 549 ( Nova Germânia), 560 (Av. Presidente Itamar Franco), 590 (Zona Sul/UFJF) e 599 (São Pedro) serão alterados.
Interdição no Centro
Também no domingo, a pista central da Avenida Rio Branco, no trecho entre Rua Doutor Romualdo e Avenida Doutor José Procópio Teixeira, será interditada para o trânsito de veículos para a realização de mais uma edição do projeto Bem Comum Lazer. A interdição ocorre das 6h às 13h, e, devido à modificação, os ônibus que circulam no sentido bairros Manoel Honório/Bom Pastor deixarão a faixa central no cruzamento com Avenida Presidente Itamar Franco, devendo utilizar a lateral. Já no sentido Bom Pastor/Manoel Honório, retornarão à pista central no cruzamento com Rua Doutor Romualdo. Os pontos de parada na pista lateral serão em frente aos atuais da pista central.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Coluna Cesar Romero
Data: 01/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/colunas/cesar-romero/01-09-2017/aaa.html
Título: Cotação alta
Vice-diretor da Faculdade de Farmácia da UFJF, Marcelo Silva Silverio, foi eleito, por unanimidade, coordenador do Fórum Nacional de Farmácias Universitárias, durante congresso em Fortaleza.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Economia
Data: 02/09/2017
Título: Feira de imóveis, móveis e automóveis deve atrair 12 mil
De olho nas sinalizações positivas da economia, no potencial das marcas sediadas na cidade e na existência de uma demanda reprimida, o Grupo Solar de Comunicação promove uma iniciativa inédita na região. Juiz de Fora sedia, este mês, a 1ª Feira de Negócios, que reúne quase 30 empresas de três segmentos importantes para o mercado e mais demandados pelo consumidor: imóveis, móveis e automóveis. O evento acontece entre os dias 22 e 24 de setembro e promete reunir cerca de doze mil pessoas nos três dias de realização. A feira é produzida e organizada pela Done Produtora de Eventos e acontece no Independência Shopping, com entrada franca. O volume de negócios não foi calculado, mas promete bater a casa dos milhões.
“Faz parte do contexto do grupo lutar pelo desenvolvimento da cidade. Todo evento, nessa direção, está cumprindo a nossa proposta, quando fundamos o jornal há 36 anos”, afirma o diretor-presidente Juracy Neves. Para ele, a Feira de Negócios, além de uma reação, é um chamamento, necessário especialmente no momento atual. “É preciso que as autoridades, os empresários e todas as pessoas que fazem parte do processo sejam sensíveis a esse chamamento, para somarmos no sentido de alavancar o desenvolvimento da nossa cidade e da região.”
Para o economista e professor da UFJF, Fernando Perobelli, esse tipo de evento é importante para consumidores e expositores. Por reunir, em um mesmo local, diversos segmentos, a feira facilita a comparação de preços pelo cliente e aumenta as chances de uma melhor negociação, já que é esperada a concessão de descontos e condições diferenciadas de pagamento. Já para as empresas, a oferta conjunta é uma estratégia que pode atrair público e potencializar a geração de negócios.
O economista André Zuchi reforça a importância das feiras de negócios em momentos de crise. “Promover uma feira de negócios nos segmentos de imóveis, móveis e automóveis, que são muito representativos na economia, não seria diferente.” Segundo o economista, eventos com este perfil beneficiam, inclusive, outros setores da economia, como o de alimentação, hoteleiro e transporte. “Somos uma cidade polo, portanto, sempre existe a perspectiva de pessoas e empreendedores de outras cidades visitarem a feira para fazer negócios, se relacionar com fornecedores e conhecer novos produtos e marcas. Que a iniciativa seja a primeira de várias.”
Consciente do papel e da responsabilidade de Juiz de Fora como polo, Juracy Neves ressalta a potencialidade da cidade no comércio, na indústria, nas redes de ensino e no setor de saúde, defendendo a proeminência de uma liderança regional que direcione o olhar – e as ações – para além dos limites municipais. Na sua opinião, por ser referência, a cidade precisa imprimir um desenvolvimento que alcance e beneficie também os municípios do entorno, promovendo um crescimento regional.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, João de Matos, se entusiasma com a iniciativa. “Cada vez mais, a Prefeitura tem discutido, junto a empresários, a necessidade desse tipo de ação, partindo da iniciativa privada.” Segundo ele, a Prefeitura, hoje, não tem expertise para organizar eventos com este perfil, mas “consegue estar presente, apoiando, divulgando e entendendo que, para a economia local, é o melhor que pode acontecer no mercado”. O secretário destaca a importância – e o alcance – do Grupo Solar, que chancela a iniciativa, e a diversificação do evento, que fecha a cadeia de consumo. “São iniciativas como esta que a cidade está precisando.”
União de segmentos é inédita em Juiz de Fora
A Feira de Negócios segue uma tendência nacional, já comum nos grandes centros, avalia o diretor-executivo da Done, Toninho Simão. “O custo é muito alto para fazer uma feira, então é bem-vinda a ideia de juntar os três segmentos em uma iniciativa inédita na cidade.” Toninho elenca as condições especiais oferecidas pelos participantes; o mix disponibilizado, que beneficia consumidores dos mais variados perfis; além da facilidade e comodidade de o evento ser realizado no shopping. “É um evento para toda a família.”
Na direção geral do grupo, as irmãs Márcia e Suzana Neves reforçam o ineditismo de reunir três segmentos distintos, mas complementares, em torno do objetivo comum de fomentar negócios. Márcia afirma que os expositores são clientes importantes para o grupo, e os produtos estão entre os mais demandados pelo público da Solar. Segundo ela, a ideia é que o evento possa integrar o calendário da cidade. “O objetivo é que o consumidor entre e possa comprar a moradia, o carro e ainda consiga levar a mobília para casa.”
Já Suzana ressalta a importância da movimentação econômica. “Estamos levando a nossa marca para outros eventos. Sempre fomos apoiadores e agora somos os organizadores dessa feira.” A diretora comemora a adesão dos expositores – considerados os principais representantes dos setores na cidade – e, agora, espera que o público também prestigie a iniciativa, marcando presença.
Para o economista e professor da UFJF, Fernando Perobelli, esse tipo de evento é importante para consumidores e expositores. Por reunir, em um mesmo local, diversos segmentos, a feira facilita a comparação de preços pelo cliente e aumenta as chances de uma melhor negociação, já que é esperada a concessão de descontos e condições diferenciadas de pagamento. Já para as empresas, a oferta conjunta é uma estratégia que pode atrair público e potencializar a geração de negócios.
O economista André Zuchi reforça a importância das feiras de negócios em momentos de crise. “Promover uma feira de negócios nos segmentos de imóveis, móveis e automóveis, que são muito representativos na economia, não seria diferente.” Segundo o economista, eventos com este perfil beneficiam, inclusive, outros setores da economia, como o de alimentação, hoteleiro e transporte. “Somos uma cidade polo, portanto, sempre existe a perspectiva de pessoas e empreendedores de outras cidades visitarem a feira para fazer negócios, se relacionar com fornecedores e conhecer novos produtos e marcas. Que a iniciativa seja a primeira de várias.”
Consciente do papel e da responsabilidade de Juiz de Fora como polo, Juracy Neves ressalta a potencialidade da cidade no comércio, na indústria, nas redes de ensino e no setor de saúde, defendendo a proeminência de uma liderança regional que direcione o olhar – e as ações – para além dos limites municipais. Na sua opinião, por ser referência, a cidade precisa imprimir um desenvolvimento que alcance e beneficie também os municípios do entorno, promovendo um crescimento regional.
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, João de Matos, se entusiasma com a iniciativa. “Cada vez mais, a Prefeitura tem discutido, junto a empresários, a necessidade desse tipo de ação, partindo da iniciativa privada.” Segundo ele, a Prefeitura, hoje, não tem expertise para organizar eventos com este perfil, mas “consegue estar presente, apoiando, divulgando e entendendo que, para a economia local, é o melhor que pode acontecer no mercado”. O secretário destaca a importância – e o alcance – do Grupo Solar, que chancela a iniciativa, e a diversificação do evento, que fecha a cadeia de consumo. “São iniciativas como esta que a cidade está precisando.”
União de segmentos é inédita em Juiz de Fora
A Feira de Negócios segue uma tendência nacional, já comum nos grandes centros, avalia o diretor-executivo da Done, Toninho Simão. “O custo é muito alto para fazer uma feira, então é bem-vinda a ideia de juntar os três segmentos em uma iniciativa inédita na cidade.” Toninho elenca as condições especiais oferecidas pelos participantes; o mix disponibilizado, que beneficia consumidores dos mais variados perfis; além da facilidade e comodidade de o evento ser realizado no shopping. “É um evento para toda a família.”
Na direção geral do grupo, as irmãs Márcia e Suzana Neves reforçam o ineditismo de reunir três segmentos distintos, mas complementares, em torno do objetivo comum de fomentar negócios. Márcia afirma que os expositores são clientes importantes para o grupo, e os produtos estão entre os mais demandados pelo público da Solar. Segundo ela, a ideia é que o evento possa integrar o calendário da cidade. “O objetivo é que o consumidor entre e possa comprar a moradia, o carro e ainda consiga levar a mobília para casa.”
Já Suzana ressalta a importância da movimentação econômica. “Estamos levando a nossa marca para outros eventos. Sempre fomos apoiadores e agora somos os organizadores dessa feira.” A diretora comemora a adesão dos expositores – considerados os principais representantes dos setores na cidade – e, agora, espera que o público também prestigie a iniciativa, marcando presença.
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Veículo: Estadão
Editoria: Estado da Arte
Data: 02/09/2017
Título: Fomos dados em espetáculo ao mundo: o drama divino e humano em Kevin Vanhoozer, parte 1 de 2
“Para lá do deserto da crítica, queremos ser interpelados de novo”, disse Paul Ricouer em sua obra A Simbólica do Mal. O deserto no qual ele e outros perambulavam era precisamente a crítica textual e a hermenêutica modernas que somente ofereciam miragens, mantendo-os num eterno êxodo que impedia tanto a entrada na terra da promessa do sentido do texto quanto o retorno à realidade referencial.
A morte do autor, a hermenêutica da suspeita e a epistemologia da dúvida aparentemente são elos numa cadeia que atravancou, quando não aprisionou, a compreensão e o famigerado “prazer da leitura”. O desconstrucionismo, por exemplo, sagrou no meio acadêmico a concepção do texto como uma espécie de mise en abyme, um eco de outros ecos numa regressão sem fim.
Se um texto é somente um diálogo, confronto ou reapropriação de outros textos, torna-se impossível uma eventual intervenção da realidade, ou a libertação dos críticos literários ou exegetas de seu cativeiro linguístico. E, com efeito, o próprio Wittgenstein, em suas Investigações Filosóficas, pensou as imagens (isto é, as metáforas pelas quais vivemos) como jaulas que nos mantêm cativos.
Mas, por fim, veio o resgate, ainda que provisório; e hermeneutas, dentre eles Ricoeur, já em meados do século passado, lançavam as bases do que hoje se chamam a análise do testemunho. Tanto por questões humanitárias (as vítimas do Holocausto, por exemplo) quanto por questões forenses, o testemunho tem sido reabilitado como uma categoria cognitiva ou mesmo evidência científica.
Em primeiro lugar, esforços como a criação do Museu Estadunidense Memorial do Holocausto, que reúne arquivos, fotos, gravações de relatos das vítimas sobreviventes do nazismo (em especial, as amplas contribuições de Elie Wiesel) constituem fonte fidedigna dos terríveis eventos ocorridos dentro e fora dos campos de concentração. Acrescente-se a esse quadro os estudos sobre a questão do trauma, surgidos a partir dos eventos trágicos de genocídios, limpeza étnica e deslocamento forçado de populações há poucas dezenas de anos. Cathy Caruth tem sido a mais importante referência nesse âmbito; e uma de suas principais percepções é precisamente a literalidade do trauma, a sua incapacidade de metaforização.
Em segundo lugar, a própria ideia de comunidade científica, ainda que de maneira sutil, pressupõe o testemunho e relato confiáveis dos experimentos. E, em vista de debates vários, não é surpresa a ascensão – ou, antes, a retomada – dos estudos das virtudes segundo os modelos aristotélico e cristão.
Obras como Virtues of the Mind: An Inquiry into the Nature of Virtue and the Ethical Foundations of Knowledge [Virtudes da Mente: Uma Investigação Sobre a Natureza da Virtude e dos Fundamentos Éticos do Conhecimento], de Linda Trinkhaus Zagzebski e também Intellectual Virtues: An Essay in Regulative Epistemology [Virtudes Intelectuais: Um Ensaio Sobre a Epistemologia Regulativa], de Robert C. Roberts, publicadas respectivamente pelas editoras Cambridge e Oxford, demonstram a preocupação geral, acadêmica e pública, com relação às virtudes que dirigem e fundamentam o próprio ato cognitivo.
De certo modo, essas correntes retomam, ainda que não alegadamente, o insight de Paul Ricoeur no tocante à etimologia e significado seminal do termo “martírio”. Tecendo sua defesa hermenêutica da confiabilidade dos relatos dos evangelhos, o filósofo francês nos relembra que o significado básico da palavra grega mártys não é a vítima ou o indivíduo morto por uma causa, mas sim a testemunha. A conclusão imediata é que uma testemunha carrega desde sempre, em cada fibra de seu ser, a dedicação ou confiança à pessoa ou causa pela qual morre.
É nesse quadro intelectual que surge Kevin Vanhoozer, teólogo e hermeneuta protestante, cuja tese, defendida em Cambridge, analisa precisamente a filosofia interpretativa de Paul Ricoeur. Partindo da percepção deste último de que a hermenêutica é não somente um processo cognitivo, mas também um modo de existência, Vanhoozer formulou ao longo do tempo um novo modelo de atividade exegética, nomeadamente, sua chamada abordagem canônico-linguística.
Antes, porém, listemos alguns de seus pressupostos. Ora, todo choque de civilizações é precedido ou ocasionado por um choque de hermenêuticas. E, de fato, o Iluminismo mostrou-se como um poderoso aríete golpeando os portais da Cidade de Deus. Ao contrário do que se pensa, contudo, muitos philosophes não negavam a veracidade do cânone bíblico, mas simplesmente reduziam-no a um tratado deísta que simplesmente antecipava, por meio de profecias ou divinações, aquilo que a razão eventualmente alcançaria. Segue-se, pois, que a razão, em seu sentido iluminista, suplantaria eventualmente as Escrituras cristãs, tornando-as desnecessárias.
Portanto, o século XX viu-se marcado pelos vários esforços em prol da reabilitação da hermenêutica. Porém, dois nomes centrais na história do pensamento, e fundamentais para a hermenêutica de Vanhoozer, deram os passos cruciais nesse projeto de repristinação. Karl Barth, vivendo e enfrentando o jugo do nazismo, compreendeu a Revelação como juízo contra as tentativas prometeicas do homem. E Hans Urs von Balthasar, amigo íntimo de Bento XVI, entendeu que a Bíblia, muito mais do que uma cartilha moral ou sistema doutrinal, é uma apresentação dos feitos divinos, um drama de Deus, ou teodrama.
Com isso em mente, Vanhoozer une ambas essas epifanias, e enquanto lecionava na Universidade de Edimburgo, lança sua obra Há sentido nesse texto?, uma resposta profunda ao livro Is This a Text in This Class? [Há um texto nesta aula?], de Stanley Fish, bem como às teorias de Derrida e Rorty.
Porém, sua contribuição maior, conforme já dito, é precisamente sua nova abordagem quanto à doutrina. Vanhoozer compreende que as Escrituras são mais do que um conjunto de proposições cognitivas, percepções sensoriais e líricas e estruturas culturais-linguísticas – as famosas concepções exegéticas de George Lindbeck, professor de Yale.
Cruzando a aridez desértica que compreende a doutrina como uma formulação estanque e restritiva, Vanhoozer propõe que o cânone bíblico apresenta não somente uma narrativa, mas um teodrama que abrange também o drama humano, seja por meio da Encarnação, seja porque encena as venturas e desventuras de homens comuns (Abraão, Davi, Jó) e de todo um povo marcado pelo seu martírio (testemunho), nomeadamente, Israel e a Igreja.
No entanto, diferentemente de Balthasar, Vanhoozer enfatiza o papel essencial que a humanidade representa nesse drama divino. Ademais, acrescenta ele, o teodrama abarca não apenas os atos, mas também as palavras divinas. De fato, Balthasar, recorrendo ao Fausto de Goethe, já havia cunhado o termo Tatwort (palavra-feito), porém Vanhoozer vai além e nos remete à teoria dos atos de fala (em especial, os estudos de John Searle) que cada vez mais percebem a relação inextrincável entre a palavra e ação. De modo bastante conciso, a fala é evidentemente uma ação, e todo ato comunica algo.
O drama, portanto, conjuga num enredo tanto os atos quanto a fala, fundindo num só evento os polos artificialmente opostos da palavra e ação, teoria e prática. Além disso, diz o teólogo, “a ação dramática é qualitativamente distinta de cadeias causais ou processos biológicos. Só o drama retrata a história do espírito, o exercício da liberdade”.
Se vivemos ainda sob a visão épica de Hegel em relação à história, que prevê a marcha inexorável do Geist à sua autorrevelação, é certo que os eventuais contratempos e retrocessos rumo ao progresso serão visto como pequenas anomalias indignas de atenção. Dessa forma, as pequenas narrativas – e neste ponto a crítica dos pós-modernistas contra a historiografia não é de todo injusta – que são corporificadas em existências individuais ou em pequenas comunidades são deliberadamente ignoradas.
Portanto, sendo a percepção dramática a única capaz de perceber os movimentos internos da alma humana, é curioso como, de fato, o drama bíblico de Israel e do Cristo (um povo então politicamente frágil e um pregador nazareno, isto é, figuras nada épicas) constituíram-se como os paradigmas interpretativos ou símbolos para grande parte da história ocidental, tanto para civilizações (desde o sionismo até o Destino Manifesto americano) como para indivíduos (a proteção à vítima, hoje aspecto inegável do pensamento político ocidental).
Um dos pontos mais esclarecedores de Vanhoozer, em especial para aqueles que jamais acompanharam a história da hermenêutica ou as controvérsias exegéticas dos últimos dois séculos, é precisamente o aspecto multiforme do cânone bíblico.
A despeito da atual conotação pejorativa que o adjetivo “canônico” adquiriu, é certo que, para qualquer leitor honesto, as Escrituras transmitem uma certa unidade temática (a ideia de aliança, o monoteísmo ético e o senhorio de Javé) por meio de uma variedade de gêneros: narrativa, parábolas, poesia, epitalâmios, literatura sapiencial, apocalíptica, dentre outros. Nesse sentido, o cânone é dramático em essência: “como testemunho do teodrama, é o documento fundador da aliança que está no centro da relação de Deus com a humanidade”. Dessa maneira, a abordagem canônica “lê cada passagem e cada livro individualmente como elementos que integram o drama divino da redenção. O cânon é nada menos que o roteiro autorizado para aqueles que desejam entender o drama divino e nele participar”.
Curiosamente, esse roteiro não apenas direciona, mas também situa a ação humana dentro da estrutura do drama, prevendo inclusive a improvisação. Um périplo que talvez se resuma à expressiva compreensão de Nicolás Gómez Dávila, segundo o qual todas as coisas são triviais, caso o universo não esteja comprometido com um drama metafísico.
Fabrício Tavares de Moraes é tradutor e doutor em Literatura (UFJF/Queen Mary University London)
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Opinião
Data: 02/09/2017
Link: http://tribunademinas.com.br/opiniao/tribuna-livre/03-09-2017/as-suplicas-da-ciencia-brasileira.html
Título: As súplicas da ciência brasileira
Christinny Garibaldi
Estudante de jornalismo da Faculdade de Comunicação da UFJF
Não é de hoje que a educação superior pública no Brasil caminha em corda bamba. E, junto dela, os maiores projetos de pesquisa do país. As dificuldades se acumulam. O desmonte e o sucateamento estão cada vez mais evidentes: crises drásticas em universidades renomadas como a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, UERJ, redução do número de bolsas oferecidas para pós-graduação e congelamento de verbas para educação com a PEC do teto de gastos.
Adiciona-se aos problemas a mais recente possibilidade de cortes de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir de setembro deste ano. Do R$ 1,3 bilhão destinado ao órgão, apenas 56% do valor foi liberado pelo Governo federal. As bolsas de agosto estão garantidas. As de setembro em diante ainda dependem de tentativas e diálogos.
O CNPq começou a fazer história no Brasil em 1951, quando foi criado com a mesma sigla, mas com o nome de Conselho Nacional de Pesquisas. Para o fundador do órgão, o almirante Álvaro Alberto, tratava-se da “Lei Áurea da pesquisa no Brasil”. Desde então, o conselho nunca sofreu descontinuidade em suas principais atividades, mesmo nos momentos mais conturbados da história nacional e mundial. Manteve-se íntegro na concessão de bolsas durante o mandato de 21 presidentes brasileiros. Porém o futuro é incerto nas mãos do Governo Temer.
O congelamento de recursos para pesquisa no Brasil foi previsto no ano passado, quando o orçamento já era 50% menor que em 2010. Além do pouco dinheiro, desde 2016 a pasta de ciência divide recursos com uma área mais apelativa no cenário político: a comunicação. Competição injusta. A responsabilidade do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações envolve todos os serviços de telecomunicação, radiodifusão e possui ligação direta com os grandes conglomerados de mídia do país. Consequência: pouca atenção à produção científica.
A ordem para o cenário de crise e escândalos políticos no Brasil é a redução de investimentos em educação e saúde, essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Países desenvolvidos, quando enfrentam períodos de recessão, optam pelo que de melhor o ser humano pode desenvolver: o conhecimento. E investem mais em ciência e pesquisa para superarem os momentos conturbados. Diante das circunstâncias, cabe retomar uma antiga dúvida popular: por que o Brasil não vai para a frente?