Lô Borges apresentará o show Paisagem da Janela a partir das 20h30 (Foto: Pedro David)
Em continuidade à tradicional pluralidade cultural do projeto Som Aberto, realizado pela Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), a Praça Cívica estará repleta de atrações artísticas na 11ª edição do evento, a partir das 14h de sábado, dia 19. A edição traz como diferencial um número maior de apresentações musicais: serão cinco shows, com destaque para a grande atração da noite, o cantor Lô Borges, ícone do Clube da Esquina. As atrações musicais desta edição resultam de uma parceria com o projeto Bossa n´Jazz Gourmet.
Durante todo o evento, haverá Street Hypnosis, Quick Massage, Food Trucks e praça de alimentação. A partir de 14h acontecerá adoção de cães com o SOS Cães JF e Veterinários Solidários. O Grand Bazar abre às 15h, horário em que também ocorre a abertura oficial do evento com Ângelo Abreu, o novo apresentador do Som Aberto.
A partir das 15h, acontece a oficina de bordado Mãos a Fio, com Gabriela Machado. Os interessados em participar terão materiais disponibilizados pela oficina, mas caso o participante possua agulha de costura normal poderá levá-la. O interessado que tenha algum bordado que já esteja fazendo também poderá levar o material e bordar durante a oficina. “As oficinas começaram no primeiro semestre de 2017 e têm tido muita procura e participação. Poder oferecê-la no Som Aberto pode ser uma oportunidade de aproveitar um espaço público e com participantes de diversas áreas”, afirma Gabriela.
Dança na Praça
Às 15h30 o público poderá conferir a apresentação Vivaldi Dança na Praça, um espetáculo híbrido que utiliza a dança para democratizar o acesso às artes eruditas em espaços abertos e públicos da cidade. Segundo a diretora artística do espetáculo, Fernanda de Oliveira, o objetivo é transpor os ambientes tradicionais onde normalmente essa arte é executada – teatro, ópera, galeria – para as praças, promovendo formação de público e pensamento, além do acesso aos bens culturais da humanidade. Três bailarinos (Fernanda de Oliveira, Mário Jorge Mendes e Vitória Vargas) interpretam a obra “Opus 8 (As Quatros Estações)”, de Antonio Vivaldi, enquanto um artista visual (Lucio Rodrigues) realiza uma pintura performática durante a apresentação. Serão três estilos de dança – clássico, moderno e contemporâneo.
Fernanda conta que buscou essa parceria com o Som Aberto para atender duas demandas do espetáculo Vivaldi Dança na Praça. “A primeira era contemplar a Região Oeste da nossa cidade, pois o projeto tem essa premissa de transitar em uma praça de cada uma das cinco principais regiões – Norte, Leste, Sul, Oeste e Centro. A segunda intenção foi estar em contato com essa rica proposta de diversidade cultural que o Som Aberto apresenta. Como o projeto dialoga com linguagens diferenciadas (dança, música e artes visuais), muito nos interessa estar comungando com toda essa proposta multicultural.”
Às 16h30, haverá apresentação do Coletivo Flores Raras, com o objetivo de divulgar a campanha do Mês da Visibilidade Lésbica, apoiada pela UFJF, e que pretende estimular o respeito e a valorização de todas as mulheres, independentemente de sua orientação sexual.
Gabriela Pepino além de realizar turnês por vários estados do país, já fez show também nos Estados Unidos (Foto: Divulgação)
A programação musical especial desta edição tem início às 16h40 com o show da cantora belo-horizontina Gabriela Pepino, que apresentará seu novo álbum “Fireflies”, com canções inéditas e autorais sobre vida, amor e diversão. Inspirado pelo soul music americano e o pop dos anos 60 e 90 e dos dias atuais, o disco traz composições com batidas modernas e letras marcantes, que garantem um show com muita energia. Gabriela Pepino estará acompanhada no palco por Felipe Fantoni (baixo); Marcio Brant (violão); Helton Lima (bateria); Marcus Nogueira (teclado); e Claudio Moraleida (guitarra).
Em 2012, Gabriela Pepino lançou seu primeiro álbum autoral:” Let me do it”, pelo selo Ultra Music. A cantora esteve em turnê por Minas Gerais, Brasília, São Paulo, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Em 2013, lançou um novo single, “I just wanna make love to you”, e realizou sua primeira turnê internacional, com passagens pelos festivais CMJ em Nova York e MeowCon em Austin/Tx, nos Estados Unidos. Em 2014 e 2015, continuou as turnês já visando à produção e lançamento de seu segundo CD. Nesse período, lançou dois singles – um para a copa do mundo, “Ole, Ole”, e o outro chamado “Baby, baby, baby”, uma balada eternizada na voz de Aretha Franklin.
Logo após, sobe à Concha Acústica a banda juiz-forana A Zagaia, inspirada na música popular brasileira e em clássicos do rock nacional. Formada em 2002, a banda conta com músicos com mais de 20 anos de experiência: Delorme Augusto (bateria); Chiquinho (baixo e vocal); e Daniel Goulart (guitarra e vocais).
Em seguida, quem comanda o palco é a banda Falcatrua, de Belo Horizonte, com um show de seu quinto CD, “Pequenas Porções de Espaço”. O grupo é conhecido pela autenticidade e por fazer diversão e poesia a partir de uma base rock´n´roll que inclui MPB, folk, influências do soul de Tim Maia e marchinhas de carnaval. André Miglio (voz, assobio e violão); Danilo Guimarães (baixo, sampler e minimoog); Francesco Napoli (guitarra e violão); e Fred Corrêa (bateria e percussão) são responsáveis pela atual formação da banda. O trabalho mais recente do grupo tem dez faixas e produção de Chico Neves, também responsável por alguns teclados. O disco ainda conta com participações de Tom Zé, Pedro Morais, Érika Machado, Marina Machado e Júlia Branco e funciona como um game em que cada etapa conduz o ouvinte a um tema diferente.
Zimun traz para o palco do Som Aberto o rap, um pouco de rock, afrobeat e MPB e batidas que influenciam um novo estilo: o street jazz. (Foto: Divulgação)
Também de Belo Horizonte, a banda Zimun inicia seu show às 19h50. Formada em 2009, a banda possui seis instrumentistas e experimentadores – Fernando Castilho, Matéria Prima, Ravel Veiga, Gabriel Bruce, Edgar Dedig e Gabriel de Mattos – e une a tríade guitarra, baixo e bateria a outros instrumentos como congas, vibrafone, trompete e sintetizadores, criando novas melodias, harmonia, ritmo, dinâmica e timbres.
No show em Juiz de Fora, a banda lança seu segundo álbum, Sobre o Bom Senso & o Senso Comum, com canções inéditas como A Máquina do Ontem, Na Memória, Cidadão do Mundo, dentre outras. O álbum tem produção musical de Daniel Santiago (Teatro Mágico, Hamilton de Holanda, Bituca entre outros) e é mixado por Rodrigo Sanches (Céu, Gal Costa e Nação Zumbi).
Lô Borges
Com o show Paisagem da Janela, Lô Borges ocupa a Concha Acústica a partir das 20h30. Natural de Belo Horizonte, Salomão Borges Filho, sexto herdeiro de dona Maricota e de seu Salomão, nasceu em 1952 e, desde então, respira música.
Dono de uma trajetória incomum, Lô Borges se transformou em um dos grandes ícones do Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes, Toninho Horta e Flávio Venturini. No Som Aberto, ele irá relembrar os 40 anos de carreira com sucessos que fizeram dele referência para a MPB, como Clube da Esquina, Trem Azul e Um Girassol da Cor de seu Cabelo.
Discotecagem
Pela segunda vez, o DJ juiz-forano Marcelo Castro comanda a pista do Som Aberto. Ele pretende montar um repertório mais diversificado, tendo em vista a pluralidade das bandas da edição. “Como a ideia da discotecagem é envolver o público e ao mesmo tempo conectar um show com o outro, pretendo acrescentar rock e MPB, sem perder as essências negras já tradicionais no meu set”, explica. “Tocar no Som Aberto para tanta gente por si só já é especial, quando há a oportunidade de tocar ao lado de um nome como o do Lô Borges é mais especial ainda. É uma oportunidade única de aprender com um ídolo, de ouvir de perto clássicos que marcaram muitas vidas. Acho legal ver como o evento cresceu e amadureceu desde a última vez que eu toquei. Isso é essencial para o cenário da cidade e precisa cada vez mais ser incentivado e preservado”, destaca.
Bossa n´Jazz Gourmet
O Bossa n´Jazz Gourmet é um projeto que une dois itens de destaque da cultura mineira: culinária e música boa. Ele está em sua segunda edição e tem a proposta de explorar o potencial da gastronomia, além de trazer grandes nomes da música atual para o estado e dar oportunidade para artistas locais. O evento, que é aberto ao público, aconteceu em 2016 nas cidades de Mariana, Barbacena, São Lourenço, Itabirito e Diamantina. Este ano, o evento já passou por Montes Claros e agora chega à Zona da Mata.
Em Juiz de Fora, em parceria com o projeto Som Aberto, além de trazer boa música à cidade, o Bossa n´Jazz Gourmet terá um espaço destinado à gastronomia com cardápios que incluem pratos da culinária local e nacional. O evento contará ainda com a presença de cervejarias artesanais, permitindo ao público descobrir diferentes sabores, aromas e harmonizações.
Transporte
O público que comparecer ao Som Aberto neste sábado, 19, contará com ônibus extras a partir das 21h30 no Campus da UFJF. Por determinação da Secretaria de Transporte e Trânsito da Prefeitura, atendendo a demanda da UFJF, através da Pró-reitoria de Cultura, o Consórcio Manchester vai disponibilizar mais três veículos da linha 525 para reforçar o transporte no Anel Viário ao final do evento, cuja atração principal será o show do cantor Lô Borges. O atendimento extra visa a garantir a segurança e o conforto do público na saída do show. De acordo com a Secretaria de Transporte, os três veículos vão se somar aos 30 que já cumprem itinerário na Cidade Universitária e imediações.
Programação
15h – Abertura do Grand Bazar
DJ Marcelo Castro
Oficina de Bordado “Mãos a Fio”, com Gabriela Machado
15h30 – Vivaldi Dança na Praça – LMM
16h – Pista com DJ Marcelo Castro
16h30 – Apresentação Coletivo Flores Raras
16h40 – Show Gabriela Pepino
17h45 – Show A Zagaia
18h50 – Show Falcatrua
19h50 – Show Zimum
20h30 – Show Lô Borges – “Paisagem da Janela”
22h – DJ Marcelo Castro
Outras informações: (32) 2102-3964 (Pró-reitoria de Cultura-UFJF)