A abertura do curso de extensão “(Re)significando a inclusão escolar” aconteceu na noite desta segunda-feira, dia 7. A iniciativa é organizada por professores da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), onde também foi realizada a roda de conversa inicial. O objetivo do projeto é refletir sobre a diversidade na educação, com foco nas pessoas com deficiências e necessidades especiais.
A iniciativa é voltada para professores e servidores técnico-administrativos (TAEs) da Universidade e profissionais da área de educação básica. O curso tem relação com o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação e Diversidade (Neped), em parceria com o Núcleo de Estudos Sociais do Conhecimento e Educação (Nesce).
Participaram do evento, a professora Margareth Campos Moreira, da Prefeitura de Juiz de Fora e o pró-reitor adjunto de graduação da UFJF, Cassiano Caon Amorim. De acordo com o pró-reitor, a iniciativa atende uma necessidade de funcionários da Universidade. “O curso acontece num momento em que a universidade acaba de receber novos alunos com deficiência. Ele também atende uma demanda de formação para os nossos servidores, para que eles possam também entender o universo da inclusão universitária”.
Apesar de existirem legislações a respeito da inclusão escolar, ainda é preciso refletir sobre o assunto. “A gente precisa pensar que incluir é muito mais que garantir a vaga àquele aluno ou aluna com necessidade especial. É pensar como a escola os acolhe, como os auxilia a aprender do jeito deles, no ritmo deles, da forma que eles necessitam. Por essa razão, é preciso pensar o sentido de incluir esses alunos na escola, para muito além de garantir apenas a matrícula de acesso”, afirmou a professora da Faced, organizadora do curso e mediadora da mesa de abertura, Elita Martins.
A visão é compartilhada pela professora convidada Margareth Moreira que aponta a formação continuada como necessária para quem trabalha em educação para garantir a todos o direito de aprender. “ O discurso do ‘não estou preparado’ é imobilizador e recorrente entre profissionais da área. A deficiência funciona como um espelho. Expõe que a limitação é nossa, do professor e da escola. E como nós vamos enfrentar isso? A formação continuada é uma dessas necessidades. Pensar sobre o cotidiano educacional, sobre o nosso papel como professor, é um dever de cada profissional”, relata.
A partir deste curso, serão coletadas informações e demandas para atividades posteriores relacionadas à área da diversidade na educação. O projeto se encerra com o 3º Seminário Internacional Diferenças e Educação (Side), que será realizado em novembro. As inscrições devem ser feitas pelo site.
Outras informações: (32) 2102-3650 – Faculdade de Educação da UFJF