Acontecem entre os dias 3 e 12 de julho, na Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora e no Instituto de Artes e Design (IAD), as apresentações de trabalhos finais das turmas do bacharelado e da licenciatura em Música da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Os recitais são abertos ao público e possuem entrada franca. As exibições de violino, orquestra, cordas, piano e canto trazem obras de autoria dos próprios alunos, mas também performances das obras de grandes artistas, como Rieding, Beethoven, Villa-Lobos, Mignone, Mozart, Mauricio Cazzati e Claudio Monteverdi.
O recital “O piano brasileiro” será coordenado pelo professor Thalyson Rodrigues de Araújo e trará obras de Villa-Lobos, Mignone e Guarnieri. Segundo o coordenador, a escolha do repertório foi feita através do perfil artístico dos integrantes da turma. “A classe tem poucos alunos e o repertório foi feito com base no perfil artístico de cada um, com o que eles têm predisposição para tocar aplicando dessa forma a técnica moderna do piano. Cada apresentação caracteriza um processo importante da construção do artista.”
A apresentação do trabalho final da disciplina Harmonia I traz ao público criações dos alunos representadas por um quarteto de cordas – 2 violinos, uma viola e um violoncelo -, formado por um técnico, uma ex-aluna e dois alunos da instituição. Segundo a coordenadora da apresentação, Hellem Pimentel, os trabalhos têm como objetivo retirar os estudantes da sala de aula para que possam compartilhar suas criações com o público. “Queremos compartilhar aquilo que fizemos durante o semestre. Os alunos tiveram algumas diretrizes e elaboraram o seu próprio repertório. Será um momento bacana de observar a criação que sai do papel, vira música e é compartilhada com outras pessoas.”
Momento de avaliação
Haverá também a audição das classes de violino e orquestra acadêmica apresentando obras de Rieding, Beethoven e Mendelssohn. Para o coordenador da apresentação, Álisson Berbert, o recital é muito importante para os alunos. “Um recital para mim nunca é um ato unilateral, só faz sentido tocando para as pessoas. Como músicos, estudamos para poder tocar em público e essa é a parte prática do aprendizado. É um momento de avaliação, de se expor e se testar.”
A professora Maíra Lautert, que coordena o recital de canto sobre Mozart, traça uma relação entre o objeto de estudo e as apresentações. “Eu escolhi esse repertório porque Mozart é o compositor que melhor ensina o cantor a cantar. Ninguém melhor do que ele e suas obras para ensinar o canto lírico.” Ela ainda acrescenta o objetivo da apresentação aberta ao público. “O que queremos fazer é aproximar a ópera das pessoas, desmistificando conceitos, para que ela não fique guardada nos grandes teatros.”
O recital “Música retórica”, promovido pelo Laboratório de Performance Historicamente Informada (Laphi), fará uma homenagem aos 450 anos do compositor barroco Claudio Monteverdi, além de trazer algumas obras de Maurizio Cazzati. A apresentação trará uma instrumentação variada, além das cópias de um cravo e órgão históricos que apresentam uma sonoridade muito próxima dos instrumentos originais. A coordenadora do evento, Mayra Cristina, destaca o compromisso histórico da apresentação. “Temos uma atenção especial com os aspectos históricos da música e do compositor. O acesso a documentos originais nos dá a base necessária para entender como a música deve ser tocada e recriada.”
Confira a programação
- 3 de julho – Música retórica – 19h – no Auditório Geraldo Pereira, Instituto de Artes e Design (campus UFJF).
- 5 de julho – Audição das classes de violino e orquestra acadêmica – 10h45 – no Auditório Geraldo Pereira, Instituto de Artes e Design (campus UFJF).
- 6 de julho – Apresentação do trabalho final da disciplina Harmonia I – 10h, na Galeria Guaçuí, Instituto de Artes e Design (campus UFJF).
- 11 de julho – O piano brasileiro – 8h na Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora, Rua Oscar Vidal, 134.
- 12 de julho – Recital Mozart – 19h na Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora, Rua Oscar Vidal, 134.