Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/04/2017
Título: UFJF aprova uso de nome social em documentos acadêmicos
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) comunicou nesta quinta-feira (13) a aprovação do uso do nome social em históricos escolares, diplomas e certificados de conclusão de curso emitidos pela instituição. Com isso, travestis ou transexuais poderão ter nesses documentos o nome que usa em suas relações sociais em vez do nome registrado no nascimento.
A decisão foi tomada pelo Conselho Superior (Consu) no dia 24 de março, mas ainda não havia sido divulgada. Ela amplia a Resolução 06/2015, do próprio conselho, que assegurava aos servidores, docentes, técnicos em educação e aos estudantes o direito ao uso do nome social nos registros, documentos e atos da vida funcional e acadêmica no âmbito na UFJF.
O uso do nome social em documentos de identificação para estudantes e servidores da UFJF já havia sido aprovado em fevereiro de 2015 e isso valia apenas para estudantes e servidores. No entanto, ainda eram emitidos com o nome civil.
Qualquer pessoa trans vinculada à UFJF pode solicitar o nome social em seus documentos. Esse é um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que preconiza como um dos princípios do ensino a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e o respeito à liberdade e o apreço à tolerância
De acordo com o diretor de Ações Afirmativas da UFJF, Julvan Moreira de Oliveira, o setor foi procurado por uma universitária que reivindicava o uso do nome social em seu diploma de mestrado. “Nós encaminhamos o pedido à Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa (Propp). Em reunião, discutimos a necessidade de atualizar a resolução, pois a Legislação Federal ampliava a utilização do nome social para outros documentos e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa encaminhou ao Conselho Universitário, que alterou a Resolução nº 06 de 2015 para se adequar ao decreto federal nº 8.727 de 28 de abril de 2016”, explicou.
O decreto da Presidência da República se aplica a todas as instituições federais brasileiras.
“Nesse sentido, qualquer pessoa trans vinculada à UFJF pode solicitar o nome social em seus documentos. Esse é um direito garantido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que preconiza como um dos princípios do ensino a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola e o respeito à liberdade e o apreço à tolerância”, justificou.
Repercussão
A mestre e doutoranda em psicologia na UFJF, Brune Coelho Brandão, primeira mulher trans a concluir pós-graduação stricto sensu na universidade, considerou a decisão como um avanço relevante na luta por direitos iguais.
É importante porque fornece legitimidade jurídica à identidade de gênero das pessoas trans, respeitando suas singularidades e demandas. Enquanto desafios, penso que os problemas serão além dos muros da universidade, pois o ideal seria a retificação civil das pessoas trans em todos os documentos
“É importante porque fornece legitimidade jurídica à identidade de gênero das pessoas trans, respeitando suas singularidades e demandas. Enquanto desafios, penso que os problemas serão além dos muros da universidade, pois o ideal seria a retificação civil das pessoas trans em todos os documentos”, comentou.
Ainda segundo a Brune, a questão gera um debate amplo. “Ao se posicionar dessa maneira, a instituição contribui para que de fato a identidade das pessoas trans seja mais legitimada e passível de ser respeitada no mercado de trabalho. Os conselhos profissionais, como no caso da psicologia, podem auxiliar também ao reconhecerem o nome social nas carteirinhas de registro profissional”, acrescentou.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 13/04/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/divulgada-ocupacao-parcial-no-cine-theatro-central/
Título: Divulgada lista parcial de ocupação do Cine-Theatro Central
Trinta e uma propostas de projetos artísticos e culturais foram selecionadas para a ocupação do Cine-Theatro Central entre os dia 15 de maio e 31 de outubro deste ano. Deste total, 28 foram classificadas e três ficaram como suplentes. O resultado parcial do edital foi divulgado nesta quinta-feira (12) e reuniu 39 propostas, sendo oito delas indeferidas. Confira aqui a lista dos projetos enviados. Segundo a UFJF, os responsáveis pelas propostas desclassificadas têm até a próxima terça-feira (18) para apresentar recurso de forma presencial no Central ou por meio do email cinetheatrocentral@ufjf.edu.br , justificando as razões.
O edital previa, a princípio, 30 agendamentos para o período estipulado, no entanto, em razão da qualidade do material apresentado e ao número elevado de procura, o Conselho decidiu, por unanimidade, ampliar o número de vagas. O resultado final dos projetos selecionados será divulgado na próxima quinta-feira (20). O edital de ocupação ainda reserva 25 datas, em igual período, para a chamada demanda espontânea, ou seja, uma reserva para produtores que solicitarem a ocupação do teatro nas datas remanescentes com 30 dias de antecedência, e outras 15 vagas para projeto Luz Terra, voltado aos produtores locais com espetáculos a preços populares.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/04/2017
Título: Confira como ficam os serviços na Semana Santa na Zona da Mata e Vertentes
Com a Semana Santa, alguns serviços públicos foram modificados desta quinta-feira (13) até domingo (16) em cidades da Zona da Mata e do Campo das Vertentes.
Em Juiz de Fora, não haverá expediente na Prefeitura e no Espaço Cidadão. Funcionarão em esquema de plantão a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) pelo telefone 115, a Defesa Civil pelo 199, e os conselhos tutelares pelos telefones (32) 9939-9073 (setor Sul/Oeste), (32) 9939-8073 (Centro/Norte) e (32) 9939-9373 (setor Leste).
A Guarda Municipal funcionará normalmente na Central 153, na Supervisão Operacional e no posto no Hospital de Pronto Socorro (HPS).
O Parque do Museu Mariano Procópio vai funcionar das 8h às 18h. Para os integrantes do Clube da Caminhada, a entrada será a partir das 6h. A exposição “Esplendor das Formas”, que ocupa a Galeria Maria Amália, ficará aberta até a quinta-feira, retomando o funcionamento normal na próxima terça-feira (18).
A sede da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), o Centro Cultural Dnar Rocha, o Museu Ferroviário e as bibliotecas municipais Murilo Mendes e Delfina Fonseca Lima não funcionarão de quinta-feira a domingo, retornando às atividades na segunda-feira (17). O Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM) não funciona nesta quinta e sexta-feira. No sábado (15) e no domingo, o CCBM funciona normalmente das 10h às 18h. O Centro de Esportes Unificado (Praça CEU) funcionará das 11h às 20h de quinta a sábado e, no domingo, das 10h às 19h.
O Restaurante Popular e feiras livres não irão funcionar na sexta-feira (14). Nos outros dias, o funcionamento é normal.
Nesta sexta-feira, não terá coleta de lixo no município. Já na quinta-feira e no sábado o serviço permanece inalterado. Os moradores não devem colocar os resíduos na calçada no dia do feriado, evitando danos ao meio ambiente e à saúde pública.
As duas unidades do Ecoponto, dos bairros Linhares e São Pedro, também serão fechadas na sexta-feira e a programação segue normal nos outros dias. Durante o feriado, os outros serviços do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb) poderão ser acionados em casos de emergência, pelos telefones (32) 3690-3501 e (32) 3690-3502.
No setor de saúde, as unidades de Urgência e Emergência funcionarão em regime de plantão. Haverá expediente normal nas unidades de Pronto Atendimento (Upas) dos bairros São Pedro, Santa Luzia e Benfica, na Unidade de Urgência e Emergência (Regional Leste), no Pronto Atendimento Infantil (PAI), no Serviço de Atendimento Móvel de Saúde (Samu) e no Hospital Pronto Socorro (HPS).
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também entra em recesso nesta quinta-feira. As atividades serão interrompidas nos dois campi, de Juiz de Fora e Governador Valadares, até a segunda-feira (17) e apenas alguns setores da Universidade manterão o funcionamento.
UFJF
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) também entra em recesso nesta quinta-feira. As atividades serão interrompidas até a segunda-feira (17), mas alguns setores manterão o funcionamento.
Os serviços de hemodiálise e que já estão agendados na unidade do Hospital Universitário (HU), no Bairro Dom Bosco, irão funcionar normalmente. Na unidade Bairro Santa Catarina, apenas o plantão para o Centro Cirúrgico, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e os atendimentos e assistências emergenciais serão mantidos.
A Central de Atendimento, o Fórum da Cultura, o Centro Cultural Pró Música, a Biblioteca Central, o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes (Mamm), o Memorial da República e o Centro de Ciências seguirão o calendário acadêmico e retomarão suas atividades apenas na segunda-feira.
O Restaurante Universitário também reabrirá na segunda-feira. A Casa de Cultura interromperá apenas as atividades do Polo de Enriquecimento Cultural para a Terceira Idade, realizadas na quinta-feira, mas as demais, como exposições, funcionarão normalmente.
Viçosa
A Prefeitura de Viçosa não irá funcionar a partir desta quinta-feira, dia considerado ponto facultativo. Os setores voltam às atividades na próxima segunda-feira (17). Coletas de lixo e serviços de limpeza das ruas funcionam normalmente. Os Postos de Saúde da Família (PSF) serão fechados e somente as emergências dos hospitais estarão funcionando.
Na Universidade Federal de Viçosa (UFV), a véspera de feriado será ponto facultativo para os servidores técnico-administrativos e professores. Já os setores em que os serviços são considerados essenciais irão funcionar normalmente.
São João Nepomuceno
Quinta-feira é ponto facultativo para as repartições públicas em São João Nepomuceno, exceto para os serviços essenciais. Os setores retornarão às atividades na segunda-feira. A coleta de lixo e o plantão da Defesa Civil funcionam normalmente.
Barbacena
Os servidores da Prefeitura de Barbacena também não trabalham a partir desta quinta-feira. Os serviços de emergência estarão a disposição dos moradores. Já os postos de saúde reabrirão na próxima segunda-feira.
São João del Rei
Em São João del Rei, a coleta de lixo não será realizada nesta sexta-feira, mas o serviço será normal nesta quinta-feira e no sábado. A Prefeitura pede à população para não colocar os sacos de lixo na rua.
Os setores do Executivo estarão fechados a partir desta quinta-feira, exceto para os serviços considerados essenciais. O ponto não se aplica à Secretaria e Educação e à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que dispõem de calendário próprio.
Nos casos de serviços de emergências, como plantões do Departamento Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Damae), Obras e Defesa Civil, o secretário fica responsável por convocar os servidores.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícias
Data: 13/04/2017
Título: Cine-Theatro Central divulga resultado parcial para ocupação em Juiz de Fora
O Cine-Theatro Central, em Juiz de Fora, divulgou o resultado parcial do edital 2017 de Ocupação Artística para de 15 de maio a 31 de outubro. Foram inscritas 39 propostas e, na primeira análise, o conselho do teatro selecionou 31 projetos, sendo 28 classificados e 3 suplentes.
Os autores das propostas desclassificadas têm até 18 de abril para recorrer presencialmente no Cine-Theatro Central ou pelo e-mail cinetheatrocentral@ufjf.edu.br, justificando as razões apontadas para o indeferimento. O resultado final será divulgado no próximo dia 20.
Em razão da qualidade do material apresentado e à procura elevada, o conselho decidiu ampliar os 30 agendamentos previstos no edital para o período, destinados a espetáculos de teatro adulto, teatro infantil, dança, música, conferências, palestras, formaturas e eventos afins. O novo número de vagas não foi informado.
O edital de Chamada Pública contempla 55 das 70 datas disponíveis. As outras 15 são reservadas para o projeto Luz da Terra, que terá edital à parte, voltado exclusivamente para produção local a preços populares. Se essas vagas não forem ocupadas totalmente, serão direcionadas à modalidade de demanda espontânea.
No fim de março, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) assinou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o 4º Batalhão de Bombeiro Militar em reunião no Ministério Público Federal. O acordo libera a realização de novos eventos, apenas com a capacidade da plateia do primeiro andar. A UFJF se comprometeu a dar sequência às obras que precisam ser feitas.
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Notícias
Data: 13/04/2017
Título: Imperadores busca campo para jogo da Copa Minas de futebol americano
O JF Imperadores enfrenta o Betim Bulldogs no dia 23 de abril, às 10h, pela segunda rodada da Copa Minas de futebol americano. Além da vitória, para seguir na competição, o time de Juiz de Fora precisa de um lugar para jogar. Sem estádio, a equipe tem buscado alternativas para sediar a partida na cidade. Porém, nem a Prefeitura de Juiz de Fora ou as instituições privadas puderam atender o JF Imperadores.
Nas últimas temporadas, JF Mamutes e JF Red Fox – que recentemente se fundiram e deram origem ao Imperadores – têm jogado em estádios, como o José Paiz Soares, do Tupynambás, e campo da UFJF. Porém, em 2017, a impossibilidade da equipe jogar nestes locais privados, obrigou o time a recorrer à prefeitura, que gere o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. De acordo com Laércio Azalim, presidente do JF Imperadores, pedir a ajuda do município foi a única saída encontrada.
– A gente vê o Mário Helênio como a única opção viável para os nossos jogos. As entidades privadas deram negativa sobre o assunto. O Granbery está em reforma, assim como a UFJF. O Sport não pode liberar a vende de ingressos, em razão da ausência do alvará do Corpo de Bombeiros. O Tupynambás disse que não pode receber os jogos, e o Tupi-MG ainda não nos respondeu. Desta forma, solicitamos à prefeitura a cessão do Estádio Municipal – disse Laércio, que já cogita a possibilidade de tentar a partida para a cidade de Goianá, vizinha a Juiz de Fora.
A prefeitura negou o pedido. Em nota, a Secretaria de Esporte e Lazer informou que, devido aos compromissos firmados anteriormente com Tupi-MG e Tupynambás para o cumprimento do calendário dos campeonatos Mineiro e Série C do Brasileiro, fica inviável a cessão da praça esportiva. A informação foi confirmada pelo Secretário de Esporte e Lazer, Júlio Gasparette.
– Não foi negado só a eles. A Secretaria de Esporte e Lazer é procurada para atender a outros eventos, e não podemos atendê-los, porque já há compromissos prévios firmados com a disputa do Campeonato Brasileiro e o Mineiro. Não dá pra atender este tipo de pedido de repente. A manutenção na época do inverno é complicada. É um período do ano em que as federações e confederações que organizam os campeonatos cobram demais – destacou o titular da pasta, que diz estar se empenhando para auxiliar o JF Imperadores.
O presidente da Federação Mineira de Futebol Americano (Femfa) lamenta a situação. De acordo com Abraão Coelho, a entidade máxima do esporte em Minas Gerais vai fazer de tudo para que o jogo aconteça e para que o JF Imperadores não seja eliminado sem jogar a segunda rodada. Porém, diante do regulamento, ele não descarta esta possibilidade.
– Em termos de regulamento, pode acontecer o W.O e consequente eliminação da equipe. Esperamos não ter que chegar a esse ponto e estamos em busca de alternativas para que a partida aconteça, inclusive realizar a partida em Belo Horizonte. Uma outra possibilidade, que não é a ideal, é o adiamento. A ideia é tentar que isso não traga um impacto para a tabela e para as outras equipes, com questões de treinos, logística, etc. Além disso, tem questão de divulgação, preparar bem o evento – disse.
O GloboEsporte.com procurou as instituições privadas citadas pelo JF Imperadores. O coordenador do espaço esportivo do Granbery, Fábio Reis, confirmou a solicitação por parte do JF Imperadores. Porém, em razão de limitações estruturais e por acreditar que a Copa Minas é um evento de grande porte, o Granbery informou que não poderá receber a partida. O Tupynambás, por meio do presidente Francisco Quirino, Chiquinho, também confirmou a solicitação, mas disse que, por conta dos compromissos com o futebol profissional e as categorias de base, não poderá atender o Imperadores. O mesmo acontece com o Tupi-MG. Por meio da assessoria de imprensa, o Galo Carijó explicou que não poderá ceder o Salles de Oliveira pela preocupação com o gramado, utilizado para treinamentos do time profissional, que vai disputar a Série C.
O diretor de esportes do Sport Club Juiz de Fora, Jorge Ramos, confirmou que o clube ainda não tem feito eventos com venda de ingressos e que está tentando resolver o problema referente à ausência do Alvará de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). No entanto, o dirigente diz que o clube não foi procurado pelo JF Imperadores. No entanto, o secretário de Esporte e Lazer, Júlio Gasparette, que também é vice-presidente do clube alviverde, afirma que convidou o JF Imperadores para uma reunião com a cúpula do Sport na última segunda-feira, à noite. De acordo com Gasparette, nenhum representante da equipe de futebol americano compareceu.
Com respeito à UFJF, o campo não foi liberado por conta dos vários eventos agendados para o Centro Olímpico da universidade. O diretor da Faculdade de Educação Física, Jéferson Vianna, informou que recebeu o contato do Imperadores, ressaltando que avisou aos representantes do time que só poderia ceder o local, caso os outros projetos da Faefid não fossem prejudicados. Em contato com o GloboEsporte.com, Marcelo Matta, que dirige o projeto de futebol da UFJF, informou que o campo tem uma demanda alta, com treinos de atletismo e partidas agendadas, válidas pelo Campeonato Mineiro sub-15 e sub-17, e Liga de Futebol de Juiz de Fora. Além disso, Marcelão lembrou que as aulas do curso de graduação de Educação Física e o calendário interno de competições da universidade, dificultam ainda mais a liberação.
O JF Imperadores estreou na Copa Minas no dia 2 de abril. O time foi até a Arena Independência, enfrentou o Cruzeiro e foi derrotado por 26 a 8. Agora, o time da Zona da Mata precisa vencer o Betim Bulldogs para ter condições de avançar à segunda fase. A Copa Minas ainda conta com a participação do Paraíso Miners, Uberaba Zebus e Araxá Red Wolves.
Confira a nota completa da Prefeitura de Juiz de Fora
A Secretaria de Esporte e Lazer informa que devido aos compromissos firmados anteriormente com as equipes de futebol Tupi e Tupynambás para o cumprimento do calendário dos campeonatos Mineiro e Brasileiro de 2017, fica inviável a cessão do Estádio Municipal Radialista Mario Helênio para outras atividades (sem planejamento antecipado) que utilizem o gramado, pois além das datas já pré-definidas dos jogos de futebol, existe a necessidade de manutenção do equipamento esportivo para a melhor utilização do espaço.
A SEL informa ainda, que ao ser procurada pelos representantes da equipe Imperadores se disponibilizou a auxiliar o time, inclusive junto aos clubes particulares da cidade na cessão de um campo que possa servir de palco para os próximos jogos da equipe.
Acompanhe, na íntegra, a nota enviada pelo Tupi-MG
Em relação ao pedido do Juiz de Fora Imperadores para utilização do Sales Oliveira no próximo dia 23, a partir de 10 horas, o Tupi Football Club informa que o seu Departamento de Futebol não autorizou o uso do espaço. Pesaram na decisão a previsão de treinamento de sua equipe profissional nesta data, que estará na primeira semana da intertemporada de preparação para a disputa da Série C, e a necessidade de evitar acúmulo de atividades no gramado, preocupação constante do Tupi. Como alternativa, o clube oferece o campo da sede social, desde que o jogo ocorra a partir das 12 horas da data solicitada.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Esportes
Data: 13/04/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/jf-imperadores-faz-novo-protesto-por-jogo-no-mario-helenio/
Título: JF Imperadores faz novo protesto por jogo no Mário Helênio
Depois da negativa da Secretaria de Esportes e Lazer (SEL) em liberar o gramado do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio para o confronto entre JF Imperadores e Betim Bulldog’s, válida pela segunda rodada da Copa Minas de Futebol Americano, jogadores e torcedores da
equipe local fizeram um protesto na noite desta quarta-feira, na escadaria da Câmara Municipal, como forma de protesto à dificuldade em receber a partida em casa. O confronto está marcado para às 10h do dia 23 de abril.
Mais cedo, dirigentes da equipe e representantes da Prefeitura de Juiz de Fora se reuniram para tentar solucionar o impasse em relação à partida. “Tivemos o encontro, no qual fomos informados que não foi encontrado nenhum campo particular da cidade para receber a partida. A prefeitura procurou, mas não encontrou nenhum local”, explica Laércio Azalim, presidente do JF Imperadores. Segundo o mandatário, caso o imbróglio não seja solucionado até a próxima segunda-feira, a solução mais provável é de que o confronto seja realizado longe dos torcedores juizforanos. “Dada a proximidade do jogo e a negativa da Prefeitura, devemos vender a partida para Belo Horizonte, possivelmente para o Sesc Venda Nova.” Além da capital mineira, uma outra possibilidade seria levar o duelo para Guarará, cidade que teria oferecido o equipamento esportivo municipal para o JF Imperadores.
Anteriormente, a equipe buscou os campos da UFJF e do Granbery, que estariam em reforma, do Sport, cujas arquibancadas não possuem alvará para receber torcedores, além do gramado do Tupynambás, que vem recebendo os treinos do time profissional, finalista do Módulo II do Campeonato Mineiro. “O Tupi também foi procurado, mas não nos deu uma resposta”, pontua Laércio.
Polêmica
Dono do mando de campo do segundo compromisso da equipe no campeonato, o JF Imperadores vem externando a insatisfação em não poder jogar na cidade deste o último domingo, quando um comunicado oficial, publicado na fanpage da equipe, lamenta a negativa da Prefeitura quanto à cessão do Municipal. Em nota enviada à Tribuna no início da semana, a SEL justifica que a decisão deve-se aos compromissos firmados anteriormente com Tupi e Tupynambás para o cumprimento do calendário dos campeonatos Mineiro e Brasileiro de 2017, além da necessidade de manutenção do gramado.
Em um abaixo-assinado virtual, a equipe somava quase 2 mil assinaturas até por volta do meiodia desta quinta, em apoio ao jogo no Municipal. A estreia da equipe na Copa Minas de Futebol Americano aconteceu na Arena Independência, em Belo Horizonte, com derrota de 26 a 8 para o Sada Cruzeiro, diante de 5 mil torcedores.
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Veículo: Globo Esporte
Editoria: Notícias
Data: 14/04/2017
Título: Sem campo, JF Imperadores jogará em BH e deve gastar mais de R$ 5 mil
O JF Imperadores confirmou onde vai enfrentar o Betim Bulldogs, no jogo decisivo, válido pela primeira fase da Copa Minas de Futebol Americano. Com dificuldades para conseguir um campo em Juiz de Fora, a equipe confirmou nesta sexta-feira que vai encarar o adversário no dia 22 de abril, às 18h30, no Sesc Venda Nova, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pelo presidente da Federação Mineira de Futebol Americano (Femfa), Abraão Coelho.
Porém, inverter na prática o mando de campo não é a pior notícia para a equipe da Zona da Mata. Como vai viajar até a capital mineira, o JF Imperadores vai precisar custear o transporte da delegação, bem como a alimentação de atletas e comissão técnica. Em contato com o presidente do JF Imperadores, Laércio Azalim informou o orçamento para tornar possível a realização da partida longe da cidade.
Segundo Azalim, o time precisará investir em uma van (R@ 1.300) e em um ônibus de 50 lugares (R$ 3.400) para levar a delegação de 53 pessoas para encarar o Betim Bulldogs. Além disso, o time também vai precisar pagar o almoço durante a viagem que, de acordo com o presidente do Imperadores, vai custar R$ 795 (53 pratos a R$ 15). No total, só o deslocamento para entrar em campo, sem nenhum contratempo, está em R$ 5.495.
– Se a partida fosse em Juiz de Fora, nós não teríamos este gasto. Afinal, todos poderiam almoçar em casa, e tenho certeza que conseguiríamos o transporte para o local a custo zero. Obviamente, teríamos um custo operacional para fazer o jogo. Porém, nossa ideia com o jogo em Juiz de Fora era que a bilheteria cobrisse estes gastos. Porém, não dá pra cotnar com isso agora – explicou.
Entenda o caso
O JF Imperadores tinha uma partida marcada para o dia 23 de abril, às 10h, contra o Betim Bulldogs, em Juiz de Fora. Porém, o time não conseguiu um local para a realização do jogo, válido pela segunda rodada da primeira fase da Copa Minas. Após receber negativas de instituições privadas, como Sport Club Juiz de Fora, Tupi-MG, Tupynambás, Granbery e UFJF, os representantes da equipe recorreram à prefeitura, que gere o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Porém, a PJF alegou que a praça esportiva está à disposição para Tupi-MG e Tupynambás, que disputam a a Série C do Brasileiro e o Campeonato Mineiro.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria:
Data: 15/04/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/um-grito-de-ajuda-incomodo/
Título: Um grito de ajuda incômodo
A adolescência é um período de transição intenso, não raro marcado por uma série de desconfortos. O conjunto de dedos apontados, olhares debochados e risos inutilmente disfarçados, comentários cruéis e fofocas, entre outras ações podem deixar marcas profundas, que farão parte do indivíduo por toda a vida, se não tratadas da maneira correta. Desde que a palavra bullying começou a ser empregada, muitos dos alvos desses ataques começaram a entender melhor o que passaram – e ganharam um termo para nomear esse processo, que pela falta de um definidor parecia ainda mais invisível.
Os efeitos dessas ações tornam próxima a narrativa da série “13 reasons why” (“Os 13 porquês”), adaptação do livro homônimo do norte-americano Jay Asher, mobilizando espectadores a comentarem sobre suas histórias nas redes sociais e provocando divergências entre especialistas. Disponível na Netflix desde o dia 31 de março, a série alcançou ampla repercussão, tratando temas delicados, como bullying, suicídio, estupro e solidão. A primeira temporada do seriado é focada na história de Hannah Baker (Katherine Langford), uma jovem que deixa 13 gravações em sete fitas cassetes. Em cada um dos lados, há um nome, ou um porquê, explicando os motivos que a levaram a tomar a decisão pelo suicídio. A coleção de fitas, com um mapa que contém locais marcados como importantes para a narrativa, chega embrulhada em uma caixa de sapatos para Clay Jensen (Dylan Minnette), um rapaz tímido que sentia atração pela garota.
As gravações deixam ainda mais perguntas para Jensen. Ele mergulha nas dores de Hannah e começa a buscar os locais indicados no mapa, passando pelas ações de vários colegas da escola em que ambos estudavam. Em vários momentos a série mostra a dificuldade de lidar com os problemas apontados pela adolescente, não só dos donos dos nomes enumerados por ela, mas também dos pais e da escola.
Polêmica nas redes
O impacto da série aparece com mais força nas redes sociais, em que inúmeros relatos têm sido compartilhados em função da temática da produção. Enquanto muitos dizem ter sido sensibilizados sobre a importância de conscientização sobre o tema, fazendo um exame mental sobre as próprias atitudes, há também quem critique a abordagem, dizendo que é perigosa a exposição do tema sem aprofundamento.
O professor de cinema da Faculdade de Comunicação Social da UFJF, Nilson Alvarenga, chama atenção para o modo de produção da série, que incorpora as mídias sociais. “Ela cria uma espécie de intermidialidade, que não afeta a linguagem, mas interfere no tema. “13 reasons why não é necessariamente uma trama nova. Ela foi publicada há pelo menos dez anos, e, nesse momento, o assunto eclode de uma forma mais forte do que quando o livro foi escrito. Essa noção de urgência de tratar o tema acontece, justamente, pela vivacidade que ele tem nas redes sociais”.
Nilson explica que os assuntos entram em um circuito de retroalimentação, ou seja, trabalham temas que eram considerados tabus e se inserem em um contexto de debate que circula, e o introjetam novamente nas redes. É um modelo de consumo diferente. Há a disponibilidade de um percurso diferente. “O espectador pode assistir o produto inteiro, vai para as redes sociais, discute e depois reassiste o material. Há um potencial nesse movimento, de criar espectadores mais críticos. Não no sentido de avaliar melhor um conteúdo, mas com maior potencial crítico para relativizar melhor uma opinião sobre o que viu”.
O sociólogo e cientista político Rudá Ricci concorda que o formato das séries permite que as pessoas dominem o produto. Mas o impacto causado pela produção não é um fenômeno isolado, faz parte de uma reação em cadeia. Nesse contexto, os mecanismos de fuga são individuais, e é perigoso universalizá-los, observa ele. É preciso considerar os pedidos de socorro, é preciso incentivar a ideia de que as pessoas não vivem só para elas, mas para o próximo também. “Tem um provérbio indiano, que diz; ‘Quem planta tâmaras, não colhe tâmaras’. Elas demoram mais de 80 anos para dar frutos. Diante disso, temos que pensar o que vamos deixar para o outro”, completa.
Falta distanciamento da realidade
Entre as críticas feitas à produção, está a forma direta e sem escapatória na qual a protagonista se encontra. “O tratamento literário desse tipo de assunto, para que chegue às massas, precisa de muitos cuidados”, afirma a doutora em psicanálise Andréia Stenner, professora de psicologia do Centro Universitário Estácio de Sá Juiz de Fora. De acordo com ela, a série peca por não dar o distanciamento necessário, causando uma identificação imediata com a personagem central da trama. “Não melhora nada, não traz um debate sério como deveria ser feito.”
A situação acaba atingindo, segundo Andréia, quem é potencialmente mais vulnerável. “A série é ruim do ponto de vista cinematográfico. Tem uma dramaturgia pobre, por vezes é maniqueísta. É irresponsável, porque alimenta uma fantasia muito perigosa: a do suicídio como vingança”, avalia. Para ela, falta reforçar que se trata de uma ficção, para que essas pessoas não misturem a história com a realidade.
“Se o adolescente decidir por assistir ’13 reasons why’ deve ser acompanhado pelos pais e ter espaço aberto para o diálogo. Há outros filmes que trabalham com essas temáticas de forma interessante, como ‘As vantagens de ser invisível’, ‘As Virgens Suicidas’, o próprio documentário ‘Bullying’, entre outros.” Ela reforça que as discussões sobre o tema precisam acontecer mais, principalmente em espaços como as universidades e centros de formação, para gerar políticas públicas. “A série se insere em um microssistema e não faz esse link em nenhum momento. Deixa tudo do pessoal no individual, por isso é perigosa”, acrescenta.
Quebrando o tabu
Guilherme Henrique Faria do Amaral, presidente da Associação Psiquiátrica de Juiz de Fora (APJF) e professor da Suprema e da Unipac, afirma que é preciso quebrar o receio que há em tocar no assunto suicídio. “Muita gente pensa que falar a palavra vai estimular as pessoas a praticarem o autoextermínio, e não é assim que acontece. Acredito que a intenção da série seja, justamente, orientar a população a pedir ajuda. Falar sobre isso faz com que familiares e amigos saibam como ajudar. Ela chama a atenção para a necessidade de ter uma sociedade preparada para contribuir nesses momentos.”
Amaral considera que “13 reasons why” é uma discussão válida. “De acordo com o Centro de Valorização da Vida (CVV), quase triplicou o número de ligações em busca de orientação ou apoio. Em pleno século XXI, ainda temos problemas como estupro e bullying, que tomam uma dimensão maior na adolescência, podendo criar traumas enormes. Antes, tínhamos o valentão que ameaçava e batia nos outros alunos, a vítima ia para casa e encontrava um lugar seguro. Com a internet, o bullying acompanha a pessoa o tempo todo, mesmo em casa. É algo que aparece com frequência nos consultórios.”
Pais, amigos, parentes, professores também devem se manter atentos a sinais de mudanças de comportamento e de personalidade, alerta Amaral. “O autoextermínio é a segunda maior causa de morte entre jovens. Precisamos amadurecer socialmente e resolver essas questões, tomando alguma atitude. Um gesto de carinho, de acolhimento, que a personagem da série não teve, pode dar abertura necessária para quem sofre em silêncio. Esse pode ser o caminho que a salve.”
É importante lembrar que a produção emite alertas diante dos episódios com cenas consideradas mais pesadas, e a Netflix tem divulgado que há um prolongamento da série de 30 minutos, contendo entrevistas com os atores da série, falando sobre os temas tratados, além de ter lançado o site (http://13reasonswhy.info/ ), que indica o telefone 141 e o site do Centro de Valorização da Vida (cvv.org), caso o espectador precise de ajuda.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Notícias
Data: 15/04/2017
Link: http://www.tribunademinas.com.br/pm-investe-em-prevencao-atraves-de-projetos-sociais/
Título: PM investe em prevenção através de projetos sociais
Sobre o tatame preto várias histórias de vida são reunidas. Entrelaçadas, se moldam e revelam que há outros caminhos a seguir. Crianças e adolescentes de até 15 anos vislumbram que o futuro deve e pode ser melhor por meio da prática do jiu jitsu. Elas fazem parte do projeto Jovens para o Futuro, idealizado pelo cabo da Polícia Militar, Wigmam Albuquerque Carvalho, de 33 anos. Além de mostrar para seus alunos outras realidades, o militar espera dar visibilidade ao lado mais humano da corporação da qual faz parte. “É uma forma de desfazer essa mística de que o PM é alguém que dá medo. A gente quer mostrar uma outra visão a respeito do policial. Como a Polícia Militar tem como linha de frente o trabalho de repressão, a sociedade fixa só uma imagem da corporação, que é diferente do que a gente é. Somos pessoas comuns, que passaram em um concurso público para defender a sociedade. As crianças que aqui frequentam enxergam o policial de outra forma, pois têm contato diário comigo e acabam formando outra visão”, considera Wigmam.
Os treinos são realizados três dias por semana, sempre às 18h30, atendendo a crianças e adultos dos bairros Ipiranga, Santa Efigênia, Jardim Gaúcho, Sagrado Coração de Jesus e adjacências. A sede funciona num imóvel, localizado na Rua Antônio Castro, no Ipiranga, Zona Sul, área da 32ª Companhia de Polícia Militar. Ao todo, são 40 participantes bolsistas que recebem as aulas sem pagar nada, sendo 25 crianças e 15 adultos que começaram pequenos e permanecem no projeto, que existe desde 2009. O aluguel do imóvel e as contas de água e energia são quitadas com as mensalidades de outros alunos, que são pagantes. “Tudo começou quando percebemos que as crianças não tinham condições de pagar. Meu filho na época tinha seis anos e não havia aluno da mesma idade para treinar com ele. Assim, ofereci seis bolsas e não paramos mais. Além dos treinos, conseguimos fazer alguns passeios com essas crianças, apresentando outras realidades”, diz o policial.
Superação acompanhada de generosidade
Wigmam conta que desde a infância gostava de artes marciais, mas não tinha condições de treinar. “Aqui, resolvi uma frustração minha e tenho a oportunidade de oferecer essas aulas para outras crianças sem condições”, afirma o militar, que já tem preparado substitutos. O estudante Thomaz Abreu, 23, morador do Santa Efigênia, foi uns dos primeiros alunos do projeto e hoje já é professor. “Hoje, o projeto é tudo para mim, pois me abriu muitas portas. Deu-me a oportunidade de viajar, conhecer diversos lugares. Acho de suma importância ter o esporte na vida dessas crianças. O Jiu-Jitsu ensina uma filosofia de dedicação, organização, pontualidade, tudo isso faz diferença na nossa vida. Hoje, as ruas estão perigosas e estar aqui me tirou delas, abrindo minha cabeça para outras realidades, para os estudos e hoje sou estudante de enfermagem”, pontua Thomaz.
Com jeito delicado, Vitória Luanda de Oliveira, 13, não parece que já luta há cerca de seis anos. Ela é uma das quatro meninas que frequentam os treinos. Moradora do Bairro Sagrado Coração de Jesus, a adolescente, que encara a luta como prática de menina também, enumera as muitas coisas legais que aprendeu no esporte. “Não considero que seja uma atividade só para meninos, há o lugar para as meninas e espero que outras mais venham fazer parte”, convida. Vitória diz que, depois que começou a treinar, sua família e seus estudos ganharam mais valor. “Estou na oitava série e agora penso em fazer faculdade de veterinária.”
Para o cabo Wigmam, a história de cada um de seus alunos é incentivo para a continuidade do projeto. “Aqui estamos formando pessoas de caráter, mesmo sendo criadas em meio a uma realidade muitas vezes cruel e permeada pelo tráfico de drogas e pela violência. Eu me sinto parte da história de cada um”, resume o militar.
Segurança não é só questão de polícia
Projetos como o do cabo Wigmam, no Ipiranga, podem ajudar a fortalecer a ideia de que segurança não é apenas questão de polícia e contribuem
para a quebra de estigmas. Na visão do professor da Faculdade de Comunicação da UFJF, Ricardo Bedendo, que é pesquisador UFJF da área de segurança pública, esse tipo de iniciativa pontua o que seria a função mais estratégica dos agentes públicos de segurança, que é a ação preventiva. “Penso em uma ostensividade social que não tem a ver somente com a polícia militar que é uma representação do Estado, que está nas ruas prevenindo crimes, mas sim aquela que também contribui com ações que possam trabalhar, principalmente, com as crianças e os adolescentes, oferecendo alternativas necessárias para essa função estratégica no que diz respeito à manutenção da ordem e ao combate à criminalidade. Isso ajuda a reforçar a ideia do real e efetivo papel da segurança pública, que deve começar pela educação”, ressalta o professor.
Bedendo ainda defende que é fundamental a compreensão de que esses projetos são importantes a fim de mostrar que segurança não é apenas questão de polícia. “Quando se envolve diferentes atores, conseguimos dar uma elasticidade à visão do que é a segurança pública. Sempre digo que nossos políticos precisam investir nessas iniciativas, que muitas vezes são dos próprios policiais e com recursos próprios. Na verdade, é preciso haver modelos políticos que incentivem os policiais a institucionalizar essas ações. É fazer com que elas sirvam de referência, fortalecendo o papel do Estado e abrindo a possibilidade para que outros parceiros fundamentais ao sistema de justiça criminal social participem desse processo, pois a PM não pode ficar sozinha”, aponta Bedendo.
Ele ainda lembra que projetos com cunho mais humanizado fortalecem a confiança entre a polícia e a população, quebrando estereótipos. “A partir do momento em que se tem hoje uma formação diferenciada, em Minas, de um policiamento mais focado nos direitos humanos, uma filosofia de policiamento comunitário, esses projetos estimulam o aprimoramento e as descobertas de novas propostas do que seria realmente um policiamento comunitário. Não é fácil, é um desafio, porque, acima de tudo, estamos falando de questões culturais que não se modificam da noite para o dia e sim a médio e longo prazos”, conclui o pesquisador.