mestrado ciências biológicas

Estudo foi realizado com espécie de carrapato encontrada em capivaras (Photo credit: Wilson Severino via Visualhunt.com / CC BY-NC-SA)

Um estudo de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Comportamento e Biologia Animal testou a ação do óleo de plantas da família Lamiaceae Verbenaceae sobre carrapatos nos estágios denominados de larvas e ninfas não ingurgitadas. A pesquisa foi desenvolvida pela acadêmica Cristiane Teixeira Franco,  com o título “Efeitos do monoterpeno carvacrol sobre estágios imaturos de Amblyomma dubitatum Neumann, 1899 (Acari: Ixodidae) coletados em Hydrochoerus hydrochareis (Linnaeus, 1766) (Rodentia: Hydrochaeridae).”

Cristiane explica que as análises começaram a partir do atropelamento de uma capivara na rodovia MG – 353, próximo ao município de Matias Barbosa. Após o acidente, o animal foi encaminhado à sede do IBAMA de Juiz de Fora. “Foram coletados alguns espécimes de carrapatos, que foram enviados para um laboratório e, posteriormente, identificados de acordo com chaves dicotômicas. Foi revelado, então, que esses carrapatos eram da espécie Amblyomma dubitatum.”

A partir da descoberta, segundo a acadêmica, surgiu a ideia de fazer experimentos com o carvacrol – óleo essencial das plantas da família Lamiaceae Verbenaceae. Neste contexto, a mestranda apresentou, ainda, as vantagens do uso de um produto vegetal em comparação a acaricidas sintéticos. “Estão sendo promissores estudos que visam avaliar a atividade carrapaticida de produtos de origem vegetal, pois apresentam um reduzido impacto ambiental, curta persistência no meio – pelo fato de poderem ser biodegradáveis -, além de apresentar atividade carrapaticida comprovada.”

Os resultados obtidos pela pesquisadora mostram que, após a realização do experimento, ficou comprovada a atividade carrapaticida dessa substância sobre larvas não ingurgitadas do Amblyomma. No entanto, não houve confirmação da atividade sobre as ninfas não ingurgitadas.

Para a pesquisadora, o trabalho é importante para a sociedade, pois visou descobrir se a substância vegetal tem o controle carrapaticida em relação às diversas fases do carrapato. E, para uso, esta substância apresenta menos risco toxicológico, tem um impacto ambiental reduzido e não oferece risco de contaminação.

Contatos:
Cristiane Teixeira Franco (mestranda)
crisjf.mg@hotmail.com

Prof. Dr. Erik Daemon de Souza Pinto (orientador)
erik.daemon@ufjf.edu

Banca Examinadora:
Erik Daemon de Souza Pinto (UFJF)
Márcia Cristina de Azevedo Prata (Embrapa)
João Luiz Horácio Faccini (UFRRJ)

Outras informações: (32) 2102-3223 – Programa de Pós-Graduação em Comportamento e Biologia Animal