Cinco alunos participaram do Trote Solidário (Foto: Géssica Leine/UFJF )
Alunos do primeiro período do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgaram nesta terça-feira, 13, os resultados do Trote Solidário, promovido pela Sociedade Estudantil de Engenharia de Produção (Seepro). Divididos em grupos, os calouros deveriam visitar instituições filantrópicas de Juiz de Fora, identificar pontos de melhoria e resolver problemas, aplicando os conceitos apresentados na disciplina Introdução à Engenharia de Produção, com o professor Vanderli Fava de Oliveira.
Seis instituições participaram do projeto: Casa São Camilo de Lelis, Educandário Carlos Chagas, Instituto Médico Psico Pedagógico de Juiz de Fora (Imepp), Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais de Juiz de Fora (Apae-JF), Seguidores do Bem (Sebe) e Fundação Maria Mãe – Obra dos Pequeninos de Jesus. Os estudantes tiveram cinco semanas para conhecer os locais, analisá-los, desenvolver e executar projetos de melhoria nas instituições.
O grupo responsável pela Casa São Camilo de Lelis realizou projetos de melhoria na qualidade de vida das pessoas em situação de rua atendidas, como oficinas recreativas e de qualificação. Os alunos elaboraram um mapa de risco do local, a fim de prevenir riscos biológicos e ergonômicos. O espaço sofreu também a intervenção dos estudantes, que desenvolveram um pequeno projeto de escoamento de águas pluviais, melhorando o funcionamento do bazar da entidade.
Os alunos que trabalharam na Apae-JF realizaram três ações. A primeira delas foi um inventário, com o levantamento do patrimônio da instituição, com o objetivo de monitoramento administrativo e financeiro, já que o inventário da Apae-Jf não era atualizado desde outubro de 2012. Os estudantes criaram uma sinalização decorativa para o ambiente, indicando rampas, escadas e bebedouros. A última ação foi de divulgação da campanha “Conhecer para Ajudar” realizada pelos alunos no Facebook.
No Educandário Carlos Chagas, os alunos organizaram toda a despensa de produtos de higiene pessoal e de limpeza. O local atende pessoas com deficiência em situação de abandono e precisa de doações, por isso, foi desenvolvida uma campanha de arrecadação de alimentos, de produtos de higiene e limpeza e de roupas. Os estudantes ainda sugeriram uma obra no teto da cozinha, que precisa de reparos.
Reconhecimento e aprendizado
A presidente da Obra dos Pequeninos de Jesus, Vanessa Farnese, prestigiou a cerimônia e agradeceu o auxílio dos alunos. Eles organizaram todo o setor de rouparia da instituição e desenvolveram um programa de computador para auxiliar a identificação e o controle da quantidade de peças, por tipo e por gênero. “Foi uma ajuda muito grande, pois temos muitos voluntários, mas nunca tivemos alguém que encarasse a rouparia. Agora que ela está toda organizada, fica mais fácil saber o que temos e atender melhor a quem precisa.”
A presidente da Seepro, Iris Berno, acredita que o Trote Solidário da Engenharia de Produção integra os alunos e ajuda no aprimoramento dos primeiros conhecimentos sobre a profissão. “Além disso, mantemos uma tradição do curso e damos aos calouros a oportunidade de ver como é gratificante ajudar no dia a dia dos que mais precisam, por meio do nosso trabalho.
O professor Vanderli Fava de Oliveira destaca que o Trote Solidário da Engenharia de Produção existe desde 2008, quando a Seepro foi fundada. De lá para cá, diversas entidades já foram beneficiadas com as ações dos alunos, que também aprendem. “Resolvemos a questão do trote violento de antigamente, criamos uma importante atividade de extensão, ingressamos na área da responsabilidade social da nossa atividade e desenvolvemos o trabalho em equipe e o trabalho autônomo do aluno, que precisa solucionar problemas reais, fora de sala de aula, sem a presença do professor.”