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O professor Wagner Rezende abordou a participação dos professores no processo de avaliação e alfabetização nas escolas (foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

“Os professores são os mais posicionados para identificar os problemas de avaliação na escola.” Foi com esta análise que o professor do Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação (Caed) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Wagner Rezende, iniciou a palestra sobre Avaliação Nacional da Alfabetização, hoje pela manhã no Anfiteatro de Estudos Sociais da UFJF. A atividade faz parte da programação do último dia da terceira fase do 4º Seminário de Formação de Professores do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, promovido pela Faculdade de Educação.

Com o anfiteatro lotado de educadores, Wagner Rezende abordou a participação dos professores no processo de avaliação e alfabetização nas escolas. “ O que realmente importa para nós professores, é como transformamos conhecimento em ação. Teoria e prática na educação têm que caminhar juntas”, ressaltou.

O docente também expôs a relação do piso salarial dos professores e a importância do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) como instrumentos para avaliação das escolas. “Investimento na educação não significa qualidade no aprendizado. Não precisamos comparar países desenvolvidos com países em desenvolvimento, pois cada um tem uma realidade diferente.” Wagner Rezende concluiu a sua apresentação destacando para os professores que “todo processo de avaliação tem que ter como objetivo principal detectar problemas reais”.

Para a coordenadora do Pacto na UFJF e em Juiz de Fora, Luciane Manera, a Avaliação Nacional da Alfabetização oferece assistência ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa por orientar os educadores na ação das atividades escolares. “A Avaliação Nacional da Alfabetização veio para ajudar a verificar como as ações pedagógicas se encontram no final do ciclo inicial de alfabetização e podermos planejar ações para ajudar as crianças que não se alfabetizaram plenamente até os 8 anos de idade”, considerou.

A coordenadora do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa da cidade de Córrego Novo, Ana Maria Pinto, participa dos seminários de formação de professores desde 2013 e relatou que o encontro tem sido um meio de capacitação importante para ela e para o município. “Os seminários têm sido de grande valia. A questão da avaliação abriu a nossa mente como educadores, por nos fazer questionar a nossa participação e buscar meios de melhorar o ensino e a aprendizagem nas escolas”, enfatizou.
O evento contou com 179 orientadores locais e 240 coordenadores de estudo, de 179 municípios da Zona da Mata e vertentes divididos em 14 turmas, que recebem ao todo 40 horas de orientação presencial e 60 horas de orientação em serviço e a distância.

O 4º Seminário de Formação de Professores do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa teve início no dia 7, na Faculdade de Educação. Idealizado pelo Ministério da Educação (MEC), em parceria com as secretarias estaduais, o pacto oficializa o compromisso de alfabetizar as crianças de até 8 anos, visando cumprir a quinta meta do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina que todos as crianças dessa faixa etária sejam capazes de ler e escrever até 2020.

Outras informações: (32) 2102-3664 – Faculdade de Educação