Sulamita Castro fez ampla pesquisa sobre o papel do assistente social na Defensoria Pública (Foto: Luiz Carlos Lima)
A mestranda Sulamita da Silva Castro defendeu, nesta quarta-feira, 30, a dissertação “O Serviço Social na Defensoria Pública da União: as particularidades da intervenção profissional em um espaço sócio-ocupacional caracterizado pela defesa de direitos”. A acadêmica integra o Programa de Pós-graduação em Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora e realizou a pesquisa em nível nacional com assistentes sociais de todo o Brasil.
O trabalho acadêmico busca caracterizar a inserção da assistência social na Defensoria Pública da União, que é iniciada a partir de 2006. Além disso, o estudo analisa as particularidades desse âmbito, como as ações realizadas, a forma de intervenção, as percepções e concepções que os profissionais têm dessa atuação.
A pesquisa foi dividida em duas partes: a primeira consiste em um formulário semiestruturado, encaminhado a todos os assistentes sociais da Defensoria Pública da União do Brasil. A segunda foi uma pesquisa aberta através de entrevistas presenciais com as assistentes sociais das Defensorias da região Sudeste. Sulamita buscou sistematizar a atuação desse profissional e aponta que “a Defensoria Pública Federal não tem uma diretriz nacional para a atuação do Serviço Social, então, cada assistente social acaba atuando de uma maneira em seu núcleo.”
A acadêmica se aproximou do tema devido a um estágio na Defensoria Pública da União de Juiz de Fora durante a graduação, que se estendeu à monografia de conclusão de curso na qual pesquisou sobre o acesso à Justiça via Defensoria Pública. Em seguida, decidiu aprofundar os estudos no mestrado. “Gosto muito desse tema e estou me aprofundando ao longo dos anos. Para o mestrado, quis saber como o Serviço Social pode ser um diferencial na Defensoria Pública.”
A professora orientadora, Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras, destaca a reflexão proposta pela dissertação: “a gente percebe que a Defensoria Pública está atuando justamente porque os direitos não se materializam na realidade da população. Então, esse estudo reforça o campo de lutas, de afirmação de direitos sociais, de efetivação desses direitos e se alinha às lutas sociais.”
Contato:
Sulamita da Silva Castro (Mestranda)
sula.scastro@yahoo.com.br
Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras (Orientadora)
alexandra.eiras@ufjf.edu.br
Banca avaliadora
Alexandra Aparecida Leite Toffanetto Seabra Eiras (UFJF)
Lobélia da Silva Faceira (Unirio)
Ronaldo Vielmi Fortes (UFJF)
Outras informações: (32) 2102- 3569 – Programa de Pós-graduação em Serviço Social da UFJF