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Virgínia Rodrigues Strack fez análise sobre o mundo da música popular brasileira contemporânea (foto: Twin Alvarenga/UFJF)

A música popular, um dos segmentos mais consolidados da indústria cultural brasileira, e a trajetória de seus profissionais contemplam o tema da tese de doutorado “Êxito, profissionalização e risco na música popular brasileira contemporânea: independentes e estabelecidos”. O estudo foi desenvolvido pela doutoranda Virgínia Rodrigues Strack, do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A defesa aconteceu nesta quinta-feira, 10.

A pesquisa faz uma análise sobre o mundo da música popular brasileira contemporânea e leva em consideração as transformações do mercado nacional a partir dos anos 2000. Também são avaliadas as especificidades do processo de trabalho e a dinâmica de inserção dos artistas no cenário consumidor. Essa investigação é feita através da perspectiva do artista independente e busca avaliar como operam seus mecanismos de legitimação e consagração econômica e simbólica.

Virgínia conta que algumas indagações formaram o ponto de partida para o estudo. Essas questionam se o mundo independente nasce em contraposição ao mercado comum ou se é parte necessária de todo um sistema; se é contrário ao mercado ou complementar a ele; ou se é apenas uma etapa da carreira dos já estabelecidos.

A acadêmica relata que buscou compreender as estratégias adotadas para alcançar o êxito artístico. “Ao buscar construir sua carreira de maneira não dependente das grandes agências de distribuição da música, o artista independente cria suas próprias redes de difusão e acaba por forjar espaços alternativos de apresentação que são capazes de manter toda uma cadeia de relações em perfeito funcionamento.”

A professora e orientadora, Maria Lúcia Bueno Ramos, destaca o aspecto original na abordagem do estudo. “A pesquisa aponta como no contexto atual do mercado de música popular, brasileira ou internacional, a atuação profissional dos músicos independentes não se constitui mais como uma prática paralela e se configura como elemento integrante do sistema vigente”, pontua.

Contato

Virgínia Rodrigues Strack (doutoranda):
dionisiacaarte@gmail.com

Maria Lúcia Bueno Ramos (orientadora):
marialucia.bueno@gmail.com

Banca examinadora

Maria Lúcia Bueno Ramos (UFJF)
Rogéria Campos de Almeida Dutra (UFJF)
Paulo Cesar Pontes Fraga (UFJF)
Márcia Regina Tosta Dias (Unifesp)
Eduardo Vicente (USP)

Outras informações: (32) 2102-3113 – Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais