Investir em internacionalização tem se tornado uma das prioridades da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em 2025, a instituição vem intensificando suas ações voltadas à cooperação acadêmica e científica em diferentes partes do mundo, fortalecendo vínculos com universidades estrangeiras e ampliando oportunidades de intercâmbio, pesquisa e inovação.

Ao longo do ano, representantes da Reitoria, Pró-Reitorias e da Diretoria de Relações Internacionais (DRI) participaram de missões institucionais e eventos internacionais que resultaram em novos acordos, retomada de parcerias e presença ativa em fóruns estratégicos. As iniciativas reforçam o compromisso da UFJF com uma formação cada vez mais global, capaz de conectar o conhecimento produzido na Universidade a redes internacionais de ensino e pesquisa.

De acordo com o diretor de Relações Internacionais da UFJF, Alexandre Cadilhe, essas ações representam ganhos em duas frentes complementares. “Por um lado, é uma oportunidade para apresentarmos as ações de ensino, pesquisa e extensão da UFJF, de modo a atrair uma participação mais intensa de estudantes internacionais, o que colabora sobremaneira para uma internacionalização em casa e para as experiências interculturais dos estudantes brasileiros, que estudam na UFJF. Por outro lado, também é uma oportunidade muito significativa de apresentar as pesquisas e os pesquisadores da nossa Universidade, de modo a promover um diálogo entre eles, gerando uma série de possibilidades de projetos conjuntos, o que também fortalece sobremaneira a internacionalização.”

Brasil–França
Recentemente, a UFJF marcou presença nos encontros institucionais da Temporada Brasil–França, realizados nos dias 30 de setembro e 1º de outubro, em São Paulo e no Rio de Janeiro, como parte das celebrações pelos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países. Cadilhe e o gerente de Relações Internacionais, Hugo Rocha, representaram a Universidade nas atividades, que reuniram 39 instituições francesas e representantes africanos, em mesas-redondas, sessões plenárias e reuniões bilaterais.

Durante o evento, foram firmadas e reativadas parcerias estratégicas com universidades, como Université Pierre Marie Curie (França) – ampliação da cooperação em programas de pós-graduação; CESI École d’Ingénieurs (França) – nova parceria para intercâmbio de estudantes de Engenharia; Université Paris-Est Créteil (França) – reativação de acordo de cooperação acadêmica; e Universidade Agostinho Neto (Angola) – reativação de parceria de intercâmbio e pesquisa.

Além dos acordos, a UFJF participou de debates sobre internacionalização, inteligência artificial e transição climática, destacando-se como uma das instituições brasileiras mais ativas no diálogo acadêmico multilateral. “Esses encontros reforçam a importância da instituição na construção de uma rede de cooperação científica e cultural entre países de língua portuguesa e francófona, consolidando a presença internacional da Universidade”, avalia o diretor.

Parcerias nacionais e internacionais
Outra participação da UFJF aconteceu na XVIII Assembleia Geral e XV Seminário Internacional do Grupo de Cooperação Internacional de Universidades Brasileiras (Gclub), em Recife. A Universidade foi representada pelo vice-reitor, Telmo Ronzani, e a pró-reitora adjunta de Pesquisa e Pós-graduação, Isabel Leite. 

O Gclub é uma associação de caráter acadêmico, científico e cultural composta por universidades brasileiras e estrangeiras. Os programas e projetos da associação são destinados a estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento. O objetivo do encontro foi aprimorar estudos e compartilhar valores e visões com pessoas de outras culturas por meio de mobilidade acadêmica.

“Participamos de discussões atuais em resposta aos desafios da sociedade moderna, como fazer pesquisa e pós-graduação comprometidas com solução dos problemas locais, enfrentamento às mudanças climáticas, à pobreza, e outros desafios como a migração. Foram debatidas questões que afetam todos os países que ali estavam representados. Um espaço de troca de experiências com outros países, no tocante à pesquisa, inovação, parques tecnológicos e ciência aberta, por exemplo”, explica Isabel.

“O evento foi muito proveitoso para nossa instituição. Pudemos discutir temas estratégicos de cooperação entre universidades, divulgamos nossos projetos e programas e as potencialidades de colaboração. Fizemos contatos que nos possibilitam fechar memorandos de entendimento para acordos entre a UFJF e universidades africanas e europeias”, comenta Ronzani. 

O vice-reitor também esteve presente em um encontro com embaixadores da União Europeia, na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em setembro, para discutir oportunidades de cooperação e financiamento de projetos acadêmicos e científicos. O evento reforçou o diálogo entre universidades brasileiras e europeias, promovendo a troca de experiências sobre políticas de educação superior e inovação.

O evento reuniu representantes de universidades mineiras, autoridades estaduais e municipais. Durante o encontro, Ronzani apresentou a UFJF, suas potencialidades de cooperação e a estratégia de internacionalização da instituição. “Esse foi um momento importante para dialogarmos com representantes da União Europeia e reforçarmos nossas ações de internacionalização. Foi um encontro muito produtivo, que abre caminhos para fortalecer parcerias entre a UFJF e universidades europeias”, destacou o vice-reitor.

Missão Internacional na China
O pró-reitor de Inovação, Fabrício Campos, participou da Missão Internacional China 2025, realizada entre 8 e 19 de setembro, promovida pela Anprotec, em parceria com o Sebrae, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Programa Diplomacia para a Inovação.

A missão reuniu 27 instituições brasileiras de ciência, tecnologia e inovação, com agendas em Xiamen e Pequim, incluindo visitas à Base de Inovação do BRICS e participação na 42ª Conferência Mundial da IASP, o principal encontro global de parques científicos e áreas de inovação.

Durante o evento, Fabrício representou a UFJF na assinatura da Carta de Intenções de Cooperação com o China-BRICS Science and Innovation Incubation Park (SIIP), em Xiamen. Ele também participou da 4th BRICS Digital Economy Cooperation Event, durante a China International Fair for Investment and Trade (CIFIT), e de visitas a empresas e institutos de pesquisa chineses.

A missão incluiu ainda o Dia da Inovação Brasil–China, realizado na Embaixada do Brasil em Pequim, que reuniu autoridades e especialistas dos dois países para discutir ecossistemas de inovação, cooperação em agronegócio, incubação e transferência de tecnologia.

Para o pró-reitor, a experiência fortaleceu o papel da UFJF na articulação internacional e abriu novas oportunidades de colaboração.“Após uma semana de trabalho da Missão Anprotec, encontramos muito mais do que viemos buscar, graças ao suporte e à acolhida das instituições chinesas. Foi uma honra representar a UFJF e participar da construção de pontes que aproximam nossos ecossistemas de inovação”, destacou Fabrício Campos.

Novos acordos com o México
Ainda em setembro, a UFJF ampliou sua rede de parcerias na América Latina durante uma missão institucional ao México, que contou com a presença da reitora da Universidade, Girlene Alves. A viagem resultou na assinatura de dois novos convênios — com a Universidade de Veracruzana (UV) e com a Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo (UAEH) — e no fortalecimento de vínculos já existentes, como com a Universidade Nacional Autônoma de México (Unam), uma das maiores instituições de ensino superior da América Latina.

A missão também possibilitou o diálogo com representantes de instituições públicas e privadas, aproximando a UFJF de redes internacionais de pesquisa e inovação tecnológica.

Missão em Turquia
Outro importante passo para a internacionalização da Universidade ocorreu no primeiro semestre de 2025. A reitora participou de uma missão institucional à Turquia com o objetivo de consolidar parcerias acadêmicas e fortalecer vínculos científicos com universidades e centros de pesquisa do país.

A agenda incluiu visitas a instituições de referência e reuniões voltadas à discussão de programas de intercâmbio e projetos de pesquisa colaborativa. A viagem se estruturou em três eixos principais: ampliar o diálogo com instituições de ensino superior para futuras cooperações; garantir presença acadêmica em evento internacional; e realizar visitas técnicas a universidades turcas.

“Queríamos voltar o olhar para os continentes europeu e asiático além do eixo tradicional formado por França, Alemanha e Itália. Buscamos diálogo com outros países e novas possibilidades de cooperação real. A UFJF foi a única universidade da América Latina a apresentar uma experiência exitosa no campo das relações internacionais. O continente asiático demonstra um desejo e uma motivação muito fortes em cooperar com o Brasil — isso ficou evidente”, destacou a reitora Girlene à época do evento.

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