O Conselho Superior (Consu) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou, nesta quarta-feira, 2 de abril, a proposta orçamentária para execução em 2025. A Instituição vai investir recursos na ordem de R$8 milhões para reformas, aditivos e reajustes de obras em andamento, conclusão de obras inacabadas e compra de novos equipamentos e veículos. As despesas totais previstas chegam a R$150 milhões.

No início da reunião, a reitora Girlene Alves explicou que o atraso da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) no Congresso Nacional impactou o planejamento da Universidade. Para dar celeridade ao trabalho, sugeriu a votação em conjunto das propostas orçamentárias para capital e custeio – tradicionalmente discutidas e votadas de forma separada. Em seguida, o pró-reitor de Gestão e Finanças, Elcemir Cunha, fez um balanço sobre a execução orçamentária de 2024 e apresentou os cenários para 2025. 

Após abordar os dados gerais, ele ressaltou que não houve perda orçamentária em relação ao planejamento previsto para 2024, ou seja, a Instituição zerou a relação receita e despesa, embora a projeção de déficit fosse de R$8 milhões. O quadro foi alterado, segundo o pró-reitor, “graças às diligências da UFJF junto ao MEC para recuperação dos recursos necessários, o que permitiu a finalização do exercício em bom termo”. Elcemir explicou que, para 2025, o Governo federal prevê corte de 4,89% no repasse dos recursos de custeio, já escassos, para a UFJF, em um cenário de aumento de tarifas de despesas fixas (energia, água, etc), de custos de empresas terceirizadas e de repactuações de contratos antigos. 

O pró-reitor sugeriu dois cenários a serem avaliados pelos conselheiros. No primeiro, déficit projetado de R$11 milhões e investimentos (capital) na ordem de R$6,4 milhões. No segundo, investimentos na ordem de R$8 milhões, com déficit projetado na ordem de R$12,6 milhões. Nos dois casos, porém, a expectativa, assim como em 2024, é de terminar o ano sem perda orçamentária, ao obter recursos complementares junto ao MEC. Venceu a segunda proposta. Demais recursos são reservados para despesas de custeio, sendo 51% destes destinados a empresas que administram serviços prestados por funcionários terceirizados.

Entre os investimentos previstos, estão a conclusão do restaurante do Colégio de Aplicação João XXIII, o pagamento de mais uma parcela da UFJF para as obras do Parque Científico e Tecnológico de Juiz de Fora e Região (Partec), a reforma do Instituto de Ciências Humanas (ICH), a substituição de telhas e telhados em diversos espaços da UFJF, a compra de motos para uso da vigilância do campus, o pagamento de aditivos e reajustes para obras em Juiz de Fora e em Governador Valadares e a compra de equipamentos, entre outros.