
Simpósios nacionais debatem ensino de computação da Educação Básica até a superior (Foto: Visualhunt)
Entre os dias 7 e 11 de abril, o Instituto de Ciências Exatas (ICE) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recebe dois grandes eventos acadêmicos na área da computação: o II Simpósio Brasileiro de Computação na Educação Básica (SBC-EB 2025) e o V Simpósio Brasileiro de Educação em Computação (EduComp 2025). Para participar, é necessário realizar inscrição on-line. Valores e formas de pagamento podem ser conferidas na página EduComp Brasil.
Os eventos têm o objetivo de discutir tópicos relacionados ao ensino de Computação da Educação Básica até a Superior. Os assuntos abordados variam desde discussões curriculares dos cursos de computação até questões de gênero, direitos humanos, inclusão e aspectos raciais e étnicos. Outra meta é contribuir para a formação de professores e a adaptação das escolas a essa nova realidade, já que agora o ensino de computação compõe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Para Luciano Jerez Chaves, professor do Departamento de Ciência da Computação e membro da comissão organizadora dos eventos, o apoio da UFJF foi essencial durante o planejamento e organização dos eventos. “Nós não tínhamos um histórico de edições presenciais do SBC-EB e EduComp como referência, o que gerou expectativa e ansiedade. Porém já sediamos outros simpósios nacionais na UFJF e usamos essas experiências como base. Contamos com total apoio da Universidade, tanto na autorização quanto na infraestrutura. No ICE, há anfiteatros reformados e equipados, o que facilita a organização e reduz custos ao evitar alugueis externos.”
II Simpósio Brasileiro de Computação na Educação Básica
Essa será a segunda edição do SBC-EB, que teve início em 2024 em uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). O evento acontece entre os dias 9 e 11 de abril. Além da programação presencial, que acontece na UFJF, o SBC conta também com polos regionais em Bandeirantes (PR), Campo Grande (MS), Salvador (BA) e Itacoatiara (AM).

Eventos acontecem no Instituto de Ciências Exatas; inscrições devem ser feitas de forma on-line (Foto: Visualhunt)
O colóquio é direcionado à Educação Básica, abordando como ensinar computação para crianças e adolescentes do Ensino Fundamental I e II, além do Ensino Médio. Segundo Chaves, o foco do SBC é o pensamento sistemático e metodológico. “Ensinar computação para crianças não se trata apenas de colocar os alunos diante de um computador para programar, pois esse não é o principal objetivo, nem algo viável para crianças pequenas. O objetivo é ensiná-las a pensar de forma sistemática e metodológica. Podemos dizer que se trata de desenvolver a capacidade de seguir algoritmos, ou seja, compreender etapas e processos para solucionar problemas – algo semelhante a seguir uma receita de bolo para realizar uma tarefa.
Além disso, ele destaca o caráter prático das atividades do evento. “Enquanto o EduComp tem um perfil científico, com artigos completos seguindo metodologia acadêmica, o SBC-EB foca em trabalhos práticos para o ensino de computação na Educação Básica. Os participantes podem submeter relatos de experiência e ideias de atividades, mesmo que não tenham sido totalmente implementadas. Além disso, as apresentações são dinâmicas, incentivando trocas e tornando o evento mais aplicado à realidade escolar.”
Confira mais informações na página do evento.
V Simpósio Brasileiro de Educação em Computação
Também organizado pela SBC, o V Simpósio Brasileiro de Educação em Computação acontece entre os dias 7 e 10 de abril. Nessa primeira edição presencial, o evento conta com apresentação de artigos, laboratório de ideias, mesas temáticas, minicursos, concurso e workshop de teses e dissertações.
Em 2025, o EduComp bateu recorde de submissões de artigos e a expectativa da organização é de que mais de cem participantes estejam presentes ao longo do evento. Chaves conta que o simpósio não aborda somente aspectos pedagógicos do ensino da computação. “Entre os nossos tópicos de interesse estão temas como computação desplugada, ou seja, sem o uso do computador, voltada para a educação de crianças e adolescentes; diversidade nos cursos de computação, que ainda possuem um público majoritariamente masculino, e busca de alternativas para incentivar o interesse das mulheres nessa área; e questões étnicas e raciais, justamente para aumentar a diversidade nos cursos e no mercado profissional.”
Confira mais informações no página do evento.
