“Conte-me e esquecerei, mostre-me e posso lembrar. Envolva-me e eu entenderei.” Tendo como mote essa máxima atribuída a um filósofo confuciano, Xun Kuang, o pesquisador Matthias Wölfel apresentou os trabalhos que desenvolve sobre tecnologias imersivas, como a realidade virtual, em palestra no 30º WebMedia – Simpósio Brasileiro de Sistemas Multimídia e Web. O evento reúne cerca de 230 participantes de 50 instituições no Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Juiz de Fora (ICE/UFJF).
Wölfe demonstrou possíveis usos da tecnologia de realidade virtual (VR), como permitir às pessoas assistirem a uma palestra ou a um jogo de basquete, colocando-as de forma virtual em uma plateia ou uma quadra através de um avatar. O avatar é a representação virtual do indivíduo, podendo ter características físicas ou mesmo comportamentais similares às do sujeito real.
A entrada nesse ambiente é feita através do uso de um headset, que funciona como um óculos de imersão. As pessoas ficam paradas, mas visualmente imersas no mundo virtual e podem interagir com os outros avatares. Haveria, inclusive, uma central de realidade virtual, onde as pessoas ficariam em grandes cestos, protegidas, para utilizarem o dispositivo.
“O que estamos vendo, no momento, é basicamente uma transição do uso do computador para o uso de uma interface que é bem diferente. É mais para uma forma em que o computador vai se tornando um companheiro. Iremos percebê-lo, no futuro, mais como um outro ser humano, com o qual você pode ser amigo, pedir ajuda, suporte e coisas do tipo”, destacou.
Professor da Universidade Hohenheim, em Stuttgart (Alemanha), Wölfe abordou a possibilidade de se utilizar a realidade virtual para auxiliar no aprendizado, em que os estudantes vivenciam experiências que seriam difíceis na vida real. No ambiente tecnológico, seria possível incluir apresentações de slides, pdfs e outros recursos usuais e novos. Mas esse seria apenas um auxílio e não uma substituição da forma de ensino tradicional.
“A realidade virtual pode ser bastante útil em vários modos de aprendizagem, mas não, obviamente, em todos. Temos que ser bem cautelosos sobre o que estamos aprendendo na realidade virtual. Ela pode melhorar o aprendizado na realidade física. Mas, óbvio, não em todos os casos.”
Destacou ainda as diversas experiências que podem ser tomadas no ambiente de realidade virtual, frisando a segurança, pois o usuário poderá realizar atividades radicais ou perigosas sem por o seu corpo real em risco.
Refugiados
As apresentações do 30º WebMedia terminam nesta sexta, 18, mas estudantes e professores ainda estarão envolvidos no Ideathon “Tecnologias para Recomeçar” até este sábado, 19, das 8h às 20h.
É uma maratona intensiva de ideias em que equipes interdisciplinares deverão apresentar, em uma competição, propostas de projetos, com aplicabilidade real, para melhorar a vida de refugiados em Juiz de Fora e região. Desse modo, a atividade também incentiva o surgimento de novos talentos criativos e empreendedores.
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