O Grupo de Análise Econômica Local (GAEL-GV) do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) promove, nesta quarta (4) a primeira edição do bate-papo sobre a realidade socioeconômica de GV.

A iniciativa visa apresentar e discutir os principais resultados levantados pelo grupo, com participação de convidados. Confira o documento produzido.

O primeiro bate-papo acontece nesta quarta (4), entre 14h30 e 16h30, na sala 409 da Unidade Centro. Toda a comunidade acadêmica está convidada.

Estudo comparou índices de GV com outras cidades da região

O Grupo de Análise Econômica Local (Gael) comparou os números da economia valadarense com os do Vale do Rio Doce, de Minas Gerais, da região Sudeste e de outros municípios brasileiros, especialmente aqueles com o mesmo número de habitantes de Governador Valadares. As conclusões do estudo apresentam informações importantes para compreender a situação socioeconômica da cidade. Os melhores índices são aqueles relacionados ao setores agropecuário e habitacional.

Quando comparada a 72 outras cidades de mesmo porte, Valadares obteve um desempenho expressivo em 2017, ocupando a 10ª posição em relação à produção animal e a 19ª na agropecuária. Entre as cidades mineiras com a mesma população, é superada apenas por Uberaba. Apesar disso, mais recentemente a produção valadarense foi pouco representativa, sendo responsável por apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020.

Quando os assuntos são as despesas municipais, os gastos de Governador Valadares, considerando o porte da cidade, ficaram dentro do esperado no ano de 2020. Apesar disso, o estudo ressalta a notável concentração nas despesas correntes e pouca ênfase nas de capital, que incluem os investimentos locais. Quase metade dos recursos do município é investida em saúde (42%), o 9º maior valor entre as 72 cidades brasileiras de mesmo porte, e urbanização (11,5%), percentual superior à média nacional. A priorização dessas duas áreas acaba deixando de lado outros setores importantes, caso da educação, que recebe apenas 16,9%, abaixo, portanto, da média de todas as demais regiões.

Além disso, Valadares registrou um analfabetismo populacional de 5,1% em 2022. O índice é 58% maior que o de Sete Lagoas e 76% superior ao de Divinópolis. A cidade também revelou uma baixa capacidade de retenção da mão de obra mais qualificada. A maioria dos trabalhadores têm apenas o 2º grau completo. Em 2020, por exemplo, só 17% dos postos de trabalho era formado por pessoas com o ensino superior completo.

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