Um grupo de 22 estudantes do curso de Fisioterapia do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) realizaram, na última semana, visitas técnicas a três locais de referência em ergonomia no estado de Minas Gerais. O principal objetivo dessas atividades foi conhecer os diferentes cenários de atuação do fisioterapeuta do trabalho e do ergonomista.
Os discentes conheceram o Centro de Inovação em Ergonomia (CIT), em Belo Horizonte, que é mantido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) e pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). Em Itabirito, a visita foi ao Complexo de Vargem Grande, operado pela empresa Vale. E em Betim, os estudantes visitaram a fábrica de automóveis da Fiat. Além disso, na capital mineira, os acadêmicos organizaram um evento sobre o tema no Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-MG).
Para a estudante Samara Rodrigues Soyer, conhecer os vários processos de trabalho e a relevância do ergonomista em todas essa etapas ampliou a sua visão para as diversas realidades e possibilidades de atuação do fisioterapeuta dentro das indústrias:
“Além de observar, de perto e em tempo real, os diversos setores e etapas de processo de produção dessas grandes empresas, tivemos também a oportunidade de conhecer a jornada de profissionais que atuam na área, por meio de palestras que abordavam suas experiências e perspectivas, com uma visão da realidade atual e os possíveis caminhos a serem seguidos. Com tudo isso, pudemos ver que o conhecimento teórico aplicado em sala de aula é de extrema relevância e, quando em junção com uma experiência presencial, pode trazer um enorme diferencial na formação acadêmica”, afirma a discente. Soyer ainda enfatiza: “Agora o que fica é a vontade de aprender mais, a gratidão aos que se esforçaram para que isso fosse possível e o respeito pelos que já fazem parte desse universo da ergonomia, que particularmente, já ganhou meu coração!”.
Quem também sai da experiência apaixonada pela área é Maria Eduarda Higino Schuhmacher. “Cada visita teve sua particularidade e sua contribuição para a minha formação. Apesar da correria e do cansaço, foi extremamente gratificante e encantador conhecer essa área. Acredito que ela seja uma soma de tudo o que há de bom na fisioterapia: dinamismo e muita pesquisa. Espero que outros alunos tenham a oportunidade de viver o que vivemos. E, hoje, posso dizer que meus olhos brilham para a ergonomia”, comemora a estudante.
Já para a discente Débora Lagares, as atividades foram ainda mais impactantes, e representam o seu direcionamento profissional. “Apesar de gostar de várias áreas da fisioterapia, ainda não havia me encontrado cento por cento em uma área que me encantasse. Mas, com essa oportunidade, encontrei um caminho para seguir”, destaca.
Na avaliação do professor do curso de Fisioterapia da UFJF-GV, Peterson Marco de Oliveira Andrade, o contato com a realidade de dezenas de fisioterapeutas que possuem uma “atuação de excelência” nessas empresas trouxe muitas contribuições e perspectivas para os discentes do campus:
“As experiências vivenciadas apresentaram as diferentes possibilidades de atuação e as competências necessárias conforme as exigências da legislação e especificidades de cada realidade. Foi observado a necessidade do trabalho em equipe, o domínio da estatística e do gerenciamento de dados, além de outras habilidades científicas, técnicas e sociais para o exercício profissional. Os estudantes conheceram a importância da criatividade e versatilidade para os processos e apresentação de resultados. Uma experiência que agregou valor na formação dos nossos estudantes”, destaca Andrade, responsável pela atividade, juntamente com a também professora do curso, Ludimila Forechi.
Além das empresas visitadas e do CRMV-MG, a iniciativa contou com o apoio do projeto Manuelzão da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Conselho Regional de Fisioterapia (Crefito 4) e da Faculdade Inspirar.