Retomando laços históricos, a partir desta segunda-feira, 16, a Galeria Espaço Reitoria recebe a exposição “Quem sou eu!”, que fica em cartaz até 31 de outubro, de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas. A mostra exibirá autorretratos produzidos por 121 crianças, com idades entre 4 e 6 anos, da Escola Municipal Santana Itatiaia, localizada no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Essa série de desenhos, além de ilustrar a representação criativa de cada estudante por meio da arte, simboliza a aproximação da UFJF com a comunidade ao seu redor.
De acordo com a professora de artes da instituição municipal e idealizadora da exposição, Aline Moreira, a elaboração de um autorretrato trabalha com o processo de aceitação, uma vez que os alunos destacam o que mais gostam em si. “Os pequenos artistas observaram autorretratos famosos como os de Tarsila do Amaral, Van Gogh, Lasar Segall, Candido Portinari, Marcel Duchamp e Paul Klee. Os alunos perceberam que deveriam se retratar como se entendem, destacando o que mais apreciam em si”, afirma a docente.
A relação entre a UFJF e a Escola Municipal Santana Itatiaia remonta à década de 1960, quando a construção do Campus foi condicionada à edificação da então chamada Escola Elementar. “A ideia foi sempre a de estimular, desde a mais tenra idade, a formação de indivíduos críticos, livres, criativos e cientes do seu valor na sociedade, sendo que a UFJF, por sua vez, compactua com a valorização os propósitos de liberdade e igualdade garantidos pela democracia e pela educação de qualidade”, sugere o texto de apresentação da exposição.
Caminho construído
“A escola promove ações artísticas e literárias para capacitar as crianças a transformar a si mesmas e as circunstâncias ao seu redor por meio do pensamento, da imaginação e do conhecimento”, diz a professora, ao contar que, com base nesses valores, a Escola Municipal Santana Itatiaia ofereceu diversos livros de literatura para o desenvolvimento do projeto “Quem sou eu!”. Os desenhos são resultado de um extenso trabalho produzido ao longo do ano letivo.
Aline conclui dizendo que a notícia de que a exposição seria feita na UFJF os levou a pensar que cada uma das crianças teria em sua arte algo relevante, pois os trabalhos seriam expostos em um espaço de referência nacional em cultura, pesquisa e ensino: “Os estudantes, com a mostra, se sentirão integrantes e pertences ao mundo de conhecimentos que a Universidade proporciona”.