Evento reúne mostra de Extensão, Seminário de Iniciação Científica, Mostra de Profissões, além de feira de artesanato e muitas apresentações culturais. (Foto: Twin Alvarenga)

“Vivemos na UFJF, durante três dias, um momento muito singular, de grande conectividade entre diversos atores sociais. Foi criado um espaço de troca de saberes, onde estabelecemos um diálogo mais próximo com a comunidade”, comemora a reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora, Girlene Silva. O evento Espiaqui, realizado entre os dias 11 e 13 de novembro, transformou a praça cívica em um espaço de intensa interação. Diversos estandes reuniram mostras já tradicionais como a de Iniciação Científica e de Extensão com a novidade da Mostra de Profissões e muitas outras atrações. “Foi uma grande celebração do verdadeiro espírito de uma universidade pública integrando ensino, pesquisa, extensão e construção de políticas públicas, inclusive, as do campo das ações afirmativas. É extremamente potente ver a UFJF se abrindo para receber a comunidade externa, associações e movimentos sociais”, acrescenta Danielle Teles, diretora de Ações Afirmativas.

Coletivo Agrupa fez uma demonstração ao vivo de obra em mosaico. (Foto: Twin Alvarenga)

A reitora destacou também que “essa foi uma oportunidade de a comunidade acadêmica apresentar com mais detalhes a UFJF, em um espaço que transcendeu o acadêmico. Foi um verdadeiro espaço de troca. Tudo com uma linguagem em conectividade com nossos jovens”. O evento contou com muitas atrações culturais como o Coral Pró-Música, Roda de choro com o Coletivo Chora Efe e apresentação do Àkórin, Coral Negro. Foram oferecidas cinco oficinas de ex-bolsistas e bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Artística, como o Gavetas da Memória e Patrimônios negros, além de demonstração ao vivo de obra em mosaico do Coletivo Agrupa. Para Marcus Medeiros, pró-reitor de Cultura, o evento celebrou a diversidade da produção científica e artística da UFJF. “Foi emocionante receber membros do quilombo Colônia do Paiol para uma roda de conversa e encontro de saberes, marcando a abertura da exposição: Registros no cotidiano: beleza e identidade negra de mulheres do quilombo Colônia do Paiol, na Galeria Helio Fádel.

Vice-reitor, Telmo Ronzani (esquerda); pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa (Propp), Priscila Faria; pró-reitora adjunta da Propp, Isabel Leite; reitora, Girlene Silva; pró-reitora de Extensão (Proex), Érika Andrade e o adjunto da Proex, Marco Antônio Escher. (Foto: Twin Alvarenga)

Quase 500 projetos de extensão apresentaram suas experiências e mais de 40 projetos exitosos da inserção da extensão nos currículos dos cursos compartilharam as avaliações sobre os avanços e desafios. Para a pró-reitora de Extensão, Érika Andrade, foi  um momento muito especial, “tivemos a oportunidade de fortalecer a integração entre universidade e sociedade, reafirmando o compromisso da extensão com a transformação social. A diversidade de projetos apresentados revelou a potência das ações desenvolvidas nas unidades acadêmicas e nos territórios, dando visibilidade ao trabalho sério, sensível e comprometido de nossos estudantes, técnicos e docentes. A troca de experiências durante o evento gerou aprendizados mútuos”.

As apresentações do Quilombo do Paiol e do Trovão da Rosa celebraram a ancestralidade, cultura e beleza do povo negro. (Foto: Gabriela Moroni)

Enriquecido com apresentações culturais, feiras de artesanato e alimentos, o evento aproximou diferentes áreas, favoreceu o diálogo interdisciplinar e ampliou a compreensão sobre como as iniciativas impactam diretamente a vida das pessoas. “Saímos todos mais conectados, inspirados e convictos de ser esse um caminho essencial para promover inclusão, democratizar o conhecimento e fortalecer políticas públicas”, completa Érika. O Espiaqui foi uma oportunidade de mostrar que quando universidade e sociedade caminham juntas, construímos respostas mais criativas, humanas e efetivas para os desafios do nosso tempo. Outro ponto forte do evento foi a presença de cerca de 80 pessoas entre lideranças negras e quilombolas para celebrar o mês da consciência Negra. “Entendemos que as formas de manifestação de conhecimento, cultura e saberes se fazem de diferentes formas e isso faz com que a universidade seja de fato plural”, reflete Daniella Teles.

Mostra de profissões reuniu 32 cursos. (Foto: Gabriela Moroni)

A mostra de profissões reuniu 32 cursos, que apresentaram para a comunidade um pouco sobre o universo de cada profissão. Para a pró-reitora de Graduação, Katiuscia Antunes, o evento foi muito positivo. Tivemos pessoas circulando pela Universidade, não só apresentando os trabalhos de Iniciação Científica, de Extensão, mas também pessoas da comunidade que vieram até o campus e puderam conhecer os projetos que a Universidade desenvolve. “Como pró-reitora, avalio que precisamos cada vez mais fazer esse tipo de evento, reunindo aquilo que os cursos têm de melhor a oferecer para os estudantes, principalmente, do Ensino Médio, para que eles possam fazer a opção por estudar na UFJF”, destaca Katiuscia. Visitaram o evento escolas públicas e privadas de Juiz de Fora e de outros municípios como Petrópolis e Matias Barbosa.

No Seminário de Iniciação Científica (Semic 2025) foram apresentados 150 projetos de pesquisa divididos por três áreas: Ciências Exatas, Ciências da Vida e Humanidades. De acordo com a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa, Priscila Pinto, o encontro evidenciou o papel central e o valor da universidade na sociedade. “Foram dias incríveis, cujo sucesso só foi possível graças à dedicação de toda a nossa comunidade acadêmica e ao protagonismo dos nossos estudantes — que, como sabemos, gostam de divulgar e valorizar o trabalho que desenvolvem. Para o próximo ano, queremos que o evento cresça ainda mais: com mais espaços, mais projetos, mais visitantes e momentos ainda mais interativos entre a UFJF e a sociedade”. 

150 projetos de pesquisa apresentaram resultados no Seminário de Iniciação Científica. (Foto: Gabriela Moroni)

Entre os expositores, estiveram no evento 22 feirantes com produções de diferentes segmentos. “Fizemos um questionário de avaliação entre os expositores e tivemos um retorno muito positivo. Avaliaram positivamente tanto a participação da Intecoop, quanto a ação da UFJF de integrar os projetos executados pela instituição em um só lugar”, celebra o coordenador da Intecoop, Edwaldo Sérgio. “Para nós é muito importante integrar os coletivos e empreendimentos parceiros ao campus, dando a possibilidade para que os estudantes conheçam novas tecnologias de organização de trabalho, assim como fornecer aos produtores espaço para que conheçam as ações da Universidade para além da Intecoop. Compreendemos que as feiras também são espaços de construção coletiva de cultura e identidade, sendo possível identificar a produção local, fomentando a geração de renda”, explica.

De acordo com o vice-reitor, Telmo Ronzani, a ideia é incluir o Espiaqui no calendário da Universidade, ampliando a participação dos cursos de graduação, da pós-graduação e de outros projetos, estimulando mais parcerias, com a participação da comunidade e outros setores do município. “Faremos uma reunião de avaliação e planejamento para aprimorar ainda mais o evento para os próximos anos.”

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