O Ciclo de Debates – Políticas Linguísticas e Internacionalização, promovido pela Diretoria de Relações Internacionais (DRI) em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Linguística, realiza mais um encontro em novembro. A atividade acontece no dia 27, às 16h, no Auditório da Faculdade de Letras, com a mesa-redonda “Políticas Linguísticas e Diversidade”, que contará com a participação da professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Glenda Melo, e do professor da UFJF e diretor de Relações Internacionais, Alexandre Cadilhe.
O evento busca refletir sobre o papel das línguas nos processos de internacionalização, inclusão e diversidade cultural no ambiente universitário. Os encontros são abertos à toda a comunidade acadêmica e integram a proposta de políticas linguísticas da DRI, fortalecendo o diálogo entre diferentes áreas da UFJF e promovendo uma internacionalização atenta às dimensões linguísticas e culturais presentes no ensino, na pesquisa e na extensão.

Para o diretor de Relações Internacionais, Alexandre Cadilhe, a política linguística de uma instituição deve estar sempre em diálogo com o seu tempo (Foto: Carolina de Paula/UFJF)
Para Cadilhe, “a internacionalização universitária demanda uma abordagem sensível às questões linguísticas que permeiam o acesso, a permanência e o sucesso de estudantes, docentes e técnicos em ambientes multilíngues”. Ainda segundo ele, “a DRI, ciente da importância das políticas linguísticas como instrumento de inclusão e promoção da diversidade, responde pela implementação de ações voltadas à valorização das línguas e culturas envolvidas nos processos de mobilidade acadêmica, cooperação internacional e acolhimento institucional.”
Política Linguística
As políticas linguísticas não se limitam ao ensino de línguas estrangeiras, mas abrangem também o fortalecimento da língua portuguesa como língua de ciência e acolhimento, o reconhecimento das línguas indígenas e de sinais, e a promoção de práticas de tradução, interpretação e mediação linguística. Também reconhece as línguas que são mobilizadas na Universidade por meio de seus estudantes, docentes, documentos (como teses e dissertações, por exemplo) e comunicações institucionais (como sites).
O texto de Política Linguística da UFJF, de 2018, estabelece eixos e planos de ação. São ações que consideram desde o Programa de Universalização de Línguas (P.U.), o Programa Idiomas sem Fronteiras (IsF) e o Programa Boa Vizinhança – Línguas, até programas como PEC-PLE e certificações como CELPE-BRAS. Tal documento reflete ações desempenhadas coletivamente por diferentes unidades da UFJF, entre elas, as pró-reitorias de Graduação e de Extensão, a própria DRI e a Faculdade de Letras.
Ainda que tenha um caráter inovador, Cadilhe defende a necessidade de atualização do texto de 2018. “A política linguística de uma instituição deve estar sempre em diálogo com o seu tempo. Então, a cada momento é importante numa instituição nos interrogarmos acerca de quais línguas circulam nos nossos textos, nos nossos trabalhos, nos artigos, quais são os diferentes contextos de onde os estudantes vêm, que línguas trazem consigo, que demandas o mundo contemporâneo globalizado também nos apresenta. E, a partir disso, pensarmos nos princípios que devem orientar uma ação multilíngue para uma universidade plurilíngue. É nesse sentido que a nossa política linguística deve ser constantemente repensada, a partir das demandas dos membros da comunidade acadêmica,” explica.
Outras informações: Diretoria de Relações Internacionais – UFJF
internationaloffice@ufjf.br / 32 2102-3389
