Equipe participante das atividades (Foto: arquivo pessoal)
No último domingo , 17, a Praça de Esportes, em Governador Valadares, se transformou em um espaço de acolhimento, alegria e inclusão. Cerca de 35 crianças e adolescentes com transtornos do neurodesenvolvimento, acompanhados de seus familiares, participaram de uma manhã especial promovida pelo projeto de extensão Kinder – Rede de Apoio ao Neurodesenvolvimento, do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora – Campus Governador Valadares (UFJF-GV).
Este foi o segundo encontro do projeto que teve como foco proporcionar momentos de convivência, integração e lazer. A programação incluiu circuitos de jogos e brincadeiras cooperativas planejados para atender às necessidades específicas de cada uma das crianças. “O planejamento contempla diferentes estratégias que favorecem a interação, a cooperação e o desenvolvimento global, respeitando os limites individuais e valorizando as potencialidades. Nossa intenção foi criar um espaço de integração no qual todos fossem convidados a brincar juntos, fortalecendo vínculos, estimulando a socialização e ampliando as possibilidades de participação ativa”, explicou a professora do curso de Educação Física da UFJF-GV e coordenadora do projeto, Simara Regina de Oliveira Ribeiro.
Uma das atividades com as crianças e familiares (Foto: arquivo pessoal)
Mãe de uma das crianças envolvidas no projeto, Iara Ferreira Nascimento destacou que o evento proporcionou descobertas e acolhimento. “Tivemos uma manhã proveitosa, na qual meu filho — autista não verbal de nível 3 de suporte — pôde ter contato com a areia em uma atividade sensorial, forma pela qual ele consegue se autorregular. Agora entendemos o quanto ele se sente bem. Cada atividade oferecida a ele e a nós, sua família, faz toda a diferença. Somos gratos por todo o empenho dos voluntários. Gratidão a todos os envolvidos”.
Conduzidas por estudantes dos cursos de Educação Física, Fisioterapia e Medicina, as atividades também propiciam uma formação prática aos universitários envolvidos. De acordo com a professora Simara Regina, a vivência em um ambiente real, fora das salas de aula, contribui para o desenvolvimento de competências que vão além da técnica. “Ao atuarem junto às crianças e suas famílias, os estudantes exercitam habilidades de comunicação, empatia e trabalho em equipe interdisciplinar, além de desenvolverem a capacidade de adaptar estratégias conforme diferentes necessidades individuais”.
Amanda Micale, aluna do 8º período de Medicina e representante do Projeto Kinder, relatou o impacto pessoal da participação. “Foi muito enriquecedor observar como cada detalhe do planejamento ajuda a promover inclusão e acessibilidade, e como as adaptações simples permitem que todos possam brincar juntos”.
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