Representantes da UFJF-GV no evento (Foto: arquivo pessoal)

Estudantes do oitavo e nono períodos do curso de Fisioterapia do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV) marcaram presença na 1ª Conferência Municipal da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora de Governador Valadares, realizada na última quinta-feira, 3, no anexo I da Prefeitura.

O evento teve como objetivo promover ideias que proporcionem melhorias na saúde dos servidores municipais, estabelecendo uma ponte entre setor público e sociedade civil. Para tanto foram realizadas palestras sobre diferentes temas e dinâmicas de grupo em que os participantes foram divididos em três eixos de discussão: Políticas Nacionais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora; Novas relações de trabalho e saúde; e Participação popular na saúde do trabalhador e da trabalhadora.

Cada grupo foi incumbido de pontuar uma diretriz e duas propostas em âmbito municipal, estadual e nacional. Neste sentido, os estudantes da disciplina “Fisioterapia em Saúde Coletiva” da UFJF-GV tiveram a oportunidade de exercer a cidadania com direito a voz e voto nas propostas debatidas. “Integrar o curso de fisioterapia com o controle social, serviços e gestão do sistema de saúde faz parte dos nossos objetivos. Uma experiência que atende as habilidades e competências previstas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Projeto Pedagógico do Curso de Fisioterapia. Fiquei feliz, inclusive, em ver quatro egressos da UFJF-GV que integram as equipes da rede de saúde de Governador Valadares”, destacou Peterson Andrade, professor da disciplina.

Para Ana Clara Rodrigues Hastenreiter, discente do oitavo período, a experiência fomentou reflexões sobre a saúde do trabalhador, bem como proporcionou a formulação e aprovação de propostas para a melhoria das condições de trabalho e saúde. “Também compreendi, de forma ainda mais concreta, a importância da participação popular na construção de propostas, demonstrando que, por meio do debate e da democratização das decisões, é possível promover mudanças reais e fortalecer o sistema de saúde no país”, explicou Ana Clara.

Do nono período, a discente Raíssa Rodrigues Santos explicou que teve a oportunidade de “observar na prática a aplicação dos conceitos teóricos estudados em sala, e como eles se conectam diretamente com os desafios e práticas enfrentados diariamente pelos profissionais de saúde e pela população trabalhadora”.

Já a discente Laryssa Araujo Pereira, do nono período, ponderou que trabalhadores e estudantes da área da saúde devem ocupar esses espaços para representar de fato a população e propor políticas mais eficazes para o bem-estar coletivo. “Fiquei surpresa ao perceber que muitos dos representantes não possuem uma base sólida sobre a saúde e não apresentam propostas eficazes para melhorar a situação da saúde pública”.