
O chatbot promete facilitar o acesso de estudantes com necessidades especiais a informações sobre vacinas. (Imagem: Pixabay)
Uma ferramenta desenvolvida por um egresso do Mestrado Profissional em Ensino de Biologia do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (Profbio-GV) promete facilitar o acesso de estudantes com necessidades especiais a informações sobre vacinas. Trata-se de um assistente virtual (chatbot) que interage com os alunos, funcionando como uma espécie de mediador do processo de aprendizagem. Esse é o primeiro trabalho dedicado à educação especial e inclusiva desenvolvido pelo Profbio-GV.
Utilizando recursos visuais e sonoros, a ferramenta aborda a descoberta, o mecanismo de ação, como são produzidas e outras questões envolvendo as vacinas. O assistente virtual possui código aberto, o que permite a edição e customização da ferramenta por professores das mais diversas áreas de ensino.
Resultado da pesquisa de mestrado de Jairo de Souza Gonçalves, o chatbot foi concebido para estudantes da educação especial e inclusiva matriculados no ensino médio da Escola Estadual Professora Zilda Pinheiro da Silva, na cidade mineira de Mantena, onde ele é professor.
Ao testar a ferramenta com esses adolescentes, o professor coletou dados sobre o tempo médio de interação dos alunos com o programa, o percentual de aproveitamento nas perguntas propostas e o nível de satisfação. “De maneira geral, foi possível observar que a metodologia utilizada permitiu o desenvolvimento de algumas habilidades do processo de aprendizado e que a maioria dos estudantes ficaram satisfeitos em usar o chatbot”, explica Gonçalves.
O professor também destaca que “a inclusão de estudantes com necessidades educacionais especiais no ensino regular é um processo complexo e que exige medidas pedagógicas adaptadas para o público em questão”. Ainda segundo ele, “o uso de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) voltadas para a educação inclusiva é incipiente e ainda carece de validação na literatura científica”.
Roberto Queiroga Lautner foi o orientador do trabalho e destaca que “os recursos desenvolvidos e testados contribuem para o aprimoramento de um sistema educacional inclusivo na rede básica de educação” e que “poderá fomentar novas iniciativas de ensino, pesquisa e extensão universitária na área da educação inclusiva”.
Uso de recursos digitais para o ensino de biologia na modalidade de educação inclusiva
Autor: Jairo de Souza Gonçalves
Orientador: Roberto Queiroga Lautner
Colaboração: Núcleo de Estudos e Pesquisas em Biologia e Recursos Digitais da UFJF-GV e Centro de Educação a Distância (Cead-UFJF)
Clique aqui para acessar o assistente virtual.
Confira os vídeos.