A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) foi selecionada para receber o 1º Simpósio Nacional de Mulheres na Nanociência. O evento acontece no Instituto de Ciências Exatas (ICE) entre os dias 3 e 6 de junho. As inscrições para submissão de trabalhos são gratuitas e podem ser feitas por meio de formulário on-line, até o dia 25 de fevereiro. O tema do encontro é “O conhecimento e a inovação para cientistas e profissionais do futuro”.
O evento é voltado para estudantes de graduação, pós-graduação, do ensino básico, além de professores da rede pública (estes, na categoria ouvinte). Os participantes terão acesso a oficinas e outras atividades planejadas com foco em fomentar o interesse nas áreas de Nanociências e Nanotecnologia (N&N) e o aprendizado por meio do contato com pesquisadoras renomadas da área, além de democratizar a informação sobre a produção do conhecimento científico, os avanços e inovações em Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (STEAM).
Esse encontro será o primeiro a ser promovido pela Rede Nacional de Mulheres na Nanociência: Conhecimento e Inovação para Cientistas e Profissionais do Futuro. O projeto foi aprovado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em chamada de 2023.
A rede é voltada à promoção de ações para estimular e apoiar a formação de mulheres cientistas de diferentes origens étnico-raciais. O projeto está presente em 12 estados, localizados nas cinco regiões brasileiras, e interliga 80 pesquisadoras, além de mais de 10 mil estudantes. A rede é coordenada pela professora Solange Binotto Fagan, vice-reitora da Universidade Franciscana (UFN), instituição privada localizada na cidade de Santa Maria (RS).
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Pesquisadora Zélia Ludwig destaca que a localização estratégica de Juiz de Fora é um dos principais fatores para a escolha da cidade, além do reconhecimento da Universidade na área (Foto: arquivo pessoal)
De acordo com a professora do Departamento de Física da UFJF e integrante da comissão organizadora do evento, Zélia Ludwig, entre os motivos para a escolha da Universidade para sediar o evento estão a sua localização e o posicionamento de destaque da instituição em relação à área de Nanotecnologia.
“A UFJF localiza-se em um ponto estratégico na região sudeste, o maior número de integrantes da Rede Nacional de Mulheres na Nanociência é de Juiz de Fora. A rede escolheu trazer o evento para Juiz de Fora para sair dos grandes centros, mas ao mesmo tempo aproveitar o clima e as facilidades da cidade. E porque a UFJF também vem se destacando na pesquisa em Nanotecnologia. Vários pesquisadores daqui já fazem parte de grandes redes”, afirma a pesquisadora, que também integra o comitê gestor da Rede Nacional de Mulheres na Nanociência.
Equidade de gênero na ciência
A rede nacional também já iniciou a articulação de ações nas escolas, ligadas à Nanotecnologia e ao aumento da diversidade, envolvendo professoras e estudantes. A questão também é uma das pautas consideradas primordiais na organização do evento. Na avaliação de Zélia, tanto as questões de gênero quanto o aspecto étnico-racial devem ser considerados nas questões ligadas ao aumento da diversidade na ciência.
“Isso já começa na composição das participantes, na escolha das integrantes do núcleo gestor e das escolas participantes”, salienta. A docente destaca, ainda, que o evento também é aberto para o público masculino, já que, em sua avaliação, “lutar pelo aumento da diversidade, inclusão, justiça e igualdade é papel de todos nós”.
Inscrições
As inscrições para o simpósio podem ser feitas de forma on-line por meio da plataforma Even3. Demais informações podem ser obtidas no site.
A comissão organizadora do evento também conta com a presença de outras docentes da UFJF, as professoras Bárbara Almeida, Celly Mieko Shinohara Izumi, Fernanda Bombonato e Maria Teresa Barbosa.
Outras informações: Sociedade Brasileira de Física (SBF).