A viagem que pode mudar a vida de mais de 90 estudantes da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e ampliar a internacionalização da própria instituição começa a virar realidade. São os aprovados no Programa de Intercâmbio Internacional da Graduação (Piigrad) 2024-2025. Como previsto em edital, o resultado final, após recursos, foi publicado na noite desta última terça, 10, no site da Diretoria de Relações Internacionais.
Nesta edição, a UFJF ofertou 158 vagas em 72 opções, entre institutos e universidades, de 16 países, como Argentina, Japão e Polônia. Portugal foi o país que recebeu mais interessados – mais de 230 inscritos para 54 vagas -, concentrando a maioria das inscrições. Por outro lado, nem todos os países receberam candidatos, como Chile, Colômbia, México e Turquia, que ofertaram 34 vagas.
As alunas e os alunos iniciarão os estudos, no exterior, a partir do segundo semestre de 2025, conforme o calendário de cada faculdade conveniada. Poderão ficar até dois semestres fora, de acordo com critérios das instituições. Antes já têm um compromisso marcado para esta semana, como prevê o edital do Piigrad: uma reunião para repasse de orientações da Diretoria. Será nesta quinta, 12, às 9h, no Anfiteatro das Pró-Reitorias, no campus. Alunos do campus Governador Valadares estarão de forma on-line.
É recomendado que todos os candidatos que tiveram a inscrição deferida, aprovados na seleção ou não, estejam presentes. Isso porque, em caso de desistência, terão recebido coordenadas importantes sobre o processo. No encontro, estudantes serão orientados sobre a matrícula e o contato com a instituição estrangeira. Depois da aprovação no processo da UFJF, o futuro intercambista deve atender os critérios da instituição parceira.
Interlocução
O intercâmbio objetiva ser muito mais do que o cumprimento de disciplinas no exterior e a realização de troca intercultural. Almeja ser uma oportunidade para estabelecer pontes entre a UFJF e a universidade de destino, como explica o diretor de Relações Internacionais da UFJF, Alexandre Cadilhe.
“Que essa interlocução se dê através da integração entre o que aluno aprende na UFJF e na outra instituição, que conte também com diálogo entre professores da UFJF e os que ele vai conhecer. Se esse estudante efetivamente atuar como interlocutor, esse movimento gera a internacionalização do ensino e da pesquisa”, frisa.
Cooperação regional
Integração é uma das expectativas de Michele Santos, aluna de Ciências Sociais, aprovada para a Universidade Nacional de Rosario, na região central da Argentina. “Acredito ser extremamente importante fortalecer os laços entre nossos países, promovendo uma maior troca cultural e educacional. Essa proximidade geográfica e histórica é uma oportunidade valiosa para expandir meu aprendizado e compreender melhor as relações regionais”, afirma.
Com foco em Ciências Sociais, Michele pretende ampliar o conhecimento sobre integração e cooperação regional entre países latinoamericanos. Demonstra interesse em disciplinas a serem ofertadas pela Faculdade de Ciência Política e Relações Internacionais, como “Integración y Cooperación Latinoamericana”, “Política Internacional Latinoamericana” e “Finanzas Internacionales”.
Será a sua primeira visita às terras mais ao Sul, o que traz ainda mais ânimo à estudante. “O engajamento político do povo argentino, a rica tradição cultural e a contribuição intelectual do país sempre me chamaram atenção.”
Em sua primeira experiência internacional, a estudante Gabriela Vimeiro, do bacharelado interdisciplinar em Ciências Humanas, foi aprovada para intercâmbio na Coreia do Sul. Fará parte da Hankuk University of Foreign Studies (Universidade Hankuk de Estudos Estrangeiros), localizada na capital, Seul. Espera aprimorar o uso da língua inglesa e aprender mais sobre a cultura oriental, com ênfase na sul-coreana.
“Vivendo no ocidente temos uma visão limitada e distorcida sobre essa região. Além disso, espero aprender o máximo possível de coreano, aproveitando as oportunidades de prática da língua que terei.” A política e as relações internacionais do país despertam interesse da estudante como tema de estudo, assim como a expansão da cultura pop local, que contribuem para “a descolonização cultural ao diversificar as referências culturais no cenário internacional”. A experiência sozinha em um país diverso também é uma aposta da aluna para o amadurecimento pessoal.
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