Prédio do Hospital Universitário, referência em doenças raras

Evento acontece neste sábado, dia 7, atendimento é gratuito e por ordem de chegada (Foto: Alexandre Dornelas/UFJF)

O último mês do ano é conhecido como “Dezembro Laranja”, devido à campanha anual de prevenção ao câncer de pele. Em função disso, mutirões de prevenção e diagnóstico são promovidos em todo o país. Em Juiz de Fora, no sábado, dia 7, está programada uma ação das 9h às 15h, na Unidade Dom Bosco, do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O mutirão faz parte do projeto “Ebserh em Ação”, que reúne outros 44 hospitais federais distribuídos em todo o país. Trata-se de um esforço nacional para ampliar os atendimentos por meio de cirurgias, exames e procedimentos, que segue até o dia 14 de dezembro, quando acontece o “Dia E”, momento em que todas as unidades farão um balanço da campanha.

A pessoa que notar sinais e lesões em sua pele pode comparecer ao mutirão, que conta com médicos e residentes do Serviço de Dermatologia do HU-UFJF, além de voluntários. O atendimento é por ordem de chegada. O interessado deve levar um documento de identificação. Serão avaliados apenas casos suspeitos de câncer de pele. Outros casos de lesões cutâneas não serão atendidos via mutirão.

Conscientização
Com intuito de reduzir a incidência da doença, realizar um tratamento precoce e diminuir a mortalidade, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza esta campanha desde 1999, promovendo a conscientização pública. Atualmente, o câncer de pele não melanoma é o tumor maligno mais comum no Brasil, representando 31% dos casos. Para um diagnóstico precoce, as pessoas devem ficar atentas aos seguintes sinais:

  • Lesão elevada e brilhante, de cor avermelhada, acastanhada, rósea ou de várias cores e que sangra facilmente.
  • Pinta ou sinal preto ou acastanhado que muda de cor, tem bordas irregulares e cresce.
  • Mancha ou ferida que não cicatriza com ou sem crostas e com sangramento. 

“Diante da suspeita de câncer de pele, o paciente será encaminhado para atendimento especializado e realização de biópsia cutânea para comprovação do diagnóstico e definição da melhor conduta terapêutica, de acordo com o caso”, explica a médica Suélia Longo, dermatologista e coordenadora do mutirão deste ano do HU-UFJF/Ebserh. 

Cuidados e Prevenção
Durante o mês de dezembro, a Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele destaca a importância de hábitos como o uso diário de protetor solar. Também incentiva a população a realizar acompanhamento médico regular. “Além desses cuidados, o paciente deve usar camiseta e chapéu, óculos de sol com proteção UV, e evitar o sol entre 9h e 15h”, orienta a profissional. 

Cuidados que devem ser redobrados agora, devido ao aquecimento global, à intensificação da poluição ambiental e à maior incidência de radiação ultravioleta, que favorecem o aumento dos casos de câncer de pele. Dessa forma, vale lembrar as recomendações para todo o ano, alerta a especialista, especialmente para os grupos de risco. Alguns fatores que podem aumentar a probabilidade de desenvolver câncer de pele são:

  • Pessoas de pele clara, do tipo que se queimam facilmente no sol e nunca bronzeiam.
  • Pessoas que já tiveram câncer de pele. 
  • Pessoas com muitas sardas ou pintas pelo corpo.
  • ⁠Pessoas com mais de 65 anos.
  • Ter alguém na família que tem ou já teve câncer de pele. 

Contudo, independentemente desses fatores e do tom de pele, todos devem se proteger da radiação solar, cuidando da pele e acompanhando qualquer sinal que possa surgir devido à exposição ao sol.