Quantidade de dispositivos utilizados pelos usuários e novos recursos disponíveis em sala de aula demandam tecnologia mais avançada (Foto: UFJF)

Uma nova infraestrutura de rede sem fio será instalada na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), podendo ampliar em até 20 vezes a velocidade de navegação. A instituição adquiriu equipamentos de Wi-Fi 6 para cobrir cerca de um terço do campus Juiz de Fora. Os primeiros locais a recebê-los serão o Centro de Ciências, a Faculdade de Economia e a Reitoria. O investimento é de R$3 milhões, obtidos por meio de emenda parlamentar.

Segundo o gerente de Infraestrutura de Tecnologia da Informação, Francisco Henrique Ferreira, a tecnologia usada pela UFJF data de 2009, por isso, não comporta mais a capacidade de transmissão de dados dos novos aparelhos celulares e de outros dispositivos dos usuários. Desde a pandemia, houve ainda um incremento de ferramentas disponíveis aos professores para ensino em sala de aula, o que também exige um melhor desempenho da conexão de internet.

O Wi-Fi 6 é um padrão de rede sem fio mais recente, surgiu há cerca de quatro anos, e traz benefícios como maior velocidade, eficiência energética, mecanismos aprimorados de segurança e preparação para novas tecnologias como a internet das coisas, realidade aumentada e realidade virtual. 

Evolução do Wi-Fi

Redes Wi-Fi precisaram acompanhar a quantidade de dispositivos e as tecnologias hoje já acessíveis a grande parte da população

O pró-reitor de Sistemas de Dados e Avaliação, Marcel Vieira, exemplifica os ganhos para a comunidade acadêmica: “O Wi-fi 6 permite downloads mais rápidos, streaming de alta qualidade e maior eficiência no uso de plataformas digitais. É ideal para ambientes com muitos dispositivos conectados simultaneamente, como salas de aula, bibliotecas e laboratórios.” Segundo ele, a tecnologia também gerencia melhor o tráfego, reduzindo congestionamentos e garantindo estabilidade. E, como o tempo de resposta entre o dispositivo e a rede é reduzido, a experiência em atividades síncronas como videoconferências, defesas e atividades on-line melhora muito. 

Outra vantagem é que os dispositivos conectados ao Wi-Fi 6 consomem menos bateria, pois é a rede que envia o sinal dizendo estar disponível, evitando que os aparelhos fiquem o tempo todo buscando por redes. O equipamento também posiciona automaticamente suas antenas internas de modo a melhorar o alcance do sinal utilizado pelo usuário. Com os recursos, foram comprados 458 pontos de acesso e cem switches, que distribuirão o sinal recebido pelo cabo.

Projeto piloto

Centro de Ciências já está recebendo os novos equipamentos e funcionará como piloto do projeto (Foto: Alexandre Dornelas)

O Centro de Ciências, que já iniciou a instalação, e a Faculdade de Economia funcionarão como pilotos do projeto e foram escolhidos por serem unidades pequenas, já com cabeamento estruturado. Também foram levados em conta a infraestrutura arquitetônica dos prédios e o perfil de uso nos ambientes. Em seguida, o projeto seguirá para a Reitoria. O login na nova rede continuará sendo feito com a senha individual do Siga como já funciona atualmente.

“O piloto é importante porque estamos mudando de tecnologia, que possui requisitos de segurança e de desempenho diferentes, por isso, precisamos avaliar onde acertamos e onde é preciso melhorar para depois o restante da instalação não gerar problemas”, explicou Francisco Ferreira sobre o processo, que também depende das equipes da Pró-reitoria de Infraestrutura para execução.

A aquisição permitiu não só atualizar a tecnologia mas oferecer a quantidade de equipamentos condizente com o uso e o tamanho da infraestrutura local. Para se ter uma ideia, hoje o prédio da Economia conta com apenas quatro pontos de wi-fi e, agora, passará a ter 26, oferecendo acesso em áreas de sombra como o anfiteatro. 

Segundo o pró-reitor Marcel Vieira, a expectativa é de que as instalações sejam concluídas nos próximos meses. Existe a perspectiva de ampliação da nova rede para todo o campus e para GV, mas ainda não há previsão de disponibilidade orçamentária. Estima-se que apenas para cobrir todo o campus-sede seriam necessários cerca de R$6 milhões adicionais.

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