A emoção toma conta do penúltimo dia da 35ª edição do Festival Internacional de Música Antiga e Colonial Brasileira, com a Orquestra Acadêmica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) dando o tom do final de tarde, às 16h30, no teatro da Praça CEU, em Benfica, e com os corais Pró-Música, Benedictus, Cesama e São Mateus marcando a noite do calçadão da Rua São João, às 18h30. O repertório de ambos os concertos é variado, com uma seleção de composições que tocam a alma.
A Orquestra Acadêmica da UFJF se apresenta sob a regência de Anna Lamha, com direção geral dos professores Raquel Rohr e Eliezer Isidoro. São 16 integrantes que executam um repertório especial, com ênfase a uma mescla de eruditos e populares, ao gosto de diferentes públicos. Os instrumentistas interpretam Eine Kleine Natchmusik, de Wolfgang Amadeus Mozart; Suite st. Paul 1º e 4º movimento, de Gustav Holst; Bachianas nº 5, de Heitor Villa- Lobos; e Corta Jaca, de Chiquinha Gonzaga.
Para Raquel, a participação nos eventos do Festival é muito importante para o grupo. “A orquestra é formada por discentes, docentes, técnicos administrativos em educação e membros da comunidade, sendo uma disciplina/laboratório que atende aos cursos de Bacharelado e Licenciatura em Música. A performance é o ponto de culminância do trabalho da orquestra. Montamos e estudamos detalhadamente o repertório e chegamos ao momento de estar no palco, o que é fundamental no processo de formação dos alunos dos cursos de música da UFJF”.
Ainda de acordo com Raquel, por meio dos concertos, a Orquestra Acadêmica também leva à comunidade parte do conhecimento que é trabalhado dentro dos cursos. “No caso específico dos concertos do Festival, esse alcance do trabalho é ampliado, uma vez que o evento é referência no país há anos. Os alunos têm oportunidade de vivenciar na prática a montagem de um espetáculo musical participando de todas as etapas”, analisa.
Criada em 2015, a Orquestra Acadêmica da UFJF está vinculada ao Departamento de Música do Instituto de Artes e Design (IAD). O grupo também é vinculado ao Laboratório de Grupos Musicais do instituto, para execução de programas sinfônicos e operísticos. Seus concertos englobam diferentes espaços de Juiz de Fora e região, como o próprio IAD, o Cine- Theatro Central, o Museu de Arte Murilo Mendes (Mamm), a Sociedade Filarmônica de Juiz de Fora, o Conservatório Estadual de Música Haidée França Americano e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais (IF Sudeste MG) – Campus Rio Pomba.
O maestro Victor Cassemiro, que rege os corais Pró-Música, Benedictus, Cesama e São Mateus nas apresentações programadas para o dia 12, ressalta a importância de aproximar diferentes gêneros musicais do público em espaços capazes de integrar a população a um Festival que, neste ano, dá especial destaque também às questões da decolonialidade, o que leva à abertura de novos caminhos pela cidade. Cada grupo interpreta um repertório próprio e variado, que vai do sacro ao profano, revisitando algumas de suas apresentações mais aclamadas, resultantes da união de vozes e talentos locais lapidados ao longo das últimas décadas.
Serviço
Dia 12 de novembro
- 16h30: Orquestra Acadêmica da UFJF, na Praça CEU (Avenida Juscelino Kubitschek,
5899) - 18h30: Corais Pró-Música, Benedictus, Cesama e São Mateus, no calçadão da Rua São João – Centro.
Entrada gratuita.
Outras informações:
(32) 2102-3964 – Pró-reitoria de Cultura (Procult).
Página @festivaldemusicajf no Instagram.