Professora Waneska durante workshop em Cabo Verde (Foto: arquivo pessoal)

Convidada pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEPI), a professora Waneska Alexandra Alves, do Departamento de Ciências Básicas da Vida do campus Governador Valadares da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV), integrou a equipe que viajou ao continente africano para atuar na Comunidade de Práticas (CoP) e auxiliar na elaboração de boletins nacionais de saúde pública para Cabo Verde e Guiné-Bissau.

O Projeto da CoP teve início no mês de maio de 2024 com a produção de material técnico-pedagógico como apostilas, videoaulas e encontros síncronos semanais com os profissionais de saúde de ambos os países. “Foram aproximadamente 20 encontros síncronos sobre os temas da redação científica, estatística, software EpiInfo e geoprocessamento, todos destinados a elaboração qualificada de artigos técnico-científicos para boletins nacionais de saúde pública de Cabo Verde e Guiné-Bissau”, explicou Waneska.

Neste mês de outubro a professora fez uma viagem de 13 dias a Cabo Verde para organizar e executar o workshop da CoP. “Além da troca de saberes e das relações interculturais, profissionais e pessoais, o workshop permitiu espaço de aprendizado e finalização de pelo menos 11 artigos técnicos-científicos, sendo nove de Cabo Verde e três de Guiné-Bissau. Para Cabo Verde foi a oportunidade de lançar ainda em 2024 seu boletim nacional com pelo menos cinco artigos e para a Guiné-Bissau foi possível ainda finalizar a elaboração de um relatório nacional com mais de 20 indicadores de saúde. Certamente, o projeto CoP promoverá o fortalecimento das ações de vigilância em saúde dos dois países africanos”.

Waneska complementa ainda que “para a UFJF-GV, o networking, os aprendizados e trocas intercontinentais e interculturais, trarão uma atuação mais qualificada e ampliada em sala de aula e fora dela, junto a comunidade acadêmica”.

A operacionalização do projeto foi possível graças a atuação da Proepi, insituição sem fins lucrativos. De acordo com a professora, o êxito do projeto possibilitará iniciar junto às instituições financiadoras e executoras a ampliação do projeto CoP para outros países lusófonos ainda em 2025.