O professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Fernando Fiorese, publica sua mais recente obra, intitulada “Romance dos Desenganados do Ouro & Outras Prosas”, neste sábado, 14. Em seu oitavo livro, o escritor já publicou diversos trabalhos em jornais, revistas e coletâneas nacionais e internacionais.
Composta por 160 páginas de poemas inéditos, a obra se junta a outras que “buscam desvelar e preservar as memórias dos que foram silenciados e excluídos dos registros históricos oficiais”, conforme explica Fiorese. O livro explora a Zona da Mata mineira durante a segunda metade do século XIX e início do século XX, preservando e exaltando a memória coletiva e a tradição oral dos habitantes da região – nesse caminho, abrange de cronistas provincianos a mulheres negras escravizadas.
Como os enredos dos poemas se passam em um período anterior à sua própria vida, Fiorese explica que precisou “renunciar à própria voz” para dar espaço às vozes poéticas dos personagens, permitindo que eles narrassem suas histórias com a linguagem, a bagagem cultural e o sentido do período retratado. Esse afastamento é uma técnica que o professor da Faculdade de Letras da UFJF já aplicou em obras passadas.
A arte da capa é assinada pelo escritor e ensaísta Luiz Ruffato. O lançamento acontecerá às 10h na Atena Bookstore, localizada na Rua Santo Antônio, 583, loja 52, no Shopping Rio Branco. A obra é publicada pela Editora Faria e Silva.
Professora convidada da UFF lança livro na UFJF
Nesta quarta-feira, 11, a professora Eurídice Figueiredo, da Universidade Federal Fluminense (UFF), lança o livro “Mulheres Contra a Ditadura: Escrever é Também uma Forma de Resistência”. O evento faz parte da programação do II Encontro de Literatura de Autoria Feminina da UFJF, que acontece às 20h no Auditório da Faculdade de Letras.
O livro, publicado pela editora Zouk, resulta de uma pesquisa sobre 95 obras escritas por mulheres durante a ditadura militar brasileira, divididas em duas partes: “Memória e História” e “A Ditadura pelo Viés da Ficção”. Enquanto a primeira enfoca a importância da memória na pesquisa histórica, a segunda examina a militância feminina e a repressão, incluindo relatos de tortura e resistência. Euridice, autora de outros seis livros, destaca que sua obra busca provocar empatia e compreensão dos impactos do autoritarismo por meio da literatura.
O evento é organizado pelo grupo de pesquisa “Travessias e Feminismo(s): Estudos Identitários na Autoria Feminina”, liderado pela professora Nícea Helena de Almeida Nogueira, do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (PPG-Letras) da UFJF. O encontro, que começou na terça-feira, 10 de setembro, se encerrará nesta quinta-feira, 12 de setembro, promovendo reflexões sobre a crítica literária feminista desde a segunda metade do século XX.