Aberta ao público até 28 de março, com visitação de segunda a sexta, das 10h às 19h, e entrada gratuita, a mostra reúne mais de dez obras representando as cenas que ocorreram, antes, durante e após a crucificação de Jesus Cristo, entre elas: Horto, Prisão, Flagelação/Coroação de Espinhos, Calvário, Crucificação e Maria com o Filho nos braços. As peças em exibição foram criadas por artesãos de diferentes regiões do Brasil, como Tefé (AM), Caruaru (PE) e Juiz de Fora (MG), e de outros países, como Itália e Portugal. 

Com seus ritos e simbolismos, as celebrações religiosas carregam elementos que funcionam como verdadeiras matérias-primas, através das quais os artistas se inspiram para expressar suas conexões com o divino e criar obras de arte. Ao perpassar pela exposição, os visitantes têm a possibilidade de conferir verdadeiras preciosidades, como, por exemplo, a peça “Cruzeiro na garrafa”. Feita de madeira e vidro transparente, originária de Caruaru (PE), ela traz em seu interior a cruz, a escada para a descida de Cristo, a lança da paixão com a qual Ele foi perfurado, o martelo utilizado para colocação dos cravos, e a torquês, usada para retirar os cravos de Jesus. Há ainda, um quinto item preso à cruz, que sugere a representação do manto da flagelação.

Também merece destaque a estatuária “Jesus nas Oliveiras”, símbolo do Passo do Horto, momento em que Cristo teme a morte e pede ao Pai que o afaste do cálice de fel a ser bebido; e a obra “Jesus a caminho do calvário”, que representa a Via-Sacra feita por Cristo até o ato da crucificação. A mostra conta ainda com duas reproduções da Pietà de Michelangelo, criadas em marfim; além de um oratório – forte símbolo da Igreja Católica – representando o calvário, criado pela ceramista portuguesa Rosa Ramalho.

As peças foram criadas, em sua maioria, utilizando materiais como madeira, gesso, cerâmica e vidro. Todas elas integram o acervo do Museu de Cultura Popular da UFJF. Mais do que relembrar a Quaresma, momento de penitência, composto por 40 dias que se inicia na quarta-feira de Cinzas e encerrando com a celebração da Páscoa, a mostra propõe reflexões em torno dos sofrimentos infligidos a um ser que se propunha simplesmente a pregar o amor e a igualdade entre as pessoas. Um espaço para pensarmos os rumos a que queremos nos direcionar enquanto humanidade.

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