Como traçar um caminho até a universidade? Qual a importância de continuar estudando, mesmo depois da graduação? Essas foram perguntas que conduziram o encontro do pesquisador Marco Aurélio Kistemann Junior, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), com alunos do 9º ano da Escola Estadual Delfim Moreira. A presença do professor do Departamento de Matemática na ocasião concretizou mais uma visita do projeto de extensão “A Ciência que Fazemos”, que tem o intuito de aproximar a pesquisa dos estudantes da rede básica de ensino.
Saber que ingressar em uma graduação é possível é foi o ponto central da conversa entre Kistemann e os estudantes do ensino fundamental. O pesquisador mostrou, a partir da sua história como estudante, que os estudos sempre fizeram parte da sua rotina e, dessa forma, busca ser o melhor em tudo que se propõe a fazer. “Quando fui fazer o vestibular, perguntei para o meu colega quantas vagas tinham, e ele disse que eram sete. Eu respondi falando: sete não, agora são seis, porque uma já é minha”, relembra.
Em um diálogo nostálgico, foram abordados os caminhos desde o ensino fundamental, onde os alunos se encontram, até a pós-graduação e a introdução à docência. O professor, que hoje está à frente do Grupo de Pesquisa de Ponta em Educação Financeira e Justiça Social, compartilhou a rotina com os bolsistas que orienta.
A aluna Lara, de 14 anos, viu na ocasião uma oportunidade para se familiarizar a respeito de assuntos relacionados à Universidade e que, até então, eram desconhecidos para ela. que não conhecia dentro da universidade. “Gostei de saber muito sobre as bolsas, porque tem muita gente que não tem condição financeira de chegar a uma faculdade, por mais que tenha poder potencial de entrar, não tem como chegar, não tem tempo.”
Além disso, mostrar a matemática com os olhos de quem a constrói abriu os horizonte dos alunos, como destaca Camila Freitas, de 14 anos: “achei incrível a forma que ele retratou sobre as ciências, e que as ciências têm matemática, porque eu não sabia disso dessa forma que ele interpretou. Acho muito importante explicar como funciona, nos dando mais conteúdo sobre a faculdade, o que deixa as pessoas mais interessadas.” Camila, que se mostrou atraída pela oportunidade de carreira acadêmica, gostou da possibilidade de adquirir novos conhecimentos com a presença de um especialista em sua escola.
A interação não ficou apenas na conversa. Demonstrar os métodos adotados para o ensino de ciência utilizados pelo pesquisador dentro da sala de aula despertou muito a curiosidade de todos que estavam por lá. Você conseguiria adivinhar quantas tampinhas de garrafa tem em um frasco fechado, só observando por alguns segundos? Há uma probabilidade de se acertar o resultado e, aqueles que usaram a matemática a seu favor e chegaram próximos ao resultado, ganharam livros de presente para estimular ainda mais o aprendizado no ambiente escolar.
Adquirir conhecimento nunca é demais, principalmente para aqueles que estão imersos em ciência e, pensando nisso, o pesquisador compartilhou com os estudantes que também cursa o Bacharelado Interdisciplinar em Ciências Humanas na UFJF, deixando dicas para aqueles que estão iniciando a trajetória e ainda sonham com a graduação: fazer mapas mentais, estipular datas para alcançar os objetivos almejados e aproveitar os recursos disponíveis.
A Ciência que Fazemos
O projeto “A Ciência que Fazemos” atua em escolas de toda Juiz de Fora e região, levando sempre cientistas convidados da UFJF para dialogar com estudantes dos ensinos fundamental e médio, para mostrar que o mundo da pesquisa também é acessível, e que todo mundo pode ser cientista. Os encontros acontecem no formato de diálogo, onde os alunos tem a oportunidade de aprender e tirar dúvidas com o pesquisador convidado.
Para solicitar uma visita em uma escola, é necessário que um responsável da instituição entre em contato pelo e-mail: ciencia.comunicacao@ufjf.br. As visitas podem sempre ser acompanhadas através do Instagram @cienciaufjf ou pelo site acienciaquefazemos.carrd.co.