Nesta quinta-feira, 22 de junho, às 20h, o Instituto de Ciências Humanas (ICH) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e o espaço cultural Beco se unem para realizar o “Beco de debates”. O encontro trará à tona os impactos e consequências das históricas manifestações de junho de 2013, iniciadas por jovens descontentes com o aumento das tarifas de ônibus, que ressoaram por todo o Brasil. Agora, uma década depois, pesquisadores se reúnem para debater os efeitos e consequências dessas mobilizações em nosso cenário político atual.

Em sua terceira edição, o evento coloca em pauta debates acadêmicos para além dos muros universitários, em um ambiente descontraído e aberto a todos os interessados. Os palestrantes convidados para discutir a temática das manifestações de junho de 2013 são a professora Christiane Jalles, do Departamento de Ciências Sociais da UFJF, e o professor Waldyr Imbroisi, mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFJF.

A entrada é gratuita. O espaço cultural Beco encontra-se na avenida Garibaldi Campinhos, 38, bairro Vitorino Braga.

Qual é o marco de junho de 2013?

Em junho de 2013, uma onda de protestos varreu diversas cidades do Brasil. Estas manifestações tiveram suas raízes no aumento das tarifas de transporte público, incluindo ônibus, metrô e trem em determinadas capitais. Contudo, com a expansão das mobilizações pelo país, uma gama variada de grupos e pautas se somou ao movimento. No dia 20 de junho de 2013, ocorreram as maiores manifestações, com mais de um milhão de pessoas nas ruas de mais de cem cidades brasileiras.

Na visão da professora Christiane Jalles, apesar das divergências sobre as interpretações desses movimentos, sejam progressistas ou conservadoras, há uma convergência na percepção de que eles causaram uma mudança significativa na visão política do Brasil. Segundo ela, esse evento deve ser lembrado como um momento de virada, com diversos pontos relevantes e marcantes, como o protagonismo das mídias digitais, o debate sobre questões sociais e governamentais e o fortalecimento da extrema-direita.

“Foi um acontecimento que gerou questões antagônicas. Apesar de terem se passado dez anos, ainda debatemos sobre o assunto e tentamos entender suas consequências para a nossa atualidade, diferenciando até mesmo a forma de conduzir uma pesquisa e quais dados devem ser levantados. Também há a questão da memória de quem viveu na época”, pontua a docente.

Outras informações:

comunicacao@ich.ufjf.br

(32) 2102-3102