Marcone de costas para a foto, de frente para os alunos (Foto: Valéria Fabri/UFJF)

Aproximar a química das situações mais simples do nosso dia a dia foi a forma como o pesquisador Marcone de Oliveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), abordou o tema em sua conversa com os alunos da Escola Estadual Duarte de Abreu. A visita foi promovida pelo projeto de extensão da UFJF “A ciência que fazemos”, que tem como objetivo principal divulgar a ciência para o público de crianças e adolescentes, desde o 6º ano do ensino fundamental até o ensino médio.

O projeto rompe as barreiras entre a produção científica da Universidade e o público em geral – e, para isso, promove visitas de pesquisadores da UFJF para conversar com os alunos sobre a vida de cientista e as pesquisas desenvolvidas. A conversa é interativa, com a intenção de humanizar a figura dos pesquisadores e apresentar para os alunos a universidade como um caminho possível.

Durante a última visita, que aconteceu na última terça-feira, 25, os alunos do primeiro, segundo e terceiro ano da Escola Estadual Duarte de Abreu se reuniram para conversar com o professor Marcone sobre como, mesmo sem perceber, a química está muito presente na realidade deles, muito além das fórmulas que precisam decorar para as aulas.

“Sabe aquela sensação, o frio na barriga, quando você encontra alguém interessante no baile? Isso é uma reação química acontecendo no seu corpo”, provocou o professor, tirando sorrisos da plateia de estudantes, que participou e tirou diversas dúvidas.

Além dos efeitos químicos desencadeados por determinados sentimentos no nosso organismo, o professor também tirou dúvidas sobre misturas entre diferentes componentes químicos para limpeza, sobre a importância e efeitos do protetor solar, como são os processos químicos presentes em um celular e em produtos para procedimentos estéticos no cabelo, por exemplo.

“Eu achei que ele mostrou a química de um modo diferente do que a gente estuda, porque a gente estuda muita fórmula, e ele mostrou um outro lado muito mais interessante”, foi a impressão da estudante Maria Eduarda Crolman, do primeiro ano do ensino médio.

Para o professor Marcone, as visitas promovidas pelo projeto “A ciência que fazemos” são de grande importância porque “esse é o papel da universidade e do docente, fazer a inserção no sentido de promover as oportunidades que a universidade oferece a todos, de maneira inclusiva”.
Além disso, o professor destacou que, muitas vezes, estudantes que vêm de uma situação de vulnerabilidade ainda não tem a consciência formada de que a ciência e vida universitária são, sim, um caminho possível para eles, “que eventualmente podem protagonizar melhores possibilidades no mercado de trabalho”.

Leve pesquisadores para a sua escola: participe do projeto “A ciência que fazemos”

As atividades do projeto “A ciência que fazemos” são desenvolvidas durante todo o ano nas escolas cadastradas. Para saber como fazer parte, basta entrar em contato pelo e-mail: ciencia.comunicacao@ufjf.br. Acompanhe todos as visitas pelo Instagram @cienciaufjf ou pelo site oficial do projeto.