Família Espíndola, Marcelo, Enzo e Josiane, contam com o apoio do atendimento especializado há três anos (Foto: Carolina de Paula)


Cerca de 300 inscritos foram recepcionados pela equipe de atendimento especial do Programa de Ingresso Seletivo Misto (Pism). Por condições físicas, clínicas ou psicológicas, eles solicitaram os recursos, em Juiz de Fora e Governador Valadares. No campus sede, esses participantes foram alocados nas faculdades de Enfermagem (módulo I); Odontologia (módulo II) e Farmácia (módulo III) e, além disso, contaram com uma equipe de apoio de médicos e psicólogos para qualquer possível intercorrência.

“A maior parte das solicitações foram feitas por pessoas com deficiências físicas, auditivas e intelectuais, Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), surdez e pessoas com diabete, em decorrência do uso de insulina”, aponta a coordenadora do Núcleo de Apoia a Inclusão (NAI), Nadia Faria.

Para a coordenadora do Núcleo de Apoio à Inclusão, Nadia Faria, o atendimento especial é um ganho para a Universidade e para os candidatos (Foto: Carolina de Paula)

Segundo a coordenadora, o atendimento especial é um ganho para todos, sendo primordial para esses estudantes e para as famílias, pois traz a tranquilidade de fazer as provas em espaços específicos com recursos e equipamentos necessários, como tempo adicional e a oportunidade de poder interromper a prova para o uso de medicação. “A UFJF, ao derrubar tais barreiras, evita angústia desse público, que já se encontra estressado em decorrência das provas”, salienta.

Em família

Inscrito no Pism III, o estudante Enzo Gomes Espíndola estava acompanhado dos pais Joseane Souza Gomes Espíndola e Marcelo Espíndola. Tentando uma vaga no curso de Design, Enzo possui transtorno do espectro autista (TEA) e teve a oportunidade de solicitar tempo adicional, ledor e escrevedor. Quando perguntado sobre a possibilidade de entrada ao curso superior, o aluno estava convicto: “Espero que seja bom!”.

Segundo a mãe, Joseane, o filho tem tido acompanhamento nas provas desde o primeiro módulo. “É uma ação necessária para melhorar as condições dos estudantes que precisam desse atendimento diferente. Eles precisam desse apoio. Para o Enzo é muito difícil fazer uma prova sozinho, este suporte faz o resultado dele melhorar em, pelo menos, 80%.”

Acolhimento

Joseane e Marcelo também trouxeram dúvidas de como será a realidade do filho, caso seja aprovado no processo seletivo. Com o acolhimento aos familiares e acompanhantes de candidatos que solicitaram atendimento especializado, o NAI permite uma troca de informações sobre o processo seletivo e as vivências acadêmicas. O núcleo é responsável por garantir acessibilidade e inclusão por meio de acompanhamento também durante o curso. “É um momento em que damos uma atenção a esses acompanhantes, de formar, informar e de conhecermos essas famílias”, destaca Nádia.

Para os pais de Enzo, foi um conforto ouvir outras experiências. “Essa troca é tudo de bom e é importante conhecer como tem sido o processo dos filhos de outras pessoas. Ainda é bom saber como será esse acompanhamento, pois o ambiente da UFJF é complexo até para alunos que possuem todas as condições, imagina para um aluno que tem a visão de mundo diferente?”, finaliza, Joseane.

Outras informações: copese@ufjf.br   

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