No próximo sábado, 26, tem início a 34ª edição do Ship for World Youth (SWY), evento para o qual o Brasil é convidado pela 12ª vez. Com a participação de mais de 130 jovens de países como Austrália, Bahrein, Canadá, Japão, México, Omã, Peru, Polônia, África do Sul e Suécia, o Brasil também será representado por nove estudantes. Entre eles, está Bernardo Barcellos, aluno da Faculdade Arquitetura e Urbanismo (FAU), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Durante o SWY, Barcellos irá fazer parte do comitê do evento e de discussões voltadas para Cidades Sustentáveis, Água limpa e Saneamento para todos, ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).
O estudante da UFJF ainda faz parte da coordenação de imagem institucional e mídias sociais da delegação brasileira. Ele conta que a primeira parte do evento será realizada em formato on-line entre 26 de novembro e 11 de dezembro, já a segunda etapa contará com atividades presenciais em Tóquio, no Japão, entre os dias 5 e 18 de fevereiro. O programa SWY é promovido e financiado anualmente pelo gabinete oficial do Primeiro Ministro do Japão.
Todos os delegados foram selecionados conjuntamente pela Embaixada do Japão no Brasil e pela Ship for World Youth Alumni Association Brasil (SWYAA Brasil) por um processo seletivo de âmbito nacional, aberto a jovens de 18 a 32 anos. O processo incluía formulário de apresentação, currículo, assessments on-line, dinâmicas de grupo e entrevista. “Critérios como paridade, diferentes backgrounds e representatividade de todas as regiões do Brasil também foram importantes para a definição da delegação que irá representar o país”, explica Barcellos.
Visita ao embaixador do Japão
Em janeiro, antes das atividades presenciais do evento, todas as delegações irão até Brasília para conhecer o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji. “Além de representar nosso país, os participantes brasileiros selecionados terão a oportunidade de aprofundar o desenvolvimento intercultural, as capacidades de comunicação e de liderança, além das aptidões gerenciais por meio de grupos de discussão temáticos relacionados à Agenda 2030 da ONU, seminários liderados pelos participantes, atividades culturais e educativas, apresentações nacionais, workshops, visitas técnicas em prefeituras japonesas, entre outras atividades.”
Sobre o SWY e a SWYAA Brasil
Tradicionalmente sediado a bordo de um navio (“ship”), o SWY circulava pela costa japonesa por cerca de um mês, visitando nações vizinhas e promovendo atividades culturais, acadêmicas, entre outras. O navio, portanto, tornava-se um ambiente de aprendizagem mútua e de compreensão multicultural. Por conta da Covid-19, as atividades acontecem atualmente em terra firme.
O SWY foi criado em 1967, passou por reformulações e, em 1988, ganhou o formato atual. Barcellos conta que os ex-bolsistas brasileiros do programa se tornam membros da SWYAA Brasil, associação que busca impulsionar o engajamento e o desenvolvimento de atividades e projetos que visam contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Além disso, dá suporte aos ex-bolsistas para o desenvolvimento de suas atividades profissionais e acadêmicas pós-programa, bem como realiza eventos internos e externos para preparar futuros participantes.
“As histórias que a gente ouve dos ex-participantes vão desde amizades para a vida toda, até a mudança completa na carreira e em questões pessoais. Estou muito ansioso e feliz por poder representar o meu país. Essa talvez seja a missão mais difícil: conhecer outras partes do mundo, outras pessoas, e da mesma forma, ser veículo de nossa cultura. Espero poder vir com novas expectativas e perspectivas sobre como posso construir um Brasil melhor”, finaliza Barcellos.
Conheça mais sobre o programa: @swyaabra