Em meio à correria e aos problemas e tensões do cotidiano, geralmente postergamos coisas que valorizamos, que nos fazem bem e dão sentido à vida. Para chamar a atenção para estes questionamentos, promovendo acolhimento e autocuidado, o projeto “Ação de Atenção à Vida” realiza atividades nesta terça e quarta-feira, 27 e 28, no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
A ação, mais uma realizada pela UFJF durante o mês do Setembro Amarelo, chega à sua quarta edição visando atender a comunidade – estudantes, professores, trabalhadores ou visitantes da instituição. Criada entre 2018 e 2019 no grupo Acolhe, da Faculdade de Educação (Faced), a iniciativa foi pensada a partir de uma preocupação com o adoecimento cada vez mais frequente de alunos e alunas.
A coordenadora do projeto, Sandrelena Monteiro, explica que a ideia é falar sobre a valorização da vida, além de ensinar técnicas de autocuidado como massagens. “Em geral, esquecemos que somos os principais responsáveis pelo cuidado conosco”, acredita. A equipe estará no dia 27, às 12h30, perto do Restaurante Universitário (RU). E, no dia 28, às 7h30, na pista de caminhada, próximo à entrada do prédio da Reitoria; e, às 18h30, no Instituto de Ciências Exatas (ICE). Também haverá distribuição de suculentas, acompanhadas de mensagens de bom ânimo, retiradas de textos acadêmicos, poesias ou letras de músicas. Tudo para alcançar o maior número possível de pessoas.
É preciso dar atenção à saúde mental
O projeto conta com a vice-coordenação da professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Juliane Fonseca, com bolsistas do Instituto de Artes e Design (IAD), da Faculdade de Letras (Fale), do curso de Filosofia e com a participação de professoras da educação básica, que conheceram a iniciativa por meio do perfil do grupo Acolhe no Instagram e do canal no YouTube.
Em 2020 e 2021, o “Ação de atenção à vida” ocorreu nas plataformas digitais, por conta da pandemia da Covid-19, e agora retorna em caráter presencial. “O distanciamento social e a tensão diante da finitude da vida deram visibilidade a processos de adoecimento que não dávamos a devida atenção. O nosso trabalho, então, aponta que a pandemia foi responsável por intensificar uma série de situações, como crises de ansiedade, que eram confundidas com tensões cotidianas”, comenta Sandrelena.
Tais observações fizeram com que o Acolhe desenvolvesse outras ações de educação e saúde, além de pesquisas focadas nestas temáticas. Neste mês de setembro, o grupo realizou a oficina “Autocuidado, yoga e meditação”, durante a Semana de Acolhimento e Integração para discentes da Faced.
Rodas de conversa para alunos da graduação
Outra ação do grupo Acolhe são rodas de conversa permanentes, voltadas para estudantes de graduação. Os encontros acontecem até o fim deste semestre próximo ao RU, entre as Faculdades de Engenharia e de Arquitetura e Urbanismo. A atividade terá início na próxima quinta, dia 5 de outubro, e tem como foco discussões acerca dos desafios da vida universitária. “A Universidade precisa investir nessas ações de educação e saúde, potencializando as políticas institucionais de atenção aos estudantes e profissionais que aqui trabalham”, finaliza. Quem se interessar, basta comparecer ao local, não sendo necessária inscrição prévia.
Outras informações: @acolhefacedufjf (Instagram).