Estar presente na Antártica, o mais inóspito dos continentes , foi um dos desafios do doutorando da Fundação Oswaldo Cruz e pesquisador da Fioantar, Lucas Machado Moreira. Nesta terça-feira, dia 21, às 17h, o pesquisador participa da aula inaugural da Faculdade de Farmácia, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no anfiteatro da unidade acadêmica, para dialogar sobre essas experiências e explicar como o tema se enlaça com a profissão farmacêutica.
De acordo com Moreira, os participantes devem aguardar uma apresentação em formato de bate-papo, em que serão narradas as experiências vividas no continente antártico, o projeto desenvolvido e os resultados das pesquisas desenvolvidas na região. “Estar na Antártica é muito significativo, pois se trata de um recanto destinado à paz e à pesquisa científica, além de ser a maior reserva de água doce do planeta e de outros inúmeros recursos naturais. Fatos que somados ao grande potencial biotecnológico do continente tornam a Antártica um excelente local para pesquisar possíveis soluções para a saúde da população brasileira e disponibilizá-las no Sistema Único de Saúde (SUS)”, conta o ex-aluno da Faculdade de Farmácia da UFJF.
Segundo o diretor da faculdade, Marcelo Silvério, o evento é aberto para toda a comunidade da unidade acadêmica e para os demais interessados. Além disso, explica que as aulas inaugurais têm sido realizadas anualmente e abordam as experiências de iniciativas de ensino, pesquisa e extensão. “Nós esperamos que esse evento seja uma troca de diálogos em que o nosso ex-aluno vai compartilhar com a comunidade acadêmica uma vivência fantástica na Antártica. O Lucas vai abordar as dificuldades e a trajetória dele em relação ao trabalho realizado e quais são os desafios e experiências da pesquisa em um ambiente tão peculiar.”
Fioantar
O Fioantar busca investigar ameaças que o ambiente antártico pode oferecer à saúde humana, assim como identificar possíveis oportunidades para o desenvolvimento da biotecnologia. Diversos laboratórios estão trabalhando em conjunto para mapear micro-organismos do continente gelado, através da coleta de amostras do solo, gelo, água do mar e de lagos, de líquens, além de fezes de animais e carcaças. O objetivo é gerar conhecimento de vigilância e prevenção epidemiológica que se traduza em benefícios para a população brasileira e o SUS.
Atualmente, Moreira trabalha no Laboratório de Micologia (INI/Fiocruz) com fungos e bioprospecção para aplicações terapêuticas e industriais e, como pesquisador da Fioantar, aponta a necessidade de se conhecer o que está presente no ambiente Antártico. Além disso, destaca que a presença na Antártica permitirá o desenvolvimento de estudos integrativos em saúde. “É um dos nossos grandes objetivos interligar a saúde do homem, à saúde animal e ao ambiente, em um conceito único de saúde”.
Outras informações: Faculdade de Farmácia
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