Nesta quarta-feira, 29, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) assinou contrato para a transferência de tecnologia de “Reagente para extração e preservação de ácidos nucléicos” com a empresa PI-Biotech Genética Avançada Ltda. A tecnologia será produzida e comercializada pela empresa para a utilização em teste PCR, visando a detecção do novo coronavírus.
Para o professor Frederico Pittella, um dos inventores da tecnologia, a técnica ajudará a expandir departamentos locais ligados à produção. “O setor produtivo de reagentes ligados à biologia molecular de nossa região ainda é muito carente, embora tenhamos instituições que realizam pesquisa de ponta e consequentemente alta demanda de reagentes. Desta forma, demoramos mais tempo para receber insumos de outras regiões, processar as análises e publicar os resultados”, explica. “Acreditamos que a tecnologia transferida vai ampliar o setor produtivo de reagentes e ativos de nossa região, reduzir as diferenças com outros locais, promover um ambiente de inovação e incentivar novas transferências.”
Pitella ainda destaca alguns pontos da tecnologia, já que permitirá o processamento de amostras biológicas onde é necessária a extração de ácidos nucleicos. “Ela é aplicada principalmente a ensaios de biologia molecular. Estes ensaios ficaram em evidência na pandemia, período em que análises utilizando PCR em tempo real foram o padrão ouro para o diagnóstico de Covid-19”, diz. Segundo o pesquisador, o passo de extração de ácidos nucléicos está presente em várias outras análises genéticas, como por exemplo pesquisas com CRISPR e edição de genes. “Assim, é um reagente que pode acelerar processos de pesquisa, especialmente aqueles voltados à biologia molecular.”
A tecnologia, desenvolvida no Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Farmácia da UFJF, tem ainda como inventores Marcelo Silva Silvério; Livia Mara Silva; Lorena Rodrigues Riani; e Olavo dos Santos Pereira Junior.
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