A professora Danielle Teles da Cruz, do Departamento de Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina, foi nomeada ouvidora especializada em ações afirmativas da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). O setor, criado em junho de 2016 por meio da Resolução nº 32 do Conselho Superior, integra a Diretoria de Ações Afirmativas da UFJF e tem como atribuição principal combater quaisquer tipos de discriminação e violência no âmbito da Universidade.
“Precisamos avançar para a radicalidade da democracia e construir novas formas de relação entre os sujeitos que permitam a reparação das iniquidades sociais”
“Estar ouvidora especializada representa parte do que sou no campo profissional, pessoal e da militância. Assumir esse cargo implica em uma série de desafios que me movem na direção de um projeto societário que acredito. Prezo por valores de uma sociedade e também de uma academia que seja mais democrática, inclusiva, igualitária e que respeite os indivíduos em todas suas singularidades. Precisamos avançar para a radicalidade da democracia e construir novas formas de relação entre os sujeitos que permitam a reparação das iniquidades sociais e a retratação dos processos de exclusão socialmente forjados”, ressalta a ouvidora.
Trajetória e desafios
Danielle é doutora em Saúde e mestra em Saúde Coletiva pela UFJF. Graduada em Fisioterapia, é vice-coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional e da Área Profissional da Saúde do Hospital Universitário. É professora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (mestrado e doutorado) e do Mestrado Profissional em Saúde da Família da UFJF, e representante da Universidade no Conselho Municipal de Saúde de Juiz de Fora. As principais áreas de interesse da pesquisadora são: Saúde Coletiva, Saúde Pública, Políticas de Saúde e Saúde do Idoso.
“A proposta é construirmos coletivamente alternativas de resistência que apontem para um horizonte mais democrático”
Sobre os desafios à frente da Ouvidoria Especializada, Danielle Teles aponta a consolidação do trabalho que vinha sendo desenvolvido pela professora Cristina Simões Bezerra, atualmente pró-reitora de Assistência Estudantil. “Mas agora em um cenário de crise sanitária que aumenta os tensionamentos e a vulnerabilização de grupos historicamente fragilizados e oprimidos. Soma-se ainda as questões latentes ao momento que requerem novas formas de nos relacionarmos, como por exemplo o Ensino Remoto Emergencial e a utilização das tecnologias de informação e de comunicação. Diante do cenário repleto de desafios, não temos soluções herméticas. A proposta é construirmos coletivamente alternativas de resistência que apontem para um horizonte mais democrático. Sigamos juntes!.”
Outras informações: Ouvidoria Especializada em Ações Afirmativas e ouvidoriaespecializada.diaaf@ufjf.edu.br