Evento on-line é gratuito e conta com professores da UFJF, da UFF e da UFRGS (Foto: Pixabay)

O Laboratório de História Política e Social (LAHPS) da Universidade Federal de Juiz de Fora  (UFJF) promove, a partir desta terça-feira, 9, uma série de debates sobre História Pública. O evento é desenvolvido a partir da disciplina “História Pública: os espaços da história e dos historiadores”, ministrada pelos professores Fernando Perlatto e Odilon Caldeira Neto, e visa incorporar o processo de formação dos alunos e contribuir para a melhoria e o aprimoramento de práticas democráticas no tempo presente. Para participar os interessados devem se inscrever gratuitamente e selecionar as atividades de interesse.

As videoconferências ocorrem em 9 e 23 de fevereiro e no dia 2 de março, e buscam apresentar conceitos e metodologias pensadas a partir da prática da história pública. A programação tem como temática a questão da escravidão e história, apresentada pela professora do Departamento de História da UFJF, Hebe Mattos, além de abordar temas historiográficos sobre a ditadura e regimes autoritários, com o pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), Paulo César Gomes Bezerra, e as diferenças e experiências da história pública, com a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Caroline Silveira Bauer.

De acordo com Perlatto, a história pública contribui para que passados traumáticos possam ser debatidos não só dentro da Universidade, mas alcançar públicos e audiências mais amplas. “Vivemos em uma conjuntura política conturbada, onde a história pública nos provoca a pensar justamente em torno de determinadas continuidades do passado no tempo presente. Eu me refiro sobre dois temas, que teoricamente pertencem ao passado no Brasil, escravidão e ditadura, mas que, na verdade, têm continuidade ainda hoje, seja em praticas de racismo, no desrespeito aos direitos humanos ou no fortalecimento de  discuross que defendem a experiencia de 1964”, explica. 

Já Neto reforça que a ideia de história pública é considerar que o saber não está reduzido às esferas da universidade. “É necessário pensar numa pluralidade de sujeitos, atores e pessoas na história; afinal envolve os processos de intensificação e democratização desenvolvidos nas universidades brasileiras e, particularmente, em departamentos de história nas últimas décadas. Levar em consideração a interface pública é substancial, inclusive para fortalecer a interface da Universidade com a sociedade como um todo.”

O evento garante certificado de participação para quem frequentar no mínimo duas atividades.

Programação
9/2 – 19h – “Passados sensíveis: Qual história pública para a escravidão no Brasil?” – Hebe Mattos (UFJF).
23/2 – 19h – “Fazer História Pública sobre regimes autoritários.” -Paulo César Gomes (UFF)
2/3 – 19h – “Historiadoras e historiadores no espaço público: entre expectativas e frustrações” – Caroline Bauer (UFRGS)

Outras informações
História pública