Pensar, propor e contribuir com a elaboração das políticas públicas de economia solidária, geração de trabalho e renda e de garantia de direitos fundamentais da população. Estes são os objetivos do Fórum Municipal de Economia Popular Solidária de Juiz de Fora. A iniciativa, promovida gratuitamente pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Intecoop) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), acontece neste sábado, 5, às 16h, remotamente, por meio do Google Meet. O link para participação será disponibilizado meia hora antes do evento, através do Instagram da Intecoop.
Segundo o professor da Faculdade de Comunicação (Facom) da UFJF, Luiz Felipe Falcão, que é responsável pela Frente de Movimentos Sociais da Intecoop, a reunião será dedicada à análise e discussão da nova composição política de Juiz de Fora, construída a partir dos resultados das eleições deste ano, além da definição das estratégias de ação e articulações que serão adotadas em 2021. “É muito importante que o Fórum, enquanto lugar de encontro e representatividade, estabeleça seu protagonismo nas contribuições no âmbito da política pública de economia popular solidária junto ao novo Executivo e também ao Legislativo”, argumenta.
A ideia da iniciativa é promover o diálogo com os grupos de economia solidária, visando o período de final de ano e levando em conta todas questões da pandemia de Covid-19. Ao longo dos últimos seis meses, os fóruns municipal e regional de economia solidária se dedicaram a construir uma carta de intenções e contribuições para os planos de governo de todos os candidatos à Prefeitura e à Câmara. O documento foi entregue às coordenações de campanha e os fóruns se dispuseram a discutir essas propostas com cada um dos candidatos.
“Passada a eleição, a hora é de articular formas de ampliar o diálogo e pensar maneiras objetivas de estabelecer meios de efetivar e implantar essas propostas – entre elas a votação de um projeto de lei da economia popular solidária em Juiz de Fora. Vale ressaltar que esta discussão sobre o marco legal da Ecosol (economia solidária) no município já vem sendo pautada há alguns anos”, ressalta Falcão.
Ainda segundo o professor, os grupos de economia solidária foram fortemente impactados pelo isolamento social decorrido da pandemia, o que afeta a renda e as relações de proximidade propiciadas pelo Fórum. “Nesse sentido, ter conseguido, mesmo com as restrições de acesso à internet, que nosso público mantenha atividades mensais, e ainda elaborar uma proposição política é um passo fundamental para a consolidação das ações de extensão e suas possibilidades. A compreensão de que os impactos atingiram tanto a equipe que atua (discentes, docentes e técnicos) quanto os trabalhadores dos grupos acompanhados possibilitou uma relação dialógica, que é a base da educação popular presente nas nossas ações e práticas.”