Veículo: Leia Já

Editoria: Carreiras

Data: 28/11/2020

Link: https://www.leiaja.com/carreiras/2020/11/28/ufjf-abre-inscricoes-para-164-vagas-em-curso-line/ 

Título: “UFJF abre inscrições para 164 vagas em curso on-line”

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) anunciou, nessa sexta-feira (27), a abertura das inscrições para os cursos de licenciatura em pedagogia e computação, na modalidade à distância, distribuídas em cinco polos de apoio presencial da Universidade Aberta do Brasil (UAB): Bicas, Durandé, Itamonte, Monte Sião e Confins, todos no estado de Minas Gerais. Os cursos e vagas variam conforme o polo. Ao todo, há 164 vagas ofertadas. 

Os interessados podem realizar as inscrições até às 18h, do dia 2 de dezembro, no site da Coordenação Geral de Processos Seletivos (Copese). No período da inscrição, o candidato deve ler atentamente as instruções, preencher o formulário com seus dados completos e enviá-los eletronicamente, efetivando, assim, o seu cadastramento no processo de seleção. Em seguida, deve imprimir a Guia de Recolhimento da União (GRU) correspondente à taxa de inscrição, no valor de R$ 120, e efetuar o pagamento até às 20h do dia 2 de dezembro, exclusivamente no Banco do Brasil, de acordo com a UFJF. 

Vale pontuar que os candidatos podem optar por uma das modalidades de ingresso, que envolvem aproveitamento da pontuação obtida no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), considerando as cinco das edições mais recentes do exame, concorrendo à proporção de 90% do total das vagas; disputa das vagas destinadas a professores da rede pública de ensino, em exercício, sem formação inicial em nível superior; ou ainda às vagas voltadas para aqueles que não possuem formação na área em que atuam, na proporção de 10% do total.

De acordo com o edital, o candidato deve optar por dois polos, em ordem de preferência, onde pretende cursar a graduação escolhida. As vagas em cada uma das modalidades, cursos e polos respeitam os limites das vagas existentes. Havendo número de inscritos superior na modalidade para professores, o critério de escolha será de acordo com o maior tempo de serviço. Persistindo o empate, com o de maior idade. A divulgação do resultado final do processo de seleção está prevista para 8 de dezembro, a partir das 15h, no site da Copese.

Para mais informações, acesse o edital do certame.

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Educação

Data: 28/11/2020

Link: https://www.acessa.com/educacao/arquivo/oportunidade/2020/11/28-ufjf-abre-15-vagas-para-mestrado-profissional-matematica/ 

Título: “UFJF abre 15 vagas para mestrado profissional em matemática” 

Termina no dia 18 de dezembro o prazo para inscrições no mestrado profissional em matemática (Profmat), voltado para professores da educação básica das redes pública e privada. Na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), são oferecidas 15 vagas para 2021. Presente em mais de 70 Instituições de ensino superior no Brasil, o Profmat é um curso de pós-graduação “stricto sensu” semipresencial, que atende ao conceito da Universidade Aberta do Brasil (UAB), estimulando a melhoria do ensino da disciplina em diversos níveis.

Interessados devem se inscrever na página do Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional e pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 76.

O Exame Nacional de Acesso (ENA 2021) do Profmat na UFJF acontece em duas fases. A primeira é composta por uma prova objetiva on-line, a ser realizada no dia 9 de janeiro de 2021, das 14h às 15h30. Já a segunda consiste em uma prova objetiva presencial, marcada para o dia 30 de janeiro de 2021, das 14h às 17h. Na impossibilidade da aplicação da prova presencial por razões sanitárias, a mesma será substituída por prova discursiva on-line, na mesma data e horário.

O resultado final será divulgado no site do Profmat até 26 de fevereiro de 2021.

Prevenção

Na hipótese de haver a prova presencial, será proibida a entrada e permanência do candidato no local de prova, definido por cada instituição associada, sem a utilização adequada de máscara de proteção à Covid-19 e demais regras sanitárias adotadas no processo. A máscara deve cobrir totalmente o nariz e a boca do participante, desde a sua entrada até sua saída do local de provas. Será permitido levar máscara reserva para troca durante a aplicação e álcool em gel. Em caso de recusa de utilização adequada da máscara e cumprimento das medidas sanitárias da instituição associada, o candidato será excluído do exame e considerado reprovado.

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Veículo: Acessa.com

Editoria: Cidade

Data: 28/11/2020

Link: https://www.acessa.com/cidade/arquivo/noticias/2020/11/28-comite-recomenda-interdicao-estacionamento-anel-viario-campus/ 

Título: “Comitê recomenda interdição do estacionamento no anel viário do campus da UFJF”

O Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o novo Coronavírus (SarsCov-2) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recomendou à Administração Superior a interdição do estacionamento de veículos de passeio nas vagas do anel viário do campus-sede, a partir deste sábado, 28 de novembro. A decisão considera o crescimento da Covid-19 na cidade.

A recomendação foi acatada pelo reitor da UFJF, Marcus David. A decisão tem validade por tempo indeterminado pode ser revista a qualquer.

Outras áreas de estacionamento em unidades e setores já estão interditadas desde março. A Praça Cívica da UFJF, assim como todos os equipamentos que compõem seu entorno, também permanece fechada para qualquer tipo de atividade, seja física, esportiva, cultural, de recreação ou para outros fins.

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Veículo: Hora Brasil

Editoria: 

Data: 29/11/2020

Link: https://www.horabrasil.com.br/2020/11/29/ufjf-graduacao-ead-gratuita-inscricoes-abertas/ 

Título: “UFJF oferece 164 vagas em graduação EAD gratuita; inscrições abertas”

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), em parceria com a Universidade Aberta do Brasil (UAB), oferece 164 vagas em graduação EAD gratuita. Há vagas para Licenciatura em Pedagogia e Licenciatura em Computação. As oportunidades são divididas da seguinte forma:

90% das vagas serão destinadas a candidatos que pretendam usar a pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), dos últimos cinco anos, para a seleção;

10% serão destinadas para professores da rede pública de ensino, em exercício, sem formação inicial em nível superior ou que não possuem formação na área em que atuam, com um mínimo de 3 vagas para cada polo por esta modalidade de inscrição.

Os polos com vagas na graduação EAD gratuita são em: Bicas, Durandé, Itamonte, Monte Sião e Confins.

Inscrições para concorrer às vagas de graduação EAD gratuita

Interessados podem se inscrever até 18 horas do dia 2 de dezembro de 2020, no site https://www2.ufjf.br/copese/processos-seletivos-ead/ead-2020/.

O valor da taxa de inscrição é de R$ 120, qualquer que seja a graduação escolhida. Mais informações podem ser obtidas no edital (clique aqui).

Agenda da seleção para a graduação EAD gratuita

Cadastramento da Inscrição: das 15 horas do dia 27 de novembro às 15 horas do dia 02 de dezembro de 2020

Solicitação de Nome Social: das 15 horas do dia 27 de novembro às 15 horas do dia 02 de dezembro de 2020

Solicitação de Isenção da Taxa de Inscrição: das 15 horas do dia 27 de novembro às 23 horas do dia 29 de novembro de 2020

Resultado da Solicitação de Isenção: a partir das 15 horas do dia 30 de novembro de 2020 Resultado da Solicitação de Nome Social: a partir das 15 horas do dia 04 de dezembro de 2020

Pagamento da Guia de Recolhimento da União (GRU): do dia 25 de novembro ao dia 02 de dezembro de 2020

Emissão do Comprovante Definitivo de Inscrição: a partir das 15 horas do dia 07 de dezembro de 2020

Divulgação do Resultado Final: 08 de dezembro de 2020, a partir das 15 horas.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/11/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/29-11-2020/professor-e-ex-aluno-da-ufjf-integram-lista-de-cientistas-mais-citados-do-mundo.html 

Título: “Professor e ex-aluno da UFJF integram lista de cientistas mais citados do mundo”

O professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Ilya Shapiro, e o pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, Marcus Vinícius Nora de Souza, ex-aluno do Departamento de Química da UFJF, estão entre os cientistas mais influentes do mundo, segundo pesquisa realizada na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e publicada no Journal Plos Biology em outubro.

O levantamento se dedicou a atualizar os bancos de dados de métricas de citação padronizadas por meio da plataforma Scopus. Para isso, foram organizadas duas listas, que avaliam, respectivamente, o impacto da produção ao longo de toda a carreira dos cientistas e a produção acadêmica no ano de 2019. Tanto Ilya quanto Marcus estão presentes em ambas. O ranking inclui não só os cem mil cientistas com melhor avaliação do índice de citação composto, mas também os 2% que estão entre as referências para a suas disciplinas e subcampos.

A área do professor Ilya Shapiro é um cruzamento de física de partículas, teoria de campos e cosmologia. Formado na Rússia e trabalhando há 40 anos na área, o professor do Departamento de Física da UFJF já se dedicou a vários temas. “Tenho alguns trabalhos conhecidos pelos especialistas, como, por exemplo, um ciclo de artigos sobre constante cosmológica e efeitos quânticos que podem fazer esta constante variar. Isso tem saída para dados observacionais, então colaboramos com o pessoal de cosmologia observacional.” No entanto, ele é também reconhecido pelos especialistas pelo seu trabalho teórico, ligado à gravitação quântica. Um dos livros publicados por ele em 1992 é considerado um dos mais importantes – referência padrão – na área.

‘Época próspera’

Em entrevista à Tribuna, por e-mail, o professor Ilya Shapiro explica que estamos vivendo uma época muito rica na área de física de altas energias e, especialmente, em astrofísica e cosmologia. “Nos últimos anos tivemos vários prêmios Nobel nesta área. Inclusive, neste ano, pela descoberta de buracos negros supermassivos nos centros de galáxias. Roger Penrose também foi premiado por trabalhos dos anos 60 sobre buracos negros serem consequência da teoria geral da relatividade.”

Shapiro também destaca outros importantes estudos premiados na área. “Nos anos passados tivemos prêmios Nobel para a descoberta do Bóson de Higgs pela Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN), para a descoberta de ondas gravitacionais pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (em inglês: Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory – Ligo) e para o desenvolvimento teórico na área de cosmologia moderna, do professor James Peebles.”

Segundo Shapiro, há a esperança de, no mínimo, mais um prêmio Nobel em cosmologia, para um pesquisador que trabalhou no grupo dele e visitou várias vezes a UFJF. Mas o professor ressalta que é difícil garantir que isso aconteça. “Do ponto de vista experimental e observacional, é uma época próspera, mas temos muitas teorias, que, na maioria dos casos, estão bem distantes da parte experimental. Isso tem um lado bom, pois há coisas qualitativamente simples e muito importantes, mas, ao mesmo tempo, difíceis de fazer.

Contribuições

Ilya Shapiro também destaca que o trabalho com os alunos contribui para as pesquisas, e exemplifica com o trabalho que desenvolve com a ex-aluna da UFJF, Flávia Sobreira, que é professora na Universidade de Campinas (Unicamp). “Ela trabalha numa grande colaboração observacional, mas também continuamos um pouco na minha área.”

Outro ex-aluno de Shapiro, Tibério de Paula Netto, está agora como pós-doutorando na China. “Ele sabe muito mais que eu. Vou dizer que conheço poucos jovens na nossa área com o mesmo nível de preparação”. Junto com Tibério, no mesmo grupo, está Dr. Breno L. Giacchini. Ele foi aluno de doutorado no Rio, mas passou quase dois anos na UFJF, fazendo preparação no grupo de Ilya. “É outro jovem brilhante. Colaborar com jovens muito bons dá grande impacto no meu trabalho, claro. Também colaboramos com vários especialistas de diferentes países”, conta.

Forte conexão com a UFJF

O pesquisador do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz (Farmanguinhos), Marcus Vinícius Nora de Souza, é líder do Laboratório de Síntese de Substâncias de Combate a Doenças Tropicais (SSCDT) e desenvolve pesquisas na área de Química Medicinal. A equipe estuda uma série de doenças, como tuberculose, malária e leishmaniose.

“O laboratório trabalha com doenças negligenciadas no geral, que acometem países mais pobres e em desenvolvimento. São doenças nas quais as grandes empresas, geralmente, não investem tanto dinheiro”, explica o professor. Um dos focos do trabalho de Marcus Vinícius no momento é o desenvolvimento de medicamentos para a tuberculose. “É uma área muito carente. Apesar de ser um problema de saúde mundial, quase não temos desenvolvimento de novos fármacos. Nos últimos 45 anos, quase meio século, temos apenas um novo medicamento lançado para tratar tuberculose”, conta.

Ele explica que as cepas de bactérias que causam a doença estão se desenvolvendo e criando resistência a todos medicamentos utilizados. “A comunidade científica já se despertou para esse problema, mas ainda temos poucas coisas novas. Trabalho muito nessa área, sobretudo no desenvolvimento de fármacos para combater esses bacilos super-resistentes.”

Ainda de acordo com pesquisador, há muitos desafios. O principal tratamento leva seis meses e, muitas vezes, em função de efeitos colaterais é abandonado antes do final, o que leva a uma segunda escolha, que, além de mais onerosa, provoca efeitos colaterais mais agressivos e é ainda mais longa. “Realmente, esse é um problema grave, e há estimativas de que um terço da população mundial tenha esse bacilo. Como é uma doença que também está associada a fatores sociais e atinge a pessoas que não podem pagar, é algo que motiva a nossa preocupação”, afirma.

Sobre integrar o estudo da Journal Plos Biology, ele considera um reconhecimento importante. “Concorrer com as condições de pesquisa que temos, com instituições de toda Europa, da China, entre outras potências, e ter o trabalho, o grupo de pesquisa e a instituição presentes na lista é uma satisfação muito grande”.

Durante toda a sua trajetória, mesmo passando por outras instituições e locais, Marcus sempre manteve vínculo com a UFJF e permanece atuando em várias parcerias com professores da Universidade.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 29/11/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/29-11-2020/ufjf-e-defesa-civil-trabalham-em-parceria-para-reducao-de-desastres.html 

Título: “UFJF e Defesa Civil trabalham em parceria para redução de desastres”

O trabalho de mapeamento e redução do risco de desastres em Juiz de Fora teve mais uma etapa concluída por meio da parceria realizada entre o Núcleo de Atendimento Social da Faculdade de Engenharia (Nasfe) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Defesa Civil. A partir de levantamentos topográficos disponibilizados pela Prefeitura foram desenvolvidos mapas no novo padrão cartográfico (sirgas 2000).

Este trabalho irá permitir ao Município atualizar os mapas de risco e verificar a existência de novas áreas. De acordo com a assessoria de imprensa da Defesa Civil, atualmente são contabilizadas 79 áreas que somam 299 pontos de risco na cidade.

O professor da Faculdade de Engenharia e coordenador do Nasfe, Jordan Henrique de Souza, explica a importância do desenvolvimento desses mapas. “Alguns chegam a ter um nível de detalhe em que você sobrepõe o polígono, a área ou setor de risco e, simplesmente, consegue identificar se há casas que estão ou não em uma situação de risco.”

O coordenador da Defesa Civil, Jeferson Rodrigues, afirma que a parceria estabelecida com a UFJF, desde janeiro, tem sido muito importante para tornar a cidade mais resiliente. “O Município tem muito a ganhar com essa ação e trabalho exaustivos da Universidade. Foram necessárias 550 horas para sua conclusão, resultando em 54 DVDs entregues para a Defesa Civil e que se estenderá a outras secretarias.”

Outras ações

Rodrigues destaca, ainda, outras ações ao longo dos meses de parceria. “O curso de monitoramento de áreas de risco utilizando o aplicativo Alea possibilitou um ganho de produtividade na atualização constante que tem que ser efetuada nas áreas já mapeadas.”

Também foi realizada consulta pública sobre a resiliência a desastres no município. Os dados estão sendo compilados pelo Nasfe e, posteriormente, serão divulgados. A proposta é que o resultado da consulta pública se transforme em um plano de ações que irá orientar Juiz de Fora.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 29/11/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/29-11-2020/historico-e-atual-livro-resgata-passagens-de-itamar-franco-pela-prefeitura-de-juiz-de-fora.html 

Título: “Livro resgata passagens de Itamar Franco pela Prefeitura de Juiz de Fora”

“A melhor coisa da minha vida pública, creio, foi ter sido prefeito, porque a Prefeitura, diferente do Senado, e da Presidência da República, permite-nos olhar o cidadão nos olhos”, disse Itamar Augusto Cautiero Franco. “Você pode errar, já errei olhando nos olhos, mas por mais vezes você acerta. Por quê? Por que o prefeito é solicitado, mesmo numa fila de cinema, as pessoas o abordam para reclamar da capina de rua, da falta de luz, ou lhe sugerir construções”, explicou o político na extensa entrevista ao projeto Diálogos Abertos, do Museu de Arte Murilo Mendes, em julho de 2008. A transcrição do material compõe a primeira seção do livro agora lançado “Itamar Franco: A prudência do poder no destino da cidade”, que revisa a trajetória do político à frente da Prefeitura de Juiz de Fora, cargo cuja disputa será definida neste domingo (29).

Último gesto do Instituto Itamar Franco, que encerrou as atividades após transferir todo o seu acervo para o memorial em homenagem ao político, administrado pela UFJF, o livro tem organização do professor, artista visual, gestor e curador José Alberto Pinho Neves. Nas 543 páginas do volume, além de entrevistas estão fotos, discursos proferidos durante suas passagens pelo Executivo municipal e um detalhado diário de governo, com excertos de jornais da época registrando todo o decorrer de suas gestões. Itamar tinha 36 anos quando foi eleito, estancando um longevo revezamento entre Olavo Costa e Adhemar Rezende à frente da Prefeitura. Antes, porém, concorreu, sem sucesso, aos cargos de vice-prefeito (que não funcionava em chapa como atualmente) e vereador. Seu êxito se deve, em grande medida, e ele mesmo reconheceu, ao enfrentamento de uma dura questão no município: o abastecimento de água.

Em entrevista ao projeto Diálogos Abertos – do qual participaram como entrevistadores Joaquim Falci Castellões, Murílio de Avellar Híngel, Pinho Neves, Denise Paiva, Marcello Siqueira, Rogério Mascarenhas, Geraldo Lúcio de Melo, Ismair Zaghetto e o editor geral da Tribuna Paulo César Magella – Itamar recordou a escassez e sua coragem em abdicar de uma carreira em ascensão como engenheiro para dedicar-se ao recém-criado Departamento de Esgoto e Águas. “A partir daquele momento ele começa a pensar numa sistematização da água na cidade, que já havia sido pensada lá atrás, por Menelick de Carvalho, que defendia que a cidade deveria ter outra adutora”, observa Pinho Neves. O destemor para encarar a questão convenceu a população local, à época calculada em cerca de 160 mil habitantes, menos de um terço da estimativa atual, calculada em quase 570 mil.

Hábil articulador

Na edição do dia 25 de novembro de 1966, a Gazeta Comercial informava que, após apuração das 280 urnas da cidade, Itamar Franco havia recebido 25.902 votos, com uma vantagem de 6.230 votos sobre o segundo lugar, Wandenkolk Moreira, também da legenda MDB, de oposição à ditadura. “A humanidade tem conhecido, no curso de sua longa, sofrida e incessante evolução, os mais diversos regimes de governo. Nenhum, entretanto, revelou as excelências do regime democrático, que faz repousar os seus fundamentos na liberdade de julgar e escolher do povo, sua origem e sua única finalidade. Tanto melhor será o regime quanto mais respeitar a dignidade dos seus destinatários”, exaltou o prefeito recém eleito em seu discurso de diplomação, no Salão do Júri do Fórum da Justiça, no quarto dia de 1967.

Ainda que em seu discurso anterior à posse tenha bradado pela democracia, Itamar não se indispôs com os militares que governavam o Brasil e que, em 1968, instauraram o Ato Institucional nº 5, ampliando repressões e estendendo silenciamentos. Seu vice seria um professor, que, sem conseguir o registro, foi substituído por um militar, o general Oscar Silva. “Ele se dava bem com os militares. Tinha um trânsito”, observa Pinho Neves, destacando a habilidade para a articulação, o convívio com os opositores. “Juiz de Fora naquele momento era uma cidade de extrema direita, muito conservadora”, ressalta o organizador. Assistente social convidada a integrar a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social da Prefeitura de Itamar, Denise Paiva concorda. “A capacidade de unir contrários numa mesma mesa, como Bias Fortes e Bonifácio de Andrada de Barbacena, e Arena e MDB de todas as esferas, foi o grande feito político do Seminário da Zona da Mata, que chamou atenção da imprensa. O aprendizado de unir contrário foi fundamental em 1992 ao mandatário da nação para assegurar governabilidade num contexto institucional conturbado”, escreve, em texto que integra a seção com depoimentos de intelectuais, parceiros e contemporâneos de Itamar.

Mãos à obra, prefeito!

No dia de sua posse, Itamar Franco solicitou que seu vice o representasse em visita ao Bairro Benfica, atingido por uma tempestade, e partiu para casa para trocar a roupa e acompanhar a obra que interrompia o fluxo da Avenida Rio Branco no cruzamento com a Avenida Independência, tempos depois inaugurada por ele. Durante a cerimônia em que foi empossado, Itamar garantiu que atuaria para minimizar os transtornos causados na principal via da cidade e em menos de 24 horas o serviço estava concluído. Tanto em seus discursos quanto no diário de governo apresentado em “Itamar Franco: A prudência do poder no destino da cidade” fica impressa a disposição do político para resolver problemas antigos imediatamente. Não à toa a infraestrutura tornou-se uma marca de sua gestão. Ele abriu a Garganta do Dilermando, inaugurou a Independência – que hoje leva seu nome -, canalizou córregos como o de Santa Luzia, exterminou os alagamentos no Largo do Riachuelo e na parte baixa da Halfeld. “São obras muito importantes ainda hoje, mas que merecem manutenção. As galerias de águas pluviais nunca mais foram abertas. Em algum momento isso vai estourar. Outras obras ele não fez, mas pensou-as. Havia uma visão completa da cidade”, define Pinho Neves.

Sem pretender cristianizar o juiz-forano (nascido no mar da Bahia e batizado na cidade) que mais longe chegou na política nacional, tornando-se o 33º presidente do Brasil, o livro defende essa visão estratégica de Itamar Franco diante de uma Juiz de Fora repleta de carências e potências. Uma de suas mais ousadas formulações foi o Seminário do Desenvolvimento da Zona da Mata, que conferiu protagonismo para o município nacionalmente, trazendo a Juiz de Fora personalidades de relevo no cenário nacional e projetando um futuro possível. “O Brasil naquele momento vivia um período de modernidade exacerbada. Há um discurso no diário de governo, um editorial do Diário Mercantil que fala o que ele devia fazer na cidade. Ali dá para ver que a vontade dele era reflexo do que as pessoas pensavam”, reflete o organizador da obra, destacando os avanços também notados nas áreas da educação, saúde e assistência social.

“Na administração Itamar, Juiz de Fora conheceu uma efervescência cultural sem precedentes”, assevera, em depoimento para o livro, o compositor e produtor Daltony Nóbrega, citando que à agitação promovida pela UFJF, somava-se à do Núcleo Mineiro dos Escritores, do Teatro Universitário, do Grupo Divulgação, da Galeria de Arte Celina e dos festivais promovidos pela Prefeitura. “Por vários anos, grandes nomes da MPB frequentaram a cidade para participar de uma autêntica festa do som e do conhecimento, o que nos deu ainda mais visibilidade como polo cultural.” Para Pinho Neves, o festival de cinema da época poderia ter se tornado tão ou mais forte que o Festival de Gramado. “Toda a atuação do Itamar em Juiz de Fora foi muito boa e vou dizer que foi brilhante porque rompe com outro tempo, representa um limite entre passado e presente na cidade”, defende Pinho Neves.

Uma renovação que ainda ecoa

Era 14 de maio de 1970 quando Itamar Franco faz um pronunciamento afirmando não disputar a eleição do ano seguinte. “Combati o bom combate, guardei a fé, encerrei a jornada”, disse, ecoando um conhecido trecho bíblico. Passados pouco mais de dois anos, em setembro de 1972, decidiu concorrer ao Executivo municipal novamente. “Em termos pessoais, não me seduz a escalada de degraus do carreirismo político, como já provei. Sei das responsabilidades e sacrifícios ingentes, mas enfrento-os com denodo e coragem. Sei das forças dos meus condicionamentos pessoais, mas sobrepujo-as com a chama interior que me ilumina. Sei de minhas fraquezas e dúvidas, mas me fortaleço na certeza do amanhã”, declarou o político que não mais abandonou a vida pública, escalando todos os degraus que lhe foram apresentados. Em seu retorno à Prefeitura, Itamar venceu Mello Reis (eleito quatro anos depois) por apenas 324 votos. No meio do mandato, Itamar renunciou para candidatar-se ao Senado.

“Dessa geração do Itamar saíram três grandes prefeitos de Juiz de Fora: o Itamar Franco, o Mello Reis e o Tarcísio Delgado. Eram três pessoas que representavam a renovação naquele momento”, opina Pinho Neves sobre contemporâneos que inscreveram seu nome na transformação da cidade no século XX. “Na década de 1960, Itamar aparece impulsionando à dinâmica, o tempo lento que a cidade transparecia, impondo-lhe uma roda viva rumo à ampla modernidade, prenunciando-lhe ao futuro. Nesse conluio tempo e espaço, nos diversos cargos eletivos que desempenhou, nunca declinou do seu pacto com a cidade que evoluiu sob seu amparo, entre outros”, define o organizador em texto que precede o capítulo com discursos do político. “Como prefeito, nunca deixou de cultivar a simplicidade do homem comum. Revolucionou a administração, como se fizesse o dever de casa. Sua administração foi uma declaração de amor à cidade… em obras. E certamente constituiu marca maior na história de Juiz de Fora”, exalta, em depoimento para o livro, o fundador da Tribuna, o médico e empresário Juracy Neves.

A Juiz de Fora do prefeito Itamar Franco ainda existe. Muitos de seus feitos resistiram ao tempo, atesta o livro. Algumas de suas visões e pensamentos, defende José Alberto Pinho Neves, escassearam na cidade e no país. “Há uma frase dele que deveria ser estampada em todo lugar para alertar as pessoas. É de uma atualidade incrível”, aponta Pinho Neves, referindo-se às palavras que ocupam a orelha do livro: “O poder não muda as pessoas, o poder revela as pessoas. A reflexão que posso fazer é de que é fácil exercer o poder com dignidade. O poder não corrompe ninguém, são as pessoas sem caráter que corrompem o poder.”

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