O Polo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão sobre o Processo de Envelhecimento da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) comemora 30 anos. A iniciativa foi criada em 1990, vinculada à Faculdade de Serviço Social, através do projeto “Universidade com a Terceira Idade”. Com a coordenação das professoras Márcia Deotti e Verônica Ramalho Borba, começou suas atividades no primeiro semestre letivo de 1991.

Ao longo de sua história, o projeto atendeu mais de 7 mil idosos, como os da turma de 1996 (Foto: Acervo do Projeto)

Para celebrar a data e em respeito ao distanciamento social exigido pela pandemia de Covid-19, o Polo planeja uma série de atividades no Facebook e no Instagram do projeto, com depoimentos de coordenadores, participantes e equipes de trabalho, atuais e históricos. 

“O período de comemoração se estenderá até o próximo ano, data de comemoração dos 30 anos do início efetivo das atividades. Assim que pudermos, faremos uma comemoração presencial, na qual pretendemos contar, inclusive, com a presença de ex-coordenadores, bolsistas e técnicos que contribuíram com o desenvolvimento do Polo ao longo desses anos”, explica a atual coordenadora do projeto, professora Estela Saleh.

A iniciativa tem por objetivos principais contribuir para a vivência mais consciente do processo de envelhecimento, através de um trabalho socioeducativo e de projetos que envolvem as várias instâncias da sociedade. Além disso, visa treinar alunos dos diversos cursos de graduação da UFJF que atuam na área do envelhecimento e estabelecer uma interlocução com a rede local e regional, no sentido de compartilhar conhecimentos que contribuam para o aprimoramento das ações e políticas sociais voltadas ao público idoso.

Visita de idosos do projeto Nucleação ao Jardim Botânico da UFJF, antes da pandemia (Foto: Mariana de Oliveira)

Mais de 7 mil atendimentos
Durante esses 30 anos, o Polo já atendeu mais de sete mil pessoas em processo de envelhecimento, envolvendo uma média de 20 bolsistas por ano, que ajudam a desenvolver atividades como o curso de idiomas, oferecido em Espanhol, Francês, Inglês e Italiano; e o projeto “Memória e Qualidade de Vida”, que busca estimular e aprimorar o desempenho da memória a partir da valorização das lembranças e experiências dos participantes.

“Nossa metodologia baseia-se na perspectiva socioeducativa e interdisciplinar, oferecendo cursos, oficinas, passeios culturais, filmes, vídeos, musicalização e outras expressões culturais e corporais”, acrescenta Estela.

Atividades
O Polo é um Programa de extensão, espaço de ensino e pesquisa da UFJF, vinculado à Faculdade de Serviço Social. Em 2018, a fim de atender a uma demanda do Conselho Nacional do Idoso e abranger as diversidades, complexidades e, especialmente, desigualdades que envolvem o processo de envelhecimento na sociedade, o Programa passou a ter a denominação dos dias atuais. 

Participantes da oficina de culinária, realizada pelo Polo em 2019 (Foto: Mariana de Oliveira)

No decorrer dos 30 anos de atuação em Juiz de Fora, o Polo vem pautando sua trajetória em dois eixos: a construção e desenvolvimento de propostas educativas de qualidade e com caráter interdisciplinar, voltadas para idosos de variadas faixas etárias e diferentes perfis socioeconômicos e culturais; e a produção de conhecimentos acerca do envelhecimento e gerações, considerando as rápidas transformações do mundo contemporâneo. 

Atualmente, o Polo tem sua sede na Casa Helenira Rezende, localizada na Avenida Rio Branco, 3.372, nos fundos da antiga Casa de Cultura, onde acontece a maior parte de suas atividades. Além daquelas que são desenvolvidas na sede, são realizadas ações em bairros periféricos, através do Projeto de Extensão e Treinamento Profissional “Nucleação do Polo Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão nos bairros do município de Juiz de Fora”, que tem como proposta descentralizar as atividades oferecidas e promover o acesso dos idosos moradores da periferia e beneficiários das políticas de assistência do município.

O projeto é desenvolvido há 17 anos no bairro Dom Bosco, em parceria com o Grupo Espírita Semente. Neste ano, a parceria se estendeu a mais seis bairros, através dos centros de Referência de Assistência Social (Cras).

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Outras informações
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