Em parceria com instituições europeias, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) desenvolveu uma pesquisa capaz de gerar um software responsável pela criação de máscaras e respiradores que auxiliam no combate à Covid-19. O projeto Fasten Vita, como é chamado, é uma iniciativa de mais de 40 pesquisadores voluntários, distribuídos em 12 universidades brasileiras.
O desenvolvimento do programa aconteceu no laboratório do Departamento de Ciências da Computação, criado ano passado, que conta com tecnologia de ponta e infraestrutura compartilhada com toda a comunidade de pesquisa da Universidade. O software foi criado em um período de dois meses, por professores e alunos, e, uma vez pronto, tornou-se uma contribuição de escala mundial ao combate contra o novo coronavírus.
Ainda que todo o software esteja atualmente hospedado na UFJF, a intenção é que se crie uma manutenção distribuída ─ ou seja, que a tecnologia seja disseminada para as instituições parceiras, criando uma rede de contribuição e apoio que cruze todo o país.
O professor do Departamento de Ciências da Computação e colaborador da pesquisa, Mário Antônio Ribeiro Dantas, explica que a UFJF possui uma rede de pesquisa e uma facilidade computacional muito potente. “Quando se fala em equipamentos e tecnologias, nós temos hoje, no Brasil, uma dependência muito grande com outros países. Dependemos deles para conseguir esses produtos. Mas também temos potencial, tanto em escala nacional quanto aqui em Juiz de Fora. Fiquei muito contente com essa pesquisa, porque provamos que conseguimos fazer algo. Como professor, estou muito satisfeito com os alunos participantes, que entraram de cabeça no projeto. Isso vai além de uma questão política. Independente de partidos, precisamos produzir. Temos que ter essa noção da nossa qualidade e do nosso potencial, porque isso acaba angariando recursos para a própria Universidade. Salvando uma vida, já valeu a pena.”
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Fasten Vita Brasil