Minicurso visa potencializar vendas de corporações, produtores, artesãos e pequenos empreendedores (Imagem: Pixabay)

Diante de um cenário de excepcionalidade, causado pela Covid-19, a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (Intecoop), da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), promove, pela segunda vez, a oficina de Comercialização On-line para Produtores da Economia Popular Solidária. O minicurso acontece no dia 12 de setembro, às 17h, e as inscrições devem ser realizadas por meio deste formulário on-line.

A ação é aberta aos participantes do Fórum Municipal de Economia Popular Solidária, e também para toda comunidade, a depender do preenchimento das vagas disponibilizadas. Além disso, a formação, gratuita e totalmente on-line, visa potencializar as vendas de corporações, produtores, artesãos e pequenos empreendedores, trazendo uma proposta de ensiná-los como utilizar de forma produtiva os smartphones e os próprios perfis nas redes sociais. 

O minicurso, desenvolvido pela estudante de Cinema e bolsista da Intecoop, Bruna Santos, além de ensinar sobre como desenvolver posts e atrair clientes no campo virtual, trabalha temas, como, por exemplo,o comércio justo e o respeito entre os produtores. “Uma outra questão considerada é tratar desses assuntos de uma forma voltada para a economia solidária, trocando a concorrência e a competição de mercado pela lógica da cooperação, do significado e da valoração do trabalho de cada um.” 

Bruna explica que aprender a utilizar essas ferramentas gratuitas não desqualifica a contratação de alguém especializado, seja um social media ou designer. O minicurso tem a ideia de ampliar as possibilidades dos grupos com seus próprios perfis. 

Marketing Digital
O minicurso busca trabalhar o marketing digital com foco em produção de posts para as redes sociais, tendo como prática a criação de materiais textuais e gráficos, além do planejamento estratégico. Diante desse quadro, aborda assuntos como propósito, público, pautas e ferramentas gratuitas e on-line para desenvolvimento de imagens e gestão do alcance nas redes sociais. “O domínio das ferramentas é algo que virá com a prática. Um dos desafios é abordar o tema de modo que todos possam acompanhar o conteúdo. A proposta é expor o básico para quem não tem tanto domínio dessas tecnologias”, observa Bruna.

Segundo o consultor técnico responsável pela frente de movimentos sociais, Luiz Felipe Falcão, esse tipo de formação é importante, uma vez que dá ferramentas para que as pessoas atendidas no programa de extensão possam se inserir de maneira efetiva no mercado de trabalho nesse período de isolamento social. “Geralmente, cooperativas, associações e grupos populares já são ligados a pessoas que, de alguma forma, tiveram relações precarizadas de trabalho e estão em situação de vulnerabilidade ou buscando novas relações de geração de trabalho. Muita gente começou a empreender nas mídias sociais digitais, e, é interessante que esse público também seja inserido estar nesse universo, mas mantendo os valores da Economia Popular Solidária.”

Enlace com a comunidade
Para Falcão, é interessante destacar que a discussão dessa formação nasceu por meio de encontros do Fórum Municipal de Economia Popular e, a partir dessas reuniões, foi articulado este curso que surgiu como uma demanda trazida pela própria sociedade. “É a Universidade cumprindo o papel ao ser demandada pela comunidade. Por meio do diálogo com os grupos populares, foi construído esse modelo de formação para as pessoas que estão interessadas nesse tipo de aprendizado.”

De acordo com a pró-reitora de Extensão, Ana Lívia Coimbra, iniciativas como esta, mesmo que de forma remota, dão conta da importância e da necessidade do conhecimento de estudantes, professores e servidores na construção de uma sociedade com mais acessos. “Nesse contexto difícil de pandemia, a assessoria aos coletivos de trabalhadores autogestionários foi modificada. Para atender necessidades que são agora apresentadas, seja no campo da formação ou da comercialização por meio da internet, a equipe dialoga com os trabalhadores e encontra, de forma democrática, maneiras para fortalecer os princípios da economia solidária e o fortalecimento dos vínculos.”

Intecoop
Criada em 1998 como um programa de extensão da UFJF, a Intecoop foi uma das seis primeiras incubadoras tecnológicas de cooperativas populares contempladas pelo Programa Nacional de Incubadoras (Proninc) no país. Com mais de 20 anos de história, promove projetos ligados ao artesanato, à coleta e reciclagem de resíduos sólidos, à produção, beneficiamento e comercialização de alimentos ou, ainda, à agricultura familiar e à prestação de serviços. Atualmente, acompanha oito grupos distribuídos entre as frentes de Agroecologia, Artesanato e Recicláveis e Movimentos Sociais, o que envolve mais de 250 trabalhadores.

Outras informações
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