Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícia

Data: 25/08/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/08/25/comite-da-ufjf-recomenda-nova-suspensao-das-atividades-presenciais-ate-27-de-novembro.ghtml 

Título: Comitê da UFJF recomenda nova suspensão das atividades presenciais até 27 de novembro

O Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre a Covid-19 da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) recomendou uma nova prorrogação da suspensão das atividades acadêmicas e administrativas nos campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares até o dia 27 de novembro.

A data coincide com o fim do primeiro semestre letivo de 2020, a ser retomado em modalidade de ensino remoto emergencial. As atividades não-presenciais dos cursos de graduação começam no dia 21 de setembro.

Em junho, o G1 informou que a instituição havia informado sobre o adiamento dos trabalhos até o dia 30 de agosto. Anteriormente, em abril, A UFJF também anunciou sobre o adiamento dos trabalhos até o dia 30 do mesmo mês.

As atividades na UFJF foram suspensas no dia 17 de março. No dia 18 do mesmo mês, o Conselho Superior da instituição aumentou o prazo por mais 15 dias.

A Universidade suspendeu o calendário acadêmico de 2020 por tempo indeterminado após o avanço do novo coronavírus. No entanto, neste mês, o Conselho Superior (Consu) da UFJF anunciou a retomada das atividades ao aprovar o ensino remoto emergencial na graduação.

O Comitê enfatizou na nota que o prazo ou a suspensão das atividades podem ser alterados a qualquer momento.

Calendário acadêmico

De 17 e 21 de agosto, o calendário acadêmico prevê o cadastramento de estudantes e de docentes para acesso às plataformas virtuais. O procedimento é automático e feito pelo Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional (CGCO).

Os departamentos terão prazo de 18 de agosto a 4 de setembro para indicar quais disciplinas serão oferecidas em ensino remoto emergencial no primeiro semestre. A ideia é de que os horários das turmas sejam divulgados no dia 11 de setembro.

Os estudantes matriculados terão, então, de 12 a 16 de setembro para optar se irão cursar as disciplinas oferecidas de forma remota e assinar o termo de gravação das atividades simultâneas.

O período de ajuste de matrículas começa em 16 de setembro e vai até o dia 30 do mesmo mês, tarefa a cargo das coordenações de cursos. Nessa etapa, os estudantes terão a oportunidade de se matricular em outras disciplinas curriculares, desde que haja disponibilidade de vagas.

O calendário acadêmico prevê ainda todas as datas importantes do segundo semestre letivo. O documento está disponível no site.

Ensino remoto emergencial

Segundo a UFJF, a metodologia passa a ser utilizada como uma alternativa para a continuidade das atividades acadêmicas, considerando a qualidade da educação oferecida, assim como a inclusão, as condições de trabalho e a vigência emergencial.

Dessa forma, será desenvolvida temporariamente com o intuito de promover o ensino universitário, a partir da utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação, possibilitando a interação entre o estudante, o professor e o conhecimento.

A instituição informou que é importante considerar que atividades de ensino remoto emergencial devem atender aos estudantes nas diferentes condições sócio-familiares, visando a facilidade de acesso e à melhor qualidade de ensino.

Neste sentido, dinâmicas simultâneas devem ocorrer nos mesmos dias da semana, horários previstos e cadastrados no Siga, de acordo com o Plano Departamental, ou em dias e horários acordados entre os professores e todos os alunos da disciplina, sem que haja sobreposição de horários com outras matérias obrigatórias do mesmo período e deve respeitar o turno de oferta do curso.

Por se tratar de uma metodologia diferente da habitual, os estudantes podem requerer, a qualquer momento, o trancamento total ou parcial da matrícula, justificando a impossibilidade do acompanhamento das atividades remotas, sem a necessidade de apresentação de documentação comprobatória.

Para tirar as dúvidas da comunidade acadêmica, a UFJF organizou uma série de lives para explicar sobre a metodologia remota de ensino. Os diálogos trazem temas diversos como, por exemplo, esclarecimento de dúvidas; desafios e possibilidades de ensino durante a pandemia; inclusão dos segmentos estudantis e docentes diante da situação de excepcionalidade; e o uso de metodologias ativas para a continuidade da oferta de uma educação de qualidade.

As atividades podem ser acompanhadas pelo canal da universidade sem a necessidade de inscrição prévia.

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Veículo: Página Rural

Editoria: Eventos

Data: 25/08/2020

Link: https://www.paginarural.com.br/noticias_detalhes.php?id=282195 

Título: MG: experimentos da Epamig buscam aprimorar processo de produção de queijos Minas Artesanais na região do Campo das Vertentes

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realiza, na região do Campo das Vertentes, vários experimentos para aprimorar a qualidade na produção e na maturação de queijos Minas Artesanais. Os trabalhos são conduzidos no Centro de Pesquisa e Treinamento em Queijos Artesanais (Cptqa) que funciona no Campo Experimental Risoleta Neves, em São João Del- Rei, e abrangem testes com diferentes ingredientes e controle das condições do ambiente na maturação.

“Realizamos, com o apoio da Fapemig, experimentos avaliando os efeitos do fermento natural (“pingo”) na maturação; do uso de soro de Kefir como fermento para produção de queijos artesanais; e caracterização dos efeitos da maturação em ambiente com temperatura e umidade controlada nos queijos Minas Artesanais”, conta o pesquisador Daniel Arantes Pereira, responsável pelo Centro de Pesquisa.

Na última semana tiveram inicio os primeiros ensaios de um projeto para avaliar o efeito de uma “embalagem ativa” com permeabilidade seletiva de oxigênio e umidade. No trabalho, coordenado pelo pesquisador Junio Cesar Jacinto de Paula, essa embalagem, que tem o objetivo de prolongar a vida útil do produto e aumentar o seu prazo de prateleira, é combinada com inibidores naturais de fungos e leveduras durante a maturação. “Com essa tecnologia esperamos que a embalagem ativa forneça mais proteção a durante a maturação e ao mesmo tempo favoreça as reações químicas e bioquímicas, típicas da maturação, responsáveis pelo desenvolvimento de aromas e textura característica dos queijos”, explica Daniel Arantes.

De acordo com o pesquisador, a grande maioria, dos queijos artesanais são maturados sem embalagem e em condições ambiente. “Para os produtores, a eficácia da embalagem ativa pode representar diminuição de mão de obra pela redução da demanda por limpezas frequentes das cascas e redução de perdas de produto devido ao crescimento de fungos e leveduras, que causam alteração da aparência e do sabor”, aponta. “Em grande parte dos queijos artesanais mineiros a presença desses microrganismos na casca é considerada como defeito, levando a rejeição do produto pelos consumidores”, completa.

Os resultados do projeto servirão como base para a dissertação de Bruno Souza, aluno do Mestrado em Ciência e Tecnologia de Leite e Derivados da Universidade Federal de Juiz de Fora (Ufjf).

Novo impulso

O decreto que regulamenta a produção e comercialização dos queijos artesanais em Minas Gerais, foi assinado no último dia 19 de agosto, pelo governador Romeu Zema. A normatização estimula a diversificação e a variação na produção e maturação de queijos artesanais, desde que sejam atendidas regras sanitárias que garantam a segurança do produto.

O objetivo é valorizar os produtos e a cultura regional, além de melhorar o ambiente de negócios, possibilitando a conquista de novos mercados. Estima-se que cerca de 30 mil produtores de queijos artesanais e empreendedores rurais no Estado serão beneficiados pela medida, muitos deles na região do Campo das Vertentes, que produz leite e queijos desde o período colonial. Confira matéria sobre o decreto.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cultura

Data: 25/08/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/25-08-2020/museu-ferroviario-comemora-17-anos-com-arte-on-line.html 

Título: Museu Ferroviário comemora 17 anos com arte on-line

O Museu Ferroviário de Juiz de Fora iniciou na última sexta-feira (21), quando completou 17 anos de atividades, uma programação especial virtual para comemorar seu aniversário, prosseguindo até domingo (30). Com o tema “17 anos do Museu Ferroviário – a cada olhar, um novo museu”, o espaço cultural terá também uma série de postagens especiais e divulgações de links em sua página no Instagram.

Uma das atrações disponíveis on-line será a exposição “Negros nas ferrovias do Brasil – Um história quase nunca contada”, que ficará aberta de forma permanente pela ferramenta Google Apresentações. Segundo o gerente de Espaços da Funalfa, Luiz Fernando Priamo, a mostra reúne fotos do acervo do Museu Ferroviário e também de acervos públicos de instituições como a Biblioteca Nacional. “O período que a mostra abrange é da metade do século XIX em diante, principalmente o período que precedeu a Lei Áurea, e o que veio um pouco depois, como que ficou a situação dos negros nesse momento”, explica.

“Tentamos montar um mix de textos e imagens para contar essa história, e também foram feitas algumas colagens, trabalhadas de maneira artística, e todo o material está sendo montado por bolsistas do projeto de extensão e ações educativas da UFJF”, acrescenta. “A ideia é que esse material fique permanente para todo o público acessar, e que futuramente professores que desejem trabalhar o tema em escolas tenham o conteúdo à mão.”

Ainda de acordo com Priamo, a busca por essa história, a tentativa de relatá-la, tem como grande desafio a escassez de documentação relativa ao período. “Queremos resgatá-la para que não continue silenciada. Como já não é a história contada oficialmente dentro da memória ferroviária, quisemos trazer isso à tona mais no sentido de provocar discussões do que necessariamente ser uma exposição que queira exaltar algum momento”, esclarece. “A ideia é que seja a memória a favor do não esquecimento, não apagamento e não invisibilização dessa história.”

Música e visitas virtuais guiadas

Na sexta-feira foi exibido na página da instituição no Facebook o show da banda de shoegaze/post-rock Alles Club, realizado em 2018 no anfiteatro do Museu Ferroviário, que marcou o lançamento do álbum “Décollage”. No sábado e no domingo foram realizados os primeiros de cinco tours virtuais mediados, a partir da plataforma Google Meet. O tema principal da atração é destacar a importância de aproveitar a possibilidade de usufruir o museu de forma on-line durante a pandemia. Os outros tours estão marcados para quarta (26, às 19h), sábado (29, às 15h) e domingo (30, às 15h). Todos os tours terão um bate-papo virtual após a visitação on-line.

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Veículo: Rádios EBC

Editoria: Antena MEC

Data: 25/08/2020

Link: https://radios.ebc.com.br/antena-mec/2020/08/momento-literario-fala-da-vasta-producao-de-edimilson-de-almeida-pereira 

Título: Momento literário fala da vasta produção de Edmilson de Almeida Pereira

Ele é poeta, ensaísta, professor e pesquisador da cultura afro-brasileira. Edimilson de Almeida Pereira, mineiro de Juiz de Fora,  nasceu em 18 de julho de 1963 e graduou em Letras, pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

A partir daí fez uma carreira acadêmica de sucesso e ligada à literatura. O autor, que é Professor Titular de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora, tem dezenas de livros e artigos publicados.

Sua estreia foi aos 22 anos com o volume de poemas “Dormundo”. Em 1991, lançou “Corpo vivido”, depois “Livro de falas”, “Árvore de arturos & outros poemas”, “Corpo imprevisto & margem dos nomes” e “O Lapassi & outros ritmos de ouvido”.

É um poeta com características muito particulares, de palavras que nos chamam para decifrar os versos e de sentidos que despertam um sentimento com uma variedade de apreciações. É um dos autores mais premiados, por suas obras na literatura brasileira atual.

Entre 2005 e 2017, publicou mais nove livros de poesia e cinco de crítica literária. Vale ressaltar, também, oito títulos ensaísticos, elaborados no período de 2000 a 2003, em coautoria com Núbia Pereira Gomes e mais doze títulos de literatura infantil e infantojuvenil, até 2017. É uma farta lista de livros para crianças como “Os reizinhos do Congo” ou “Rua Luanda”.

Seu talento vai além, com obras de não ficção e trabalhos de pesquisa da cultura e religiosidade afrobrasileira.

Edimilson de Almeida Pereira é um nome que se destaca no cenário da literatura brasileira, por sua pluralidade e versatilidade, por seu olhar profundo, pelas coisas da terra e dos ancestrais, pelo mundo paralelo das origens e pela capacidade de ousar e nos transformar em leitores curiosos.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 26/08/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-08-2020/atividades-presenciais-da-ufjf-devem-permanecer-suspensas-ao-menos-ate-novembro.html 

Título: Atividades presenciais da UFJF devem permanecer suspensas ao menos até novembro

As atividades presenciais da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) nos campi de Juiz de Fora e Governador Valadares deverão permanecer suspensas, ao menos, até 27 de novembro. Esta foi a recomendação divulgada na terça-feira (25) pelo Comitê de Monitoramento e Orientação de Condutas sobre o Novo Coronavírus (SarsCov-2), indicando data que coincide com o término do primeiro semestre letivo de 2020 após adaptação do calendário anunciada pela UFJF.

As aulas presenciais da instituição foram suspensas inicialmente no dia 17 de março. A partir de abril, com apoio do Comitê especialmente montado em função da emergência em saúde, o prazo de suspensão das atividades presenciais passaram a ser revistos e prorrogados a cada 30 ou 60 dias. A última avaliação foi divulgada em junho último e definiu o próximo domingo (30) como data-limite, estimativa atualizada com prazo de três meses na publicação da UFJF divulgada nessa terça.

Como nas outras ocasiões, o Comitê, em nota, levou em conta dados epidemiológicos da Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Sáude (MS) e secretarias municipais de saúde de Juiz de Fora e Governador Valadares. Também foi lembrado que o Comitê pode “se reunir extraordinariamente e rever sua decisão de acordo com possíveis mudanças no quadro da pandemia”.

Dessa vez, no entanto, há o fator novo da aprovação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) confirmado pela UFJF na última sexta-feira (20), que busca oferecer alternativa para a completa interrupção dos estudos nos cursos de graduação da instituição. Pelo novo calendário, as atividades serão retomadas de maneira digital no próximo dia 21 de setembro, em semestre que será completado no dia 27 de novembro. O segundo semestre de 2020, por sua vez, irá de 14 de dezembro a 22 de março de 2021.

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Veículo: Tribuna de Minas

Editoria: Cidade

Data: 26/08/2020

Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cidade/26-08-2020/taxa-de-mortalidade-por-covid-19-no-hu-e-menor-do-que-a-media-em-utis.html 

Título: Taxa de mortalidade por Covid-19 no HU é menor do que a média em UTIs

O Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF/Ebserh) divulgou que a taxa de mortalidade da UTI Covid da instituição é de 35%, percentual menor que a média nacional verificada nos hospitais públicos brasileiros, de 50%, segundo a assessoria da unidade. O valor de referência na literatura médica é de 40%, taxa que também está acima da verificada no HU-UFJF.

Para o hospital, o montante de R$ 8,2 milhões investido em obras de readequação, equipamentos, EPIs e insumos e serviços, além da capacitação dos profissionais desde o início da pandemia de Covid-19, há seis meses, foi um dos fatores que colaboraram para que a taxa de mortalidade ficasse abaixo da média em comparação com os outros hospitais. Em março, a direção do hospital criou o Centro de Operações de Emergências (COE), formado por 12 grupos de trabalho.

Além disso, a unidade também foi credenciada como referência em atendimento a casos de Covid-19 no início de março, e montou a Enfermaria Covid, com equipe exclusiva e multiprofissional, contando, inclusive, com a inserção de médicos residentes em regime de plantões. A equipe assistencial foi capacitada para atendimento a pacientes com a doença, totalizando mais de 80 turmas treinadas. No total, 143 pacientes estiveram internados nesta ala até o momento.

Em relação à saúde dos trabalhadores, a unidade informou que oferece atendimento psicológico on-line e presencial, além de atendimento médico a pessoas sintomáticas, com testagem nos casos recomendados, garantindo a segurança e a tranquilidade de todos. Até o momento, foram mais de 300 atendimentos. O teste rápido também foi usado em um inquérito sorológico realizado com mais de 1.300 colaboradores.

O HU ainda destaca que, apesar da suspensão das cirurgias eletivas e redução dos serviços ambulatoriais no início da pandemia, novos fluxos de atendimento foram criados, e casos urgentes continuaram sendo acompanhados. Entre eles, a hemodiálise, o atendimento em ambulatórios que necessitaram de acompanhamento, consultas especializadas e cirurgias de emergência. A UTI não Covid permaneceu com taxa de ocupação máxima na maior parte desse período.

De acordo com o hospital, um planejamento para a retomada segura das atividades tem sido feito, ao passo que outras já estão reintegradas à rotina hospitalar. O Comitê de Retomada das Atividades (CORA) se reúne três vezes na semana para acompanhar as ações, conforme a situação epidemiológica, para que haja uma retomada segura para profissionais, residentes e pacientes.

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Veículo: G1 Zona da Mata

Editoria: Notícia

Data: 27/08/2020

Link: https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/2020/08/27/nova-nota-tecnica-da-ufjf-aponta-recorde-de-mortes-pela-covid-19-em-uma-semana-em-juiz-de-fora.ghtml 

Título: Nova nota técnica da UFJF aponta recorde de mortes pela Covid-19 em uma semana em Juiz de Fora

A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) publicou nesta quarta-feira (26) a 9ª nota técnica produzida pelo grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19. Nesta edição, os pesquisadores avaliaram que a 34ª semana epidemiológica – entre os dias 15 a 22 de agosto – apresentou o maior número de vidas perdidas para a doença e o 7º maior número de casos desde o início da pandemia.

De acordo com os boletins diários da Prefeitura de Juiz de Fora, neste período avaliado pelo grupo da UFJF, foram registradas 16 mortes na cidade.

Os autores analisaram os dados de notificação de casos confirmados, internações e óbitos por Covid-19 até 22 de agosto. Até a data, Juiz de Fora apresentou 4.486 casos confirmados e 150 vidas perdidas, representando aumentos de 35,7% e 44,2%, respectivamente, no período de quatro semanas.

“Quando analisamos as três últimas semanas aqui em Juiz de Fora, nossa cidade não alcança o que é preconizado em termos de número de casos e de óbitos para que se considere a epidemia sob controle”, aponta Isabel Leite, uma das autoras do documento.

O grupo também percebeu um crescimento da taxa de letalidade ao longo das últimas quatro semanas epidemiológicas em Juiz de Fora, sendo que no dia 22, a taxa de letalidade de Covid-19 era de 3,34%, em comparação com 3,15% no dia 25 de julho.

Isabel destaca que, da mesma forma que a letalidade, o número de internações também aumentou. “Tivemos um aumento nas internações do setor público nas quatro últimas semanas. Em mais de 90% dos casos, a maioria das internações acontece na própria microrregião onde mora o paciente. As exceções são as microrregiões de Lima Duarte e de São João Nepomuceno/Bicas, cujos pacientes tendem a vir se internar aqui em Juiz de Fora.”

Taxa de crescimento desacelera, mas curva continua elevada

Segundo a pesquisa, os números de casos e mortes ao longo das três últimas semanas epidemiológicas confirma que Juiz de Fora ainda não atende aos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS) para que se possa considerar a pandemia sob controle no município.

Um dos critérios da OMS é que o Número de Reprodução Efetivo (Rt) fique menor que 1 por pelo menos duas semanas. Essa medida indica o número de casos secundários produzidos, em média, por um indivíduo infectado, ou seja, quantas pessoas uma única pessoa contagia.

Segundo a análise do grupo, Juiz de Fora não atingiu esta meta. Apenas por oito dias, entre os dias 13 e 20 de agosto o Rt ficou menos que 1 na cidade. Entretanto, no dia 22, subiu para 1,04.

A macrorregião de saúde Sudeste, no período mais recente, teve taxa de crescimento de casos menor que o Brasil e Minas Gerais. Todos os três tiveram uma desaceleração no crescimento comparado ao mês passado. Porém, Isabel alerta que, apesar da desaceleração, “ainda é uma redução que acontece em um platô muito elevado.”

Grupo de pesquisa

O grupo de modelagem epidemiológica da Covid-19, formado por pesquisadores da UFJF, utiliza dados de diversas fontes oficiais sobre a pandemia no município de Juiz de Fora e na macrorregião Sudeste de Minas Gerais.

O objetivo maior é auxiliar nos planos de contingenciamento de leitos, profissionais e equipamentos de saúde no decorrer do crescimento da infecção.

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Veículo: Brasil 247

Editoria: Brasil

Data: 27/08/2020

Link: https://www.brasil247.com/brasil/pesquisador-sobre-direita-conservadora-nao-ve-motivo-para-panico-em-alta-de-popularidade-de-bolsonaro 

Título: Pesquisador sobre direita conservadora não vê motivo para pânico em alta de popularidade de Bolsonaro

No melhor estilo “populista” – embora neste conceito caibam muito mais ideias do que a simplificação feita aqui -, Bolsonaro confiscou em público o projeto “big bang” do ministro Paulo Guedes. O que estava para ser anunciado como um estrondo foi reduzido a um “traque”, daqueles que o autor sai de fininho, antes que o resultado seja catastrófico. Ainda assim, o governo não conseguiu conter os efeitos colaterais. A bolsa despencou, o dólar subiu e o “mercado” ficou nervoso, antevendo o que certamente virá. Uma investida em verbas a qualquer custo e, receiam eles, a quebra do teto de gastos.

Bolsonaro que sempre discursou contra a reeleição, não quer nem ouvir falar na possibilidade de não ser reconduzido ao cargo. Cheio de si, com um pequeno aumento de popularidade, não hesitou em reduzir publicamente o seu “Posto Ipiranga”, a “Poste Ipiranga”, transformando o que antes era chamado de super ministro, num pau mandado. Guedes recebeu a incumbência de melhorar o teor do programa “Renda Brasil”, um arremedo de Bolsa Família. Ao contrário do programa do PT, que além da ajuda financeira era porta de entrada para atendimentos nas políticas sociais, o de Guedes surrupia direitos adquiridos na luta, pelos trabalhadores, como o abono salarial.

Enquanto isto, a direita adestrada – leia-se FHC – procura “amiguinhos” para com ele descer para o playground e formar uma “frente amarela” contra Bolsonaro, desde que a pauta seja dele, óbvio. Nem a frente sai, nem tampouco Bolsonaro consegue organizar a zona que está o seu governo. Com debandadas, brigas e os militares quietos, assoviando e olhando para o alto, para não perderem os carguinhos, a ópera bufa segue, no Planalto. E, ainda assim, pesquisas apontam um verdadeiro fenômeno. Bolsonaro adquire mais uns pontinhos na aceitação popular, mesmo com quase 120 mil mortes no currículo. Para o professor de Ciências Políticas, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Jorge Chaloub, pesquisador da direita conservadora e entrevistado pelo 247, ainda é cedo para pânico. Há muito por acontecer até que Bolsonaro possa dizer que é senhor da região Nordeste, de onde, agora, (depois de chamá-los de “paraíbas”), não tira o pé.

– 247 – O que contribui, neste momento, para esta elevação na aceitação a Bolsonaro?

– Jorge Chaloub – Esse crescimento apareceu na pesquisa Datafolha, mas nem sei se dá para colocar isto assim… Observando a pesquisa, eu acho que sem dúvida isto passa pelo auxílio emergencial sugerido pela oposição e implementado por Bolsonaro. Mas é necessário observar isto de maneira mais complexa e ampla. O Bolsonaro já tem uma série de outros apoios do universo pentecostal, militar e do empresariado, que são bases importantes da sua popularidade. E mesmo quando você olha os dados da pesquisa Datafolha com calma, a verdade é que o aumento em relação a quem recebe os 600,00 é um aumento que existe, mas não é, digamos, completamente desproporcional.

– JC – O fato dele ter reduzido durante um tempo a fala mais agressiva resultou em que pessoas, antes com resistência a ele por esta agressividade –, e temos pesquisas na Ciência Política que diz que falas muito agressivas geram resistência numa parte da população –, acharam que ele tinha melhorado e passaram a avaliar melhor o governo. Só que tem dados na pesquisa Datafolha, preocupantes para ele. Parte significativa da população (41%), diz não confiar no Bolsonaro. Apenas 36% dizem que confiam. Esse dado é importante porque momentos como o da pandemia, costumam gerar um aumento de popularidade. É hora de você conseguir a unidade nacional. Na Itália, mesmo com aquele início, o primeiro-ministro teve aumento de popularidade. O Bolsonaro tinha a chance de aumentar essa popularidade e não concretizou isto. Momento de crise são propícios para os governantes gerarem união nacional. Para começar, a pesquisa formula mal a pergunta em relação à pandemia.

– 247 – Qual a falha na pergunta?

– Quando você pergunta se a “culpa” é do Bolsonaro, sobretudo para quem não é um opositor renhido dele, gera estranheza, porque a pandemia existe. E ele é culpado pela maneira como lidou com a pandemia, mas não pela pandemia. A pergunta da pesquisa leva a pessoa avaliar se ele é culpado pela pandemia e aí vão ter aqueles que vão dizer que a culpa é dos chineses, sei lá de quem mais…

–  247 – Mas você acha que há uma intenção, nisto?

– JC – Eu não diria isto, porque a relação do Bolsonaro com a Folha é, digamos, ambígua. Eles apoiam a pauta econômica, mas têm uma crítica forte ao comportamento dele. Estão, como é bem ambígua esta relação, eu nem diria que foi proposital, mas me parece que esta coisa da culpa, não é que invalida, mas nos obriga a botar uma dúvida na pesquisa. Para uma pessoa que não é muito politizada, se você pergunta: a culpa da pandemia é do Bolsonaro? A pessoa pode responder: olha, a pandemia existe, na Itália morreram não sei quantas mil pessoas. E o Bolsonaro não governa lá. A pergunta mais adequada, para mim, seria: ele lidou bem com a pandemia? Ele poderia ter reduzido o número de mortes? Talvez o resultado fosse diferente.

– 247- É. Poderia ser: ele tomou providências responsáveis, com relação à pandemia?

– JC – Então acho que tem que ponderar muito isto. Agora, apoio ao governo Bolsonaro… Na verdade tem muitos elementos a serem considerados também. O Bolsonaro não é um presidente em segundo ano de mandato. Atualmente ele tem a segunda pior avaliação da história. Só o (Fernando) Collor tinha uma avaliação pior que a dele. Enfim, as pessoas têm uma ideia de que ele representa uma alternância de poder. Então, também não é simples você chegar e dizer que tem que tirá-lo de qualquer maneira. Tem uma série de questões aí que sugerem cautela ao ler esta pesquisa. O ponto fundamental é só levar em conta que, sim, inegavelmente os R$ 600,00 vão beneficiar a popularidade dele. Agora, não dá para dizer que são só os R$ 600,00.

– 247 – E quais os outros aspectos que poderiam ter contribuído para esse aumento?

– JC – Sem dúvida o Bolsonaro tem uma base de apoio que passa por um conservadorismo moral que ele representa por ideias de família, de ordem. Muita gente apoia o Bolsonaro por um discurso de Segurança Pública… Ele tem um apoio das forças de segurança, de modo geral, muito significativo… E tem um amplo apoio dentro das igrejas pentecostais. Sem contar o apoio entre os conservadores da Igreja Católica… Enfim, ele tem uma estrutura aí que não abandonou o bolsonarismo.

– 247 – Esta estrutura é bastante fiel, não parece? Esta que forma os 30%?

– JC – Olha eu nem sei se são 30% mesmo. Eu acho que tem variações aí, mas eu acho que é uma estrutura que não se resume agora ao Nordeste e aos R$ 600,00. Ora, ele melhorou agora, quando apareceu na pesquisa Datafolha. Este é o primeiro ponto. O segundo ponto é que, sim, a parcela dos R$ 600,00 aprova ele mais que a média, mas também não é aquela coisa de dizer: este é um movimento que justifica tudo. Eu acho que o Bolsonaro continua tendo bases fortes, mas não houve uma mudança significativa.

– 247- O Sul continua firme, dando apoio…

– É, o Sul. E ali a base dele é bastante diversa, também. Não existe um perfil único de eleitor bolsonarista.

– 247- No segmento jovem, pela pesquisa, ele não tem o índice de rejeição que a gente esperava. Qual a visão que você tem disto?

– JC – Inegavelmente você teve uma ampliação dos discursos de direita nesta parcela jovem. A juventude também é uma parcela bastante heterogênea. Você tem o jovem que é pentecostal, por exemplo, e você tem o que não vai justificar pelo aspecto religioso. Existem grupos de jovens onde este discurso tem penetração. Eles têm aquela ideia de que é preciso surgir um partido novo, e por aí vai. Este eleitorado existe e vai se vincular ao Bolsonaro. A gente tem aquela ideia de que a juventude é um terreno propício para a esquerda, nesse mundo de ampliação pelas redes sociais. Ela não é mais, mas eu também não sei se no momento anterior a gente poderia falar isto também com tanta certeza.

– 247 – Eu vi o vídeo de um jovem, visivelmente da classe média alta, dizendo que o PT não detém a hegemonia do discurso político e não dá espaço para que haja o contraditório, por isto ele fecha com o Bolsonaro. Como você vê esse discurso? É este o eleitor jovem do Bolsonaro?

– JC – Eu acho que este discurso ante sistema, a ideia de que a esquerda é hegemônica, é um discurso forte, presente, e é uma das forças do Bolsonarismo. É um discurso presente na juventude. Como tem também o jovem de periferia alinhado com o discurso dele. Esse jovem também vai falar em liberalismo, em capitalismo, pregando o fim do estado, ou a sua redução máxima. Este segmento existe e eu acho que, em certa medida, pelo fato de o PT no poder ter sido uma longa experiência, isto permitiu que se construísse o discurso de que o PT e o poder são o sistema.

– 247 – Você acha então que eles consideram que votar contra o sistema é votar contra a esquerda?

– JC – A ideia de que a esquerda é o sistema, tirando o período da ditadura, vem desde o segundo governo Fernando Henrique. E, depois, quem passou mais tempo governando o país foi o PT. Então este discurso contra o sistema vai abrir uma brecha para que essa juventude que viu o PT governar, se identifique com esse discurso, muito bem armado do ponto de vista da divulgação política, quer seja pelas redes sociais, ou com a prevalência em certa mídia. Os colunistas incutem nesta juventude que votar no PT ou em um partido de esquerda é ser de direita. No período da ditadura, ou até o fim do governo Fernando Henrique, ser de esquerda era ser de oposição. Parte da direita soube vender esse discurso que tem penetração na juventude, de que você tem que tirar o PT, porque o PT é tudo o que está aí, e é preciso mudar.

– 247 – Olhando pelo lado da esquerda, como atrair essa juventude com um discurso eficiente, que conquiste a base jovem e a parcela de centro-direita?

– JC – Esta é a pergunta que vale um milhão. Não dá para pensar que só eleitoralmente dá para fazer isto. Você precisa ter um movimento de renovação de liderança, de movimentação de base, e por aí vai. Num curto prazo, eu vejo a esquerda com uma resistência forte por parte da sociedade. Porém, isto não é estável. Tem espaço para fazer política e tentar modificar isto. Eu não acho que isto vai se dar num curto prazo, também não acho que o poder desgastou a esquerda. Algumas dessas trajetórias vão se desgastar com o tempo e enfrentarão problemas. Só torço para que tenha eleição até lá.

– 247 – O Fernando Haddad, ex-candidato à presidência da República, pelo PT, disse em uma entrevista recente, ao 247, que os nossos teóricos envelheceram e que é preciso haver uma renovação nos discursos. Você concorda com isto?

– JC – Não sei. Eu acho que o que tem nos faltado não é, necessariamente, jovens intelectuais. Existe um certo fetiche da fórmula alquímica, mágica, do discurso. Não acho que é assim que funciona. Não acredito que seja o envelhecimento dos teóricos. Eu acho que houve uma certa burocratização da esquerda que se distanciou da sua base. Isto de fato existe. Houve uma certa acomodação no poder. Mas também é difícil você resistir, com tantas estruturas que operam contra. Não sei se a questão é só intelectual. Acho que passa por organização política, por um lado, e por outro tem também o tempo no mundo. Este mundo tem tendido mais para a direita. Enfim, os movimentos passam muito por aí. Não sei se é uma questão de ausência de repertório.

– 247 – Dá para analisar a mistura: pandemia, Bolsonaro, mais isolamento social? Qual foi o resultado disto?

– JC – É precipitado cravar o resultado disso. Acho que ainda é cedo para saber, porque a pandemia ainda está em curso. Ainda temos aí a perda de cerca de mil pessoas por dia e os que estão próximos delas tendem a ser afetados, certamente. Mas o esperado é que o modo como Bolsonaro lidou com a pandemia, que o custo disto para ele gerasse maior desgaste do que até agora gerou.

– 247 – Esse quadro gerou um imobilismo, necessariamente na esquerda…

– JC – Sim. Isto impediu que a esquerda, que acredita na ciência, que cumpre o isolamento, se movimentasse. Impediu movimentos importantes, como a ocupação das ruas, do mesmo modo que você teria se não existisse a pandemia.

– 247 – A esquerda não poderia ter tomado a iniciativa de, através das suas lideranças nas comunidades, ter se aproximado mais das suas bases durante a pandemia?

– JC – Convém tomar cuidado com isto, porque poderia soar oportunista. A verdade é que parte desta liderança das comunidades teria problema se a esquerda reivindicasse falar no lugar dela para fazer esta articulação. A gente pode diagnosticar que falta base, mas não sei se nós deveríamos pensar que fossem os partidos a organizar os trabalhos de auxílios nas comunidades. Até porque as lideranças nas comunidades são bastante fortes. O que a gente poderia questionar seria: os partidos deveriam ter sido mais presentes? Mais proativos? Mas que não é simples esta articulação, com certeza não é. Não é uma questão só de vontade. É mais complicado.

– 247 – Da mesma maneira que não é simples o Bolsonaro se deslocar para o Nordeste e achar que conquistou a região. Como você vê isto?

– Não é simples. Não é achar que dando os R$ 600,00, ou botando um chapéu de cangaceiro tudo estaria pronto. Não é pensar que as pessoas têm vínculos políticos estáticos, mas também achar que uma simples liberação de verbas já tomou o Nordeste… Temos que ter calma. Tem muita coisa para acontecer, ainda. Não dá para simplificar assim não. É evidente que um dinheiro como este modifica a maneira de pensar, mas não dá para cravar que chegou o dinheiro, mudou.