Veículo: O Tempo
Editoria: Opinião
Data: 19/08/2020
Título: Retomada: o papel das universidades e dos centros tecnológicos mineiros
As crises econômica e social, que pairam sobre o Brasil impõem uma série de desafios para a retomada dos índices pré-pandemia, bem como a captação de novos investimentos tanto por atores externos quanto internos. Neste contexto, Minas Gerais é um estado singular da federação, pois conta com a presença expressiva de Centros Tecnológicos, Institutos Federais, Universidades Estaduais e Federais, além de instituições privadas de alto nível, em todas as macrorregiões.
Assim, surge a Frente Parlamentar Minas-China, lançada 18 de agosto, com a adesão de 47 deputados da ALMG, de 17 partidos. A conexão acadêmica Minas- China, por sua vez, propõe a cooperação científica, educacional e tecnológica entre Minas Gerais e a República Popular da China, por meio de parcerias estratégicas que priorizem o desenvolvimento regional, tendo em vista a vocação cultural e econômica dos locais em que estão inseridas os campus universitário.
Minas tem território, tem recursos e já provou ser um celeiro de mentes brilhantes, isso fica evidente ao observar nossos centros educacionais. A UFMG é a instituição federal de ensino superior brasileira com melhor classificação no ranking Emerging Economies University Rankings 2020, da revista britânica Times Higher Education (THE). Há, na região central, instituições com grandes potenciais, como os CEFET’s, a UFOP, a UFSJ e uma rede privada que pode energizar estratégias coordenadas de desenvolvimento e transferências tecnológicas.
Indo para o interior, é impressionante o potencial que tem Lavras, no sul de Minas, com sua vocação para áreas da agrotecnologia, além do Parque Tecnológico da UFLA. As estruturas e os projetos existentes na Universidade Federal de Itajubá, com seu tradicional polo das Engenharias e Empreendedorismo, assim como a INATEL, em Santa Rita do Sapucaí, são motivos de orgulho para os mineiros.
A UFV com sua enorme vocação para a pesquisa, como também, a Universidade Federal de Juiz de Fora, figuram como importantes polos de desenvolvimento. No Triângulo Mineiro, a UFTM e a UFU são destaques em áreas da saúde e engenharia. Por fim, a UNIMONTES e a UEMG, importantes instituições estaduais, cujas presenças são fundamentais para as regiões norte, noroeste e centro-oeste do nosso Estado.
Buscamos institucionalizar essas pontes e construir a emancipação produtiva de Minas, gerando emprego, renda e desenvolvimento! Minas Gerais precisa caminhar em cooperação e competir, onde couber, a nível nacional e internacional. Esse é o objetivo da Conexão Acadêmica Minas- China. Que Minas Gerais reencontre a sua vocação natural para o progresso e para o desenvolvimento, como síntese de um país promissor.
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Veículo: O Tempo
Editoria: Opinião
Data: 19/08/2020
Link: https://www.otempo.com.br/opiniao/editorial/cortes-na-educacao-1.2373395
Título: Cortes na educação
Em um momento em que 50 mil estudantes estão sem aulas há cerca de cinco meses, as universidades federais enfrentam o desafio de como garantir não só a volta desses jovens, mas uma formação de qualidade com até R$ 1 bilhão a menos no Orçamento para o ano que vem. Uma redução impactante em uma receita que já estava defasada em R$ 200 milhões para dar conta dos gastos extraordinários gerados pela pandemia do coronavírus.
Nas universidades mineiras, estima-se, a tesourada negará R$ 38 milhões aos cofres da UFMG, R$ 20 milhões à UFJF, R$ 19 milhões para a UFV, R$ 10 milhões para a UFSJ, e a lista se estende.
Não se trata somente de dinheiro. Pesquisas para o desenvolvimento de testes rápidos – e até cinco vezes mais econômicos – da Covid-19 terão de ser interrompidas justamente quando serão mais necessários para avaliar o desempenho das campanhas de vacinação esperadas para começar no ano que vem.
Além disso, o país é um dos lanternas globais em número de profissionais altamente capacitados. O relatório Education at a Glance, da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), apontava em 2019 que somente um em cada cinco brasileiros entre 24 e 35 anos possui diploma de ensino superior. Isso é praticamente a metade da média dos 45 países pesquisados e fica a uma distância vergonhosa de países de economia vibrante, como a Coreia do Sul, onde sete em cada dez jovens são graduados – e o PIB per capita é seis vezes maior do que o brasileiro.
O país precisa, sim, organizar seu Orçamento para gastar bem e racionalmente, mas é preciso cuidado para que, com isso, não corte da planilha justamente o futuro de seus jovens.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Educação
Data: 19/08/2020
Título: Aulas remotas na UFJF começam dia 21 de setembro
O Conselho Setorial de Graduação (Congrad) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) aprovou, na última terça-feira, 18 de agosto, a data para o início do ensino remoto emergencial nos cursos de graduação. A retomada das atividades acadêmicas de forma não-presencial será iniciada em 21 de setembro.
Segundo a nota, “a Administração Superior havia previsto o reinício das aulas on-line para 8 de setembro, uma vez que a UFJF já teria condição de oferecer o ensino remoto emergencial, prevendo estarem prontas as plataformas e as capacitações. No entanto, o cronograma para início das atividades acadêmicas foi amplamente discutido por representantes dos segmentos estudantis e docentes no Congrad, tanto do campus-sede quanto do campus avançado de Governador Valadares, e a maioria dos conselheiros votou pela nova data”.
O novo calendário acadêmico, com todas as datas ajustadas, será publicado nesta quarta-feira, 19.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 19/08/2020
Título: UFJF participa de projeto nacional de produção de equipamentos para combate da Covid-19
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), junto com outras 11 universidades brasileiras, participa de um projeto de oferta de produtos de fabricação rápida para o enfrentamento do coronavírus.
O projeto sem fins lucrativos, intitulado “Fasten Vita”, é do Instituto de Ciência e Tecnologia (Inesc P&D Brasil) e tem como objetivo a produção de equipamentos de enfrentamento à Covid-19 em vários pontos do país.
Os produtos oferecidos pela iniciativa são protetores faciais, máscaras de ventilação não invasiva, cabines de isolamento, cabines de desinfecção de máscaras N95 por radiação ultravioleta (UV) e o reanimador automatizado Vita Pneuma, que visa a estabilização e manutenção de pacientes à espera de ventiladores pulmonares.
Segundo a UFJF, as peças para a produção dos equipamentos são montadas por meio de impressora 3D, máquinas de corte a laser ou de usinagem.
O professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e associado do projeto, Tarso Vilela Ferreira, destaca que a produção desses equipamentos nas regiões em que eles são demandados diminui os custos e o tempo de disponibilização da solução.
“Como o Brasil tem dimensões continentais, o envio de encomendas costuma tomar muito tempo e ter elevado custo”, aponta.
Segundo a UFJF, a produção em escala dos produtos é possível devido à plataforma de Internet das Coisas (IoT), que habilita então uma “linha de produção” ou “fábricas virtuais” para a fabricação dos produtos nos mais diversos pontos do país.
A plataforma foi desenvolvida no contexto do projeto, em uma cooperação entre a Comunidade Europeia e o Brasil, articulada pela Inesc P&D Brasil.
Juiz de Fora
De acordo com a UFJF, os pesquisadores em Juiz de Fora atuam no projeto como o núcleo de desenvolvimento de software.
O professor do Departamento de Ciência da Computação (DCC) da UFJF, Mario Dantas, explica que “o software foi desenvolvido na UFJF para a distribuição e fabricação dos equipamentos, solicitados através de uma rede descentralizada, e o projeto piloto está hospedado na UFJF”.
Pessoas físicas, empresas ou laboratórios podem ajudar o projeto Fasten Vita com doações de material para fabricação, dinheiro ou tempo de voluntariado. Os interessados devem preencher um formulário online.
Clique aqui para acessar o site do projeto e aqui para assistir a um vídeo sobre o mesmo.
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Veículo: National Geographic Brasil
Editoria: Ciência
Data: 19/08/2020
Título: Como marcadores no sangue podem prever a gravidade da covid-19
Desde que o novo coronavírus emergiu, em dezembro de 2019, cientistas do mundo todo têm se debruçado em decifrar a patogênese do Sars-CoV-2 – o mecanismo pelo qual o vírus desenvolve a doença em humanos. Em três estudos publicados recentemente, pesquisadores brasileiros realizaram descobertas importantes: marcadores presentes nas células e no sistema vascular no estágio inicial da doença que podem indicar a gravidade da covid-19 que o paciente desenvolverá.
Uma dessas pesquisas, realizada na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, encontrou cinco tipos de citocinas no estágio inicial da covid-19. A quantidade dessas pequenas proteínas presentes na célula, que agem como sinalizadoras da resposta imune, podem apontar se o paciente terá um quadro moderado ou severo da doença. Esses marcadores podem ser observados entre o nono e o 12º dia após a aparição do primeiro sintoma.
“O desenvolvimento de um quadro clínico mais grave da doença está relacionado não apenas com a carga viral, mas também com uma disfunção da resposta imunológica”, observa Carolina Lucas, uma das investigadoras principais do estudo publicado na revista científica Nature, em 27 de julho. “Além disso, conseguimos detectar marcadores imunológicos séricos presentes no sangue em uma fase inicial da doença. Isso poderia auxiliar no direcionamento do tratamento do paciente em futuras intervenções clínicas.”
Carolina é formada em microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde também fez mestrado em imunologia e licenciatura em biologia. Em 2018, a brasileira foi contemplada com uma bolsa do fundo PEW para cientistas latino-americanos conduzirem pesquisas no exterior. Desde então, trabalha no Departamento de Imunobiologia da Universidade de Yale, em New Haven, no estado de Connecticut.
Ao longo da carreira, a cientista brasileira concentrou-se na resposta imune contra infecções virais, como HIV-Aids, Zika e Chikungunya. Com a chegada do coronavírus aos Estados Unidos, foi escalada para coordenar a criação de um banco de amostras de sangue, saliva e urina de pacientes com covid-19 que dessem entrada no hospital de Yale em New Haven.
A partir desse acervo, pesquisadores de diferentes áreas puderam investigar o Sars-CoV-2. A equipe em que Carolina trabalha voltou-se para as características da resposta imunológica. No estudo publicado na Nature, eles avaliaram 113 pacientes com covid-19 moderada ou severa, entre 18 de março e 27 de maio. Um grupo controle também participou do ensaio clínico, formado por médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde que não haviam contraído o vírus.
O pico da carga viral acontece em torno de dez dias após a infecção e é similar em ambos quadros clínicos. Logo após, contudo, ocorre uma bifurcação que indicará o curso da doença. Enquanto o paciente que terá uma trajetória leve controla a carga viral, aquele que possui marcadores de covid-19 apresentam um controle deficitário, mais lento da carga viral. Isso resulta em uma disfunção da resposta imune que coincide com o agravamento do quadro clínico, com a necessidade de admissão em unidade de terapia intensiva (UTI) e maior suplementação de oxigênio.
Os pesquisadores de Yale consideram que essa falta de controle do vírus esteja relacionada com o aumento e descontrole de múltiplas citocinas. A resposta imunológica divide-se nos tipos 1, 2 e 3, explica Carolina. A primeira consiste em uma resposta clássica contra patógenos intracelulares, como é o caso dos vírus. Já a ação contra infecções ocasionadas por helmintos ou fungos, por exemplo, estão mais relacionadas aos tipos 2 e 3. Quando entra na célula, o Sars-CoV-2 deixa o mecanismo imune desorientado nos casos mais graves. Além da resposta de tipo 1, os pacientes que evoluíram para quadros severos estavam com elevados marcadores dos tipos 2 e 3. Essa mistura está diretamente associada com o agravamento da doença e também atrapalha no direcionamento da resposta mais adequada, de tipo 1.
“Eles apresentam como se tivessem um quadro alérgico, mais visto no combate ao fungo. É como se seu sistema imune estivesse completamente disfuncional, além de poderem ter uma ação patológica direta”, analisa Carolina. “Como o vírus não consegue ser controlado, o patógeno está sempre presente e essas citocinas continuam sendo produzidas, com excesso em todos os braços [do sistema imune].”
As três citocinas mais associadas aos quadros graves são as interleucinas 18 e 10 e o interferon. Esta última é uma citocina antiviral que desempenha uma série de funções para bloquear o patógeno e evitar que células vizinhas sejam infectadas, explica Carolina. Entretanto, os pesquisadores observaram que a citocina interferon, produzida por leucócitos (glóbulos brancos), é a segunda mais relacionada à fatalidades, caso esteja com nível elevado no começo da infecção. Esse papel patológico do interferon já foi identificado em doenças de outros coronavírus – o Sars-CoV-1 e o Mers –, assim como na inflamação exagerada em casos de influenza.
“É comum que os vírus induzam citocinas, mas isso tem que ser controlado para não gerar uma disfunção como está acontecendo”, avalia Carolina. “A [questão] é se o vírus realmente é o driver e, por não ser controlado, continua gerando essa citocina; ou se, por algum outro motivo, o corpo não está conseguindo controlar essa inflamação excessiva.”
Os estudos do grupo de Yale continuam. Os cientistas querem, por exemplo, descobrir a consequência da infecção em pacientes com alto índice de massa corpórea. Eles também estão analisando a resposta humoral (de anticorpos) e sua relação com a elevação de citocinas e outras complicações da doença, como coagulopatias. Além disso, entendem que, enquanto 113 pacientes são uma boa amostra para uma análise imunológica, mais voluntários de variados contextos serão necessários para novos ensaios clínicos.
Cascata de coagulação
Coagulação sanguínea e tromboses são patologias da covid-19 que preocupam a comunidade médica e científica desde o início da pandemia. Diante disso, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) investigaram quais são os mecanismos, a nível das células e das moléculas, que desregulam a coagulação e resultam em maior risco de trombose e, não raro, em óbito.
O estudo foi coordenado por Eugênio Hottz, professor do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), e Patrícia Bozza, pesquisadora e chefe do Laboratório de Imunofarmacologia do Instituto Oswaldo Cruz. A pesquisa envolveu tanto instituições de pesquisa básica (Fiocruz e UFJF), quanto ensaios clínicos no Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e no Instituto Estadual do Cérebro, no Rio de Janeiro.
Os cientistas obtiveram amostras sanguíneas e respiratórias de 35 pacientes com covid-19 grave, em até 72 horas após a internação em UTI, quatro de pessoas com quadros leves e duas assintomáticas. Em laboratório, isolaram a célula e outros componentes do sangue, como plaquetas, monócitos e o plasma. Então, utilizaram ferramentas de citometria de fluxo e microscopia para identificar o estado das células e a interação entre esses componentes. Em paralelo, a equipe médica acompanhou a situação clínica dos voluntários por um mês.
Os primeiros resultados foram publicados na revista científica Blood, em 17 de julho. Os pesquisadores descobriram um dos meios responsáveis pela coagulação na covid-19. Pacientes graves apresentaram elevada ativação plaquetária e maior formação de agregados plaqueta-monócito. A partir dessas manifestações, aqueles com maiores níveis de ativação plaquetária evoluíram com necessidade de ventilação mecânica e até mesmo óbito. Ambos eventos não foram observados nem nas pessoas com formas brandas da doença – sem necessidade de internação –, nem nos assintomáticos. Aqueles que precisavam ser admitidos na UTI, mas tinham menor atividade plaquetária, tiveram alta hospitalar.
A identificação desses dois mecanismos no estágio inicial da doença “poderiam funcionar como um sinalizador de que um paciente tenha mais chance de evoluir com um quadro grave”, antes mesmo de apresentarem as patologias, explica Hottz. “Essa interação da plaqueta com o monócito induz no monócito a expressão do fator tecidual, uma proteína que funciona como iniciadora da coagulação sanguínea.”
Hottz é pesquisador colaborador do Laboratório de Imunofarmacologia da Fiocruz e autor principal do estudo. Na UFJF, ele é chefe do Laboratório de Imunotrombose. Lá, os pesquisadores investigam as maneiras como os sistemas imune e da coagulação interagem e se complementam em doenças como a dengue e, agora, a covid-19.
A coagulação consiste em um processo de cicatrização do organismo para impedir sangramentos, segundo Hottz. Contudo, “quando ocorre de maneira intravascular e descontrolada, esse agregado de plaquetas com proteínas do sangue pode gerar trombos”. E esses trombos podem entupir vasos sanguíneos.
O descontrole ocorre em casos que o quadro do paciente evolui a ponto de exigir ventilação mecânica ou óbito. Isso porque o fator tecidual gera a chamada cascata de coagulação, na qual uma proteína no sangue vai ativando a outra – são dez tipos de proteína de coagulação no total. O trombo acontece ao fim dessa cascata, quando a proteína fator-I é ativada e uma rede de fibrina se forma junto à plaqueta.
A complicação decorrente das tromboses depende da localização do entupimento. Quando ocorre na perna, por exemplo, pode levar à amputação do membro, pois ele deixa de receber nutrientes que circulam no sangue, como oxigênio. No cérebro, possibilita o derrame. Na artéria coronariana, infarto. No pulmão, embolia pulmonar. “Todas essas complicações têm sido relatadas em casos mais graves da covid-19, levando até mesmo ao óbito desses pacientes”, afirma Hottz. Os pesquisadores ainda querem investigar se a ativação da coagulação amplifica a inflamação e, dessa forma, complica ainda mais o quadro.
Segundo Hottz, a identificação das vias moleculares envolvidas no processo de coagulação deve auxiliar no tratamento dos pacientes graves. Com a descoberta, medicamentos para inativação de plaquetas já disponíveis podem ser testados como alternativas no tratamento de trombose nos caso de covid-19. Isso, evidentemente, requer novos ensaios clínicos.
Trombose em tempo real
A rotina tem sido intensa no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). No processo de interiorização do novo coronavírus no estado, o HC é referência para casos graves na cidade. Praticamente todos os leitos de UTIs foram ocupados em julho. “Foram semanas difíceis”, conta Carlos Henrique Miranda, professor do Departamento de Clínica Médica da instituição.
Em paralelo ao atendimento na emergência, Miranda trabalha em pesquisas sobre a patogênese da covid-19. No mais recente, identificou, em tempo real, a presença de microtrombos nos pequenos vasos da região sublingual. O estudo foi publicado no Journal of Thrombosis and Thrombolysis, em 13 de agosto.
Até então, apenas ensaios post-mortem demonstravam a existência de microtrombos em pacientes diagnosticados com covid-19, observa Miranda. Com isso, ainda restava a dúvida se tais coágulos presentes, por exemplo, nos vasos do pulmão, tinham relação direta com a doença do novo coronavírus, ou eram resultado de uma coagulação intravascular disseminada, comum em pacientes que passam longos períodos internados em UTI.
Miranda já participava de outro estudo da faculdade, que avaliava a presença de microtrombose em pacientes com sepse de origem bacteriana. Para isso, tinham acabado de receber um vídeo-microscópio comprado com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Conforme a pandemia do novo coronavírus se alastrava para o interior, o médico decidiu analisar a presença desses microcoágulos na covid-19.
O estudo envolveu 13 pacientes internados no Hospital das Clínicas em estado grave, com insuficiência respiratória e necessidade de ventilação mecânica. A análise é feita na região sublingual por ser uma superfície mucosa e menos invasiva para realizar a observação da circulação sanguínea em pacientes vivos, diz Miranda. Por meio do vídeo-microscópio com luz polarizada, os pesquisadores conseguiram acompanhar o fluxo de sangue.
“O vaso é como um canudinho. Deve ser todo preenchido por hemácia”, ilustra Miranda. Logo no primeiro paciente, a equipe detectou falha de enchimento, o que sugeria presença de coágulo. O segundo apresentava quadro similar. No terceiro, por sua vez, os pesquisadores testemunharam a formação de um coágulo. O fluxo de sangue foi diminuindo até ser obstruído completamente, o que resultou no surgimento de um trombo. Dos 13 pacientes que participaram do estudo, 11 tiveram trombose.
“Do mesmo jeito que observamos debaixo da língua, o trombo deve ocorrer sistemicamente nos vasos do cérebro, do rim, do fígado, do pulmão”, acredita Miranda. “Pacientes com covid têm mostrado um estado de hipercoagulabilidade – facilidade para formar coágulos. Por isso, achamos que nos vasos dos outros órgãos isso deve acontecer também.”
Miranda considera que esses microtrombos podem contribuir para a piora do quadro clínico do paciente, pois dificulta ainda mais a oxigenação do sangue. Essas coagulações podem se estender para outras regiões do corpo e provocar disfunção múltipla dos órgãos, o que aumenta a mortalidade.
Mas o médico ressalta que esse é um trabalho inicial. Os pesquisadores precisam, agora, comprovar a evidência em um número maior de pacientes para determinar se isso tem “um papel importante no desencadeamento das complicações da doença”.
“A grande dúvida que temos hoje é se vale a pena ou não usar medicamentos anticoagulantes, que poderiam diminuir a formação desses coágulos e melhorar o desfecho dos pacientes”, observa Miranda. Quando o paciente é admitido na UTI, recebe uma dose baixa de Heparina, como profilaxia para evitar a formação de trombos. É um fármaco tradicional no tratamento de embolia pulmonar e infarto, mas que ainda não havia sido utilizado para doenças infecciosas como a covid-19.
“O que chamou a atenção é que, mesmo com essa dose baixinha, ocorria a formação dos trombos”, analisa o Miranda. Com isso, os médicos conduzem um ensaio clínico em que aplicam uma dose mais alta do anticoagulante, “para ver se protege da formação desses trombos e, assim, tem o benefício de melhorar os desfechos dos pacientes”.
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Veículo: Arch Daily
Editoria: Eventos
Data: 19/08/2020
Título: Seminário NIBS.02: As nuances audiovisuais na Arquitetura e no Urbanismo
Promovido pelo Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (CACAU UFJF), o programa de audiovisual doCACAU visa a democratização do ensino da Arquitetura para a comunidade, em conjunto com o saber cultural e social, como forma de transmitir o conhecimento obtido para fora dos muros da Universidade. Ele conta com vertentes internas voltadas para a produção audiovisual e atualmente de podcasts, também para serem publicados nas mídias do Centro Acadêmico.
Com a proposta de capacitação e de construção de conhecimentos, o doCACAU promoverá neste mês de Agosto, o segundo Seminário Interno do programa, o qual foi nomeado como “NIBS”. O nome tem por referência as sementes do cacau, o que trás uma analogia as mesmas, sendo o momento e lugar onde ocorre o processamento e o cacau vai se formando.
O Seminário será dividido em 3 eixos: “Imagem”, “Áudio” e “Vídeo”, tendo por objetivo trazer mais conhecimentos na área do audiovisual para o integrantes do podcast, já que, na arquitetura, recursos voltados para o áudio e vídeo estão cada vez mais sendo utilizados como forma de propagação de conteúdo e, até mesmo, apresentação de projetos. Dessa forma, é importante trazer alguns conceitos para que os profissionais possam ter um embasamento mais rico em relação ao assunto. Além disso, essa segunda edição do seminário será aberta à comunidade acadêmica tanto da UFJF, quanto das demais faculdades de arquitetura do país.
O evento ocorrerá entre os dias 26/08/2020 e 28/08/2020, e contará com rodas de conversa, palestras e aulas, todos realizados por integrantes do Núcleo doCACAU e convidados externos. Exclusivamente nesta edição, serão realizados dois Painéis Principais e a gravação de um podcast, produzido pelo mesmo núcleo. No primeiro dia, o eixo Imagem contará com o Painel de Arquitetura e Fotografia, tendo a ilustre presença da Fotógrafa de Arquitetura e Interiores Maíra Acayaba, a qual o seu trabalho já esteve em diversas publicações internacionais, entre revistas, livros e exposições pelo mundo. No segundo dia, no eixo áudio, teremos também a gravação ao vivo de um ‘podcast’, com o tema “O dilema em comunicar Arquitetura e Urbanismo”, com participação do podcast de arquitetura “Arquicast”, sendo divulgado através do perfil no Spotify do “docaCAST” e no Youtube da ‘FAU UFJF’. Finalmente, no último dia, nosso Painel Principal de Arquitetura e Cinema contará com a presença do Festival Internacional de Cinema de Arquitetura, o Archcine, que já apresentou mais de 100 filmes do Brasil e do exterior, consolidando-se como uma importante plataforma de difusão audiovisual sobre arquitetura e urbanismo no país.
A ideia é construir conhecimentos, democratizar e poder proporcionar a troca entre alunos e entre entidades externas, capacitando e inspirando trabalho em equipe.
O evento é gratuito e será realizado totalmente via internet, por meio das plataforma Discord e Google Meet. As vagas são limitadas, sendo um total de 50 para cada atividade. As inscrições estarão abertas a partir do dia 17 de Agosto, por meio de um formulário virtual, que se encontrará disponível no perfil do Centro Acadêmico do Curso de Arquitetura e Urbanismo (@cacau_ufjf) bem como no perfil da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFJF (@fauufjf).
Baixar as informações relacionadas com este evento aqui.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 19/08/2020
Título: Polícia Civil apreende adolescentes suspeitos de roubo na UFJF em Juiz de Fora
Dois adolescentes, de 15 e 17 anos, foram apreendidos nesta terça-feira (18), suspeitos de roubo no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).
Segundo informações da Polícia Civil, as apreensões ocorreram cerca de quatro horas após o registro do roubo. Um terceiro envolvido, de 18 anos, será indiciado pelos crimes de roubo majorado e de corrupção de menores.
A ocorrência foi registrada quando quatro jovens, de idades não identificadas, foram surpreendidos pelos três indivíduos no campus da Universidade, que levaram dois celulares e uma câmera semi-profissional das vítimas.
Com os adolescentes apreendidos, os policiais civis conseguiram recuperar todos os materiais roubados.
Os três suspeitos foram identificados durante diligências pelo Bairro Dom Bosco. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos (DERR), Delegado Carlos Eduardo Rodrigues, o jovem de 18 anos ainda está foragido.
“O local dos fatos é monitorado por câmeras de vigilância e possui vigilantes que atuam na proteção do interior da instituição e, mesmo assim, esses indivíduos decidiram realizar o roubo”, explicou o delegado.
Rodrigues afirma, ainda, que as investigações ainda estão em andamento, para apurar a participação dos suspeitos em demais atos fracionais e delitos ocorridos na região.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 20/08/2020
Título: UFJF divulga novo calendário e confirma retorno das aulas em 21 de setembro
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) confirmou, nesta quinta-feira (20), o retorno das aulas para o dia 21 setembro, por meio do Ensino Remoto Emergencial (ERE). A instituição também divulgou as datas do novo calendário acadêmico: o primeiro semestre deve ser encerrado no dia 27 de novembro, e o segundo semestre de 2020 irá de 14 de dezembro a 22 de março de 2021. As datas valem para os campi de Juiz de Fora e de Governador Valadares. A divulgação dos detalhes ocorreu em live realizada no canal da UFJF no YouTube durante a tarde. O novo calendário acadêmico já foi publicado e está disponível no site da instituição.
O acesso às disciplinas se dará por meio de duas plataformas virtuais: o Moodle, que já era utilizado pela instituição, e o Google, com atividades adequadas a cada um dos espaços, dependendo da necessidade de cada curso. Durante a live, a pró-reitora de Graduação, Maria Carmem Simões, também explicou que a lógica do ensino remoto é diferente do Ensino à Distância (EAD). “No EAD, toda a filosofia e projeto político/pedagógico são pensados, desde o início, para o ambiente on-line. Com o ERE, estamos propondo e apresentando a possibilidade de ensino e aprendizado de forma remota, usando tecnologias de informação, comunicação e todo um escopo de atividades”.
Ela destacou, no entanto, que esse modelo cumpre o objetivo de oferecer uma alternativa, enquanto não é possível reestabelecer as atividades. Os cursos, como reiterou a pró-reitora, continuam sendo presenciais, de modo que, durante a pandemia, serão oferecidas as disciplinas teóricas pelo ERE. As matérias teórico-práticas serão desmembradas quando possível. A parte prática será concluída quando as atividades presenciais estiverem liberadas, assim como as disciplinas que são exclusivamente práticas.
Prazos
Além disso, o ERE terá um site exclusivamente dedicado às informações sobre seu funcionamento e estrutura, que deve ser divulgado nos próximos dias. O Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional (CGCO) também trabalha na inclusão de docentes e discentes nas plataformas, e a expectativa é de que o procedimento automático seja concluído nesta sexta-feira (21).
Os departamentos devem disponibilizar as disciplinas que serão oferecidas pelo ERE entre os dias 18 de agosto e 4 de setembro. A previsão de divulgação dos horários das turmas é o dia 11 de setembro. Com isso, os discentes terão entre os dias 12 e 16 de setembro para confirmar as disciplinas que vão cursar pelo ERE, ou se vão assinar o termo de gravação das atividades simultâneas. O ajuste das matrículas, no entanto, pode acontecer até o dia 30 de setembro.
Auxílios e empréstimo de materiais
Nesta semana, a UFJF já tinha lançado editais para três modalidades de auxílio para estudantes da graduação e da pós-graduação, para apoio social e inclusão digital. Durante a live, o pró-reitor de Assistência Estudantil, Marcos Souza Freitas, explicou que os alunos que já participavam de algum outro auxílio oferecido pela Proae só precisam se cadastrar no Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (Siga) no ícone próprio.
Aqueles que ainda não eram atendidos por nenhum programa da Proae, mas podem ser beneficiados, devem fazer contato pelos meios indicados no edital, solicitar o auxílio e encaminhar a documentação de declaração de renda e a página do CadÚnico atualizada. Ele acrescentou que mesmo os alunos que têm acesso ao auxílio emergencial do Governo podem acumular os benefícios.
Ainda durante a live, uma outra forma de apoiar os estudantes, que está em elaboração, foi divulgada pelos representantes da Proae. A ideia é promover uma política de empréstimo de materiais. Esse objetivo passa por três eixos. O primeiro é a possibilidade de emprestar os computadores da instituição, que não estão sendo utilizados. O segundo passa por aprovar uma verba de R$ 1 milhão para comprar notebooks, que seriam emprestados também aos estudantes. Já o terceiro é a criação de uma campanha para doação de equipamentos da comunidade interna e externa para os estudantes. Em todos os três casos, os equipamentos seriam emprestados a alunos matriculados em alguma disciplina remota.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Notícia
Data: 20/08/2020
Título: UFJF divulga calendário acadêmico do ensino remoto emergencial dos cursos de graduação
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou nesta quinta-feira (20) o novo calendário acadêmico para o início do ensino remoto emergencial dos cursos de graduação. A modalidade foi aprovada pelo Conselho Superior (Consu) na última semana.
De acordo com o documento, as atividades não-presenciais do primeiro semestre letivo de 2020 começam no dia 21 de setembro e vão até 27 de novembro.
Já a previsão para o segundo semestre é de início em 14 de dezembro e de término em 22 de março de 2021. O calendário é válido para os campus de Juiz de Fora e Governador Valadares.
Calendário acadêmico
De 17 e 21 de agosto, o calendário acadêmico prevê o cadastramento de estudantes e de docentes para acesso às plataformas virtuais. O procedimento é automático e feito pelo Centro de Gestão do Conhecimento Organizacional (CGCO).
Os departamentos terão prazo de 18 de agosto a 4 de setembro para indicar quais disciplinas serão oferecidas em ensino remoto emergencial no primeiro semestre. A ideia é de que os horários das turmas sejam divulgados no dia 11 de setembro.
Os estudantes matriculados terão, então, de 12 a 16 de setembro para optar se irão cursar as disciplinas oferecidas de forma remota e assinar o termo de gravação das atividades simultâneas.
O período de ajuste de matrículas começa em 16 de setembro e vai até o dia 30 do mesmo mês, tarefa a cargo das coordenações de cursos. Nessa etapa, os estudantes terão a oportunidade de se matricular em outras disciplinas curriculares, desde que haja disponibilidade de vagas.
O calendário acadêmico prevê ainda todas as datas importantes do segundo semestre letivo. O documento está disponível no site.
Editais de auxílios digital e emergencial para estudantes
A Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proae) informou que está com três editais abertos para o desenvolvimento de ações de apoio social e inclusão digital na UFJF, diante do contexto de suspensão das atividades presenciais em decorrência da pandemia causada pela Covid-19.
Os editais de Auxílio Digital Graduação; Auxílio Digital Pós-graduação e Auxílio Emergencial Graduação podem ser conferidos na página da Proae e as inscrições podem ser feitas até o dia 23 de agosto.
Discussão
A pró-reitora de Graduação, Maria Carmen de Melo, aponta que o cronograma para início das atividades acadêmicas foi amplamente discutido por representantes dos segmentos estudantis e docentes, tanto do campus-sede quanto do campus avançado de Governador Valadares, e a maioria dos conselheiros, votou pela data vigente no documento.
“Os estudantes devem ficar atentos para os prazos apresentados no calendário, como, por exemplo, a confirmação da matrícula, a escolha das disciplinas que deseja cursar e o período que as coordenações de cursos têm para fazer os ajustes”.
De acordo com a Resolução n° 33/2020, do Conselho Superior (Consu) da UFJF, a realização do método de ensino nos cursos de graduação da Instituição, em caráter excepcional, seguem as orientações de proteção à saúde no contexto da pandemia de Covid-19.
Ensino remoto emergencial
Segundo a UFJF, a metodologia passa a ser utilizada como uma alternativa para a continuidade das atividades acadêmicas, considerando a qualidade da educação oferecida, assim como a inclusão, as condições de trabalho e a vigência emergencial.
Dessa forma, será desenvolvida temporariamente com o intuito de promover o ensino universitário, a partir da utilização de tecnologias digitais de informação e comunicação, possibilitando a interação entre o estudante, o professor e o conhecimento.
A instituição informou que é importante considerar que atividades de ensino remoto emergencial devem atender aos estudantes nas diferentes condições sócio-familiares, visando a facilidade de acesso e à melhor qualidade de ensino.
Neste sentido, dinâmicas simultâneas devem ocorrer nos mesmos dias da semana, horários previstos e cadastrados no Siga, de acordo com o Plano Departamental, ou em dias e horários acordados entre os professores e todos os alunos da disciplina, sem que haja sobreposição de horários com outras matérias obrigatórias do mesmo período e deve respeitar o turno de oferta do curso.
Por se tratar de uma metodologia diferente da habitual, os estudantes podem requerer, a qualquer momento, o trancamento total ou parcial da matrícula, justificando a impossibilidade do acompanhamento das atividades remotas, sem a necessidade de apresentação de documentação comprobatória.
Para tirar as dúvidas da comunidade acadêmica, a UFJF organizou uma série de lives para explicar sobre a metodologia remota de ensino. Os diálogos trazem temas diversos como, por exemplo, esclarecimento de dúvidas; desafios e possibilidades de ensino durante a pandemia; inclusão dos segmentos estudantis e docentes diante da situação de excepcionalidade; e o uso de metodologias ativas para a continuidade da oferta de uma educação de qualidade.
As atividades podem ser acompanhadas pelo canal da universidade sem a necessidade de inscrição prévia.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cultura
Data: 20/08/2020
Link: https://tribunademinas.com.br/noticias/cultura/20-08-2020/ufjf-retoma-domingo-no-campus-on-line.html
Título: UFJF retoma Domingo no Campus
O Domingo no Campus da UFJF estará de volta neste domingo (23). A universidade anunciou uma ação on-line que será transmitida nas redes sociais do projeto (@domingonocampusufjf) a partir de 9h. A programação do evento conta com oficinas de bordado, ginástica para terceira idade, produção de brinquedos com materiais recicláveis, além de brincadeiras e receitas. A ideia da instituição é retomar de alguma forma a experiência de interação proporcionada pelo evento original, mesmo à distância.
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Veículo: Acessa.com
Editoria: Saúde
Data: 21/08/2020
Título: JF registra redução em números de novos casos de Covid-19 e aumento na taxa de letalidade
A plataforma JF Salvando Todos publicou a oitava edição do Boletim Informativo da Covid-19. O projeto é uma iniciativa de pesquisadores do curso de estatística da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) para dar acesso fácil e amigável aos dados da pandemia do novo coronavírus no país. Entre os destaques da edição, estão a desaceleração das taxas de crescimento de casos e óbitos no Brasil; o crescimento da taxa de letalidade em Juiz de Fora; e a comparação dos registros de Minas Gerais em relação à região Sudeste.
De acordo com a análise epidemiológica, Juiz de Fora registrou 235 novos casos da doença, na 33ª semana epidemiológica (9 a 15 de agosto), uma queda de 42% em relação à semana anterior. Embora tenha apresentado um cenário positivo de novas notificações, o número de óbitos subiu 83% no mesmo período. Em números totais, o município contabilizou 4254 casos confirmados e 141 vidas perdidas, até a terça-feira, dia 18 de agosto. Os pesquisadores evidenciam no informe que, com base na análise de distribuição dos óbitos por faixas etárias, a maioria dos pacientes que vieram a falecer tinham 60 ou mais anos de idade, sendo 54% destes do sexo masculino. O documento destaca, ainda, o perfil etário dos casos diagnosticados: a maior concentração dos pacientes confirmados com a Covid-19 têm entre 20 e 59 anos de idade.
Queda de novos casos na Zona da Mata
A Zona da Mata registrou queda nos números de novos casos e vidas perdidas em relação à semana anterior a publicação do boletim. A mesorregião tem 15762 casos confirmados e 451 óbitos por coronavírus, com base nos dados da SES-MG. A região ainda não atende aos critérios de controle da pandemia, definidos por protocolos da Organização Mundial de Saúde (OMS).
No que tange ao Estado, a mesorregião de Minas Gerais com maior taxa de óbitos é o Campo das Vertentes, com destaque para a cidade de Barbacena. Já em relação à região Sudeste, o número de casos confirmados representa 15% dos registros da doença; os dados também apontam Minas Gerais com a menor taxa de letalidade da região. Na perspectiva nacional, os registros totais do contágio da Covid-19 já somam mais de 3 milhões de infectados. O tempo de duplicação de casos confirmados no país é de 63 dias. Segundo os pesquisadores, as taxas demonstram uma tendência de desaceleração, mas ainda não há evidências para afirmar que a pandemia esteja sob controle.