As comemorações realizadas pelo Museu de Cultura Popular da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) incluem postagens de receitas, tutoriais de decoração, brincadeiras, curiosidades e apresentação de peças do acervo.
Pratos típicos, bandeirinhas, fogueira, balões, quadrilha, o mês de junho traz saudade dessas comemorações. Traço marcante da cultura popular brasileira, a festa é a segunda maior do país, ficando atrás apenas do carnaval. Esse ano, porém, as celebrações precisaram ser adaptadas e reinventadas, afinal, todos aqueles que podem devem ficar em casa.
Durante todo o mês, levar esta tradição multicultural para o universo on-line foi a forma que o Museu de Cultura Popular, instalado no Forum da Cultura, encontrou para celebrar com o público as animadas festas juninas.
O que já aconteceu?
Iniciando a programação, os perfis do Forum da Cultura nas redes sociais ficaram cheios de receitas de comidas e bebidas típicas deste período. Teve canjiquinha, quentão, pé de moleque, arroz doce e outros pratos que podiam ser feitos em casa para matar a saudade das festas. Mas como nem só de comidas típicas se faz uma festa junina, a programação também contou com tutoriais de decoração mostrando passo a passo como fazer bandeirinhas, balões de papel e até flores. Curiosidades sobre a história das quadrilhas e dos festejos juninos também fizeram parte do conteúdo divulgado on-line.
O que vem por aí?
O Arraial do Museu de Cultura Popular acontece até o próximo dia 30. No Instagram e Facebook do Forum da Cultura, até domingo, dia 21, é possível aprender a marcar quadrilha e ficar por dentro da história e curiosidade de cada passo. A partir de segunda-feira, 22, serão realizadas apresentações de peças do museu com temática junina. Seis peças serão expostas ao longo dos dias, além de na quinta-feira,25, ser relembrada a mostra temática de 2016. São obras em cerâmica, gesso e palha, narrando a tradição dos festejos juninos. Será possível conferir estatuetas de bandas de pífanos, músicos nordestinos, casais dançando e casamento na roça.
As peças de cerâmica são originárias de Caruaru (PE), Roseira Velha (SP) e Turmalina (MG), retratando a ciranda, a dança da cobra e a dança do pau-de-fitas. A quadrilha é apresentada em uma maquete produzida por acadêmicos da UFJF que participaram do projeto Criação Cenográfica, em 2005. A montagem foi elaborada a partir do olhar do público, com pesquisas de opinião sobre o que era mais lembrado por todos a respeito dos festejos juninos. Nela estão presentes diversos personagens de uma festa na roça. Também é possível ver imagens de Santo Antônio, São João e São Pedro, importantes santos celebrados pelos católicos nesse período, além de fogueiras, comidas, bebidas e danças.
Museu de Cultura Popular
Contando com mais de três mil peças, o Museu abriga uma eclética coleção de objetos, em conjuntos nacionais e estrangeiros, com destaque especial para as cerâmicas portuguesa, nordestina e mineira, que figuram ao lado de brinquedos populares, imagens religiosas, trançados, tecidos e presépios. As exposições retratam a cultura nacional em seus ofícios, crenças e saberes.
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