Na manhã da quarta-feira, 17, a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) abriu seu ciclo de debates do 1º Congresso da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). Nesta primeira edição, o evento on-line propõe o tema “Realidade e Futuro da Universidade Federal”. O encontro inicial tratou das “Ações no combate à Covid-19: cenário atual e perspectivas”, como o objetivo de informar à sociedade sobre a experiência e as reflexões diante dos impactos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
A mediadora do evento e vice-reitora, Girlene Alves, abriu o debate destacando a importância da Universidade frente à pandemia. “As universidades públicas possuem papel fundamental nas ações de combate, assim como no achatamento da curva e nas funções que deve desempenhar.”
“Precisamos destacar que a defesa do SUS deve ser feita na prática” – Girlene Alves
Segundo o assessor da coordenação das ações de prospecção da presidência da Fiocruz e analista técnico de Políticas Sociais do Ministério da Saúde, Marco Aurélio Nascimento, uma das ações importantes no enfrentamento envolve a tecnologia e o Sistema Único de Saúde (SUS). “O Brasil, como poucos países, pode contar com o SUS, que fornece acesso à saúde a toda população. Contudo, as ações realizadas com todos os problemas de política e economia que estamos vivenciando não possuem o reconhecimento necessário. Por outro lado, por mais agravante que seja, há uma produção enorme pelo meio acadêmico, como atendimento e construção de hospitais.”
“A dinâmica é pensarmos como sairemos menos fragilizados desse cenário” – Marco Aurélio Nascimento
A professora da Faculdade de Medicina, Isabel Leite, atuante na área de Saúde Coletiva com ênfase em Epidemiologia de Doenças Crônicas e Qualidade de Vida, apontou questionamentos que devem ser feitos neste momento, principalmente em relação a devolução do conhecimento produzido pela Universidade para a população. “Neste ‘novo normal’ que estamos vivendo, há discussões plausíveis e que se tornam muito desafiadoras, como economia e saúde. É preciso pensar nas devoluções de conteúdo produzido dentro das universidades, principalmente para aqueles que fazem parte de grupos vulneráveis.”
“Para quem estamos produzindo? Estamos nos fazendo compreender? Precisamos continuar fazendo chegar à sociedade a produção da UFJF” – Isabel Leite
A professora e coordenadora do Laboratório de Habilidades e Simulação, Sandra Tibiriçá, destacou algumas das atividades desenvolvidas pela UFJF neste período, com foco operacional, de logística, financeiro e de planejamento. “As ações desenvolvidas pela Universidade têm chegado ao destinatário de forma efetiva. Foram criados oito leitos, laboratórios, ambulatórios para consultas e para pacientes com problemas respiratórios, além de parcerias firmadas com prefeituras e SUS, para exames e testagem da Covid-19. No campus da UFJF, cerca de nove mil idosos foram vacinados. Capacitamos agentes de saúde e demos atenção a pessoas com doenças crônicas, além da produção de álcool em gel, viseiras de proteção e sabão líquido e em barra.”
“A UFJF abraçou o município, trazendo todo conhecimento tecnológico acumulado e distribuindo à sociedade” – Sandra Tibiriçá
O Congresso
A UFJF participa, nesta quarta, 17, e na quinta-feira, 18, do 1º Congresso da Andifes. O evento acontece em ambiente virtual e tem como tema central “Realidade e Futuro da Universidade Federal”.
O espaço aberto se propõe a apresentar experiências e reflexões de cada uma das universidades federais diante do quadro pandêmico causado pelo novo coronavírus.
Na manhã da quarta-feira, 17, as universidades tiveram autonomia para promover em um formato livre, desde que virtual, para apresentarem uma síntese dos reflexos da pandemia, medidas de enfrentamento e cenários possíveis de retomada da normalidade em cada instituição.
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