Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Social
Data: 07/06/2020
Título: “José Luiz Rezende Pereira, 70 anos – Professor dos números e dos afetos”
Nascido em Leopoldina, vivia na roça, numa família de oito filhos. Disciplinado, José Luiz mudou-se para Juiz de Fora com a intenção de prosseguir nos estudos. Os pais alertaram o filho de que não tinham condições de arcar com aquela nova vida. Estavam felizes, mas faltavam recursos. Se algo não desse certo, as portas estavam abertas para que o filho retornasse. Mas deu certo. José Luiz dava aulas para ganhar dinheiro e poder estudar. De início, morava no próprio cursinho. Formou-se em engenharia elétrica e rapidamente tornou-se professor e pesquisador, após ser aprovado, dois anos depois, num concurso da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Na sala de aula, conheceu Dayse, com quem se casou e partiu para o doutorado na Universidade de Manchester, na Grã-Bretanha. Pouco depois de retornar ao Brasil, nasceu a primeira de seus três filhos. Em 1993, José Luiz passou a integrar o corpo docente da UFJF, onde foi vice-reitor por duas gestões, de 2006 a 2014. Trabalhava muito, todo o tempo. E levava para a casa, para as viagens, tanto as pesquisas, quanto as orientações. Cuidava da casa, também, por prazer e dom. “Foi ele quem ensinou minha mãe a cozinhar”, conta a filha mais velha, a educadora física Marina Pereira, a única a não escolher engenharia na casa de engenheiros. “Era muito teimoso. Se era azul, era azul. Ele sempre sabia o que devia ser feito. E se ele falou, era aquilo”, lembra ela, sobre o homem reconhecido por uma seriedade gentil. Não negava sorriso. Gostava de estar em família e de casa cheia. “Ele sempre foi uma pessoa muito amorosa, disposto a ouvir. Os primos, tios e amigos sempre procuravam ele para ter uma opinião. E ele gostava de ajudar”, diz a filha. Mesmo aposentado, o que aconteceu há dois anos, José Luiz seguia lecionando na pós-graduação. Para aproveitar o fim do verão, viajou com a esposa para o Nordeste. Visitaram Maceió e se hospedaram num resort em Maragogi, nas Alagoas. Era o paraíso. E os dois estavam felizes, vibrantes. Já alardeados com as primeiras notícias acerca do coronavírus no país, José Luiz e Dayse tomaram alguns cuidados no trajeto de retorno, mas o despreparo ainda era grande em toda parte. José Luiz costumava voltar gripado das viagens que fazia e não se importou muito com a febre que já deu seus sinais no dia seguinte à sua chegada em casa. Uma semana depois, o desconforto aumentou, e ele precisou ser internado. Desde o início foi tratado como um paciente de Covid-19, doença cujo diagnóstico só saiu tempos depois. No dia 8 de abril, José Luiz não resistiu e tornou-se a primeira vítima fatal do vírus em Juiz de Fora. “Ele era meu herói, um exemplo de homem”, emociona-se a filha Marina sobre um homem bom.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Educação
Data: 07/06/2020
Título: “Calma Nesta Hora leva cuidado em saúde mental durante a pandemia”
Projeto reúne 70 voluntários do Brasil e da Argentina para oferecer acolhimento on-line durante a quarentena
Há cerca de um mês e meio, um grupo voluntário formado por 70 estudantes e profissionais da área da saúde mental se uniu para oferecer acolhimento on-line gratuito. O projeto leva o nome Calma nesta hora e se dedica a ser uma porta de entrada, um acesso, para ajudar as pessoas a lidarem com condições difíceis, como solidão, ansiedade e medo diante da necessidade de enfrentar distanciamento social, aprender etiqueta respiratória e entender doenças como síndrome respiratória aguda grave.
O site pode ser acessado por qualquer pessoa no mundo. Por meio dele, os interessados podem conversar anonimamente com algum dos profissionais capacitados para oferecer esse atendimento. Há 40 voluntários no Brasil e 30 na Argentina, das instituições: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Salgado de Oliveira (Universo), Universidade Católica de Petrópolis e Universidad Nacional de Tucumán.
“Se a pessoa estiver com dificuldade de se organizar para o trabalho, se sente alguma ansiedade ou até medo em função de tudo o que está acontecendo, ou qualquer outra situação, vai encontrar alguém para entender melhor essa queixa, ou a causa desse mal estar”, explica o professor da UFJF, Telmo Ronzani, um dos organizadores do projeto. Os profissionais avaliam o grau de ansiedade ou gravidade daquele caso e orientam as pessoas . “Há casos mais graves, que precisam de psicoterapia ou outro tipo de atendimento especializado. Contamos com uma rede, para a qual podemos encaminhar, seja ela física, que esteja próxima de onde a pessoa vive, ou por atendimento on-line.”
Desconstruir preconceitos
O acesso ao atendimento em saúde mental ainda enfrenta barreiras. Algumas de ordem prática, que incluem a falta de serviço na região em que a pessoa vive, mas também persistem as dificuldades em função do preconceito. “Às vezes, as pessoas têm vergonha de procurar um profissional, porque demonstrar algum tipo de sofrimento mental ou angústia poderia ser sinal de fraqueza. Tentamos mostrar justamente o contrário. É normal apresentar algum tipo de sofrimento ante aquilo que não faz bem”, diz o professor.
A vivência desse trabalho tem mostrado que muitas pessoas buscam o serviço porque não tinham acesso de outras formas. “ Como é um atendimento anônimo, que não tem um contato direto, isso facilita muito para além da pandemia. O serviço ajuda a aproximar de um cuidado mais profissionalizado, mais adequado, e ter esse primeiro atendimento, para analisar melhor o caso”.
Mais de 20 mil atendimentos
Mesmo com poucas semanas desde o início da iniciativa, os voluntários do Calma Nesta Hora já realizaram mais de 20 mil atendimentos. Segundo Telmo Ronzani, esse número tão expressivo indica que, além da contaminação, todo o cenário de incertezas tem um impacto significativo na saúde mental das pessoas. “Temos visto muitos casos em que as pessoas estão sofrendo muito seja pelo medo da doença ou pelos impactos indiretos do isolamento social, intensificando as coisas que já existiam antes. Isso reforça essa necessidade de cuidar da saúde mental, para que tenhamos uma saída mais saudável também.”
A grande procura ao mesmo tempo que traz uma sensação de realização pelo trabalho, conforme o professor, também é um alerta e preocupa os profissionais e traz uma indicação importante para novos caminhos no pós- pandemia. “A maior parte do grupo é formada por profissionais, formados por universidades públicas, e isso indica que não estamos parado. Estamos sendo úteis, esse é um retorno que damos para a sociedade que é nossa obrigação. Esse trabalho também qualifica, porque é uma nova modalidade. Intervenções em saúde mediadas por tecnologias vão ser cada vez mais discutidas”, considera o professor.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 08/06/2020
Título: “Comitê de Combate à Covid-19 tem mais três participantes”
O pesquisador Fernando Antônio Basile Colugnati, indicado pela UFJF, e a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental, Cecília Kosmann, indicada pela Secretaria Municipal de Saúde, são os técnicos que passam a compor o Comitê de Enfrentamento à Covid-19 do município e vão assessorar o colegiado nas decisões que exigem maiores conhecimentos epidemiológico. Atendendo ao pleito dos empresários, também estreia no comitê o presidente da Agência de Desenvolvimento de Juiz de Fora, médico Célio Chagas. Todos devem participar da reunião desta terça-feira.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Educação
Data: 08/06/2020
Título: “UFJF prorroga prazo de levantamento de realidade digital de estudantes e servidores”
O diagnóstico tem o objetivo de levantar o perfil da comunidade acadêmica para subsidiar ações que podem ser realizadas tanto durante quanto após a pandemia do coronavírus, como atividades remotas.
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) prorrogou até o próximo domingo (14) para o preenchimento dos dados do levantamento para conhecer as condições de acesso à internet de estudantes, professores e técnico-administrativos da instituição.
O Diagnóstico das Condições de Acesso Digital tem o objetivo de levantar o perfil da comunidade acadêmica para subsidiar ações que podem ser realizadas tanto durante quanto após a pandemia do coronavírus, como atividades remotas.
O levantamento pode ser respondido através da internet, em um formulário disponível no Siga, sistema de gestão da instituição. Para que as pessoas com acesso restrito à rede, a UFJF montou equipes remotas para realização de contatos por telefone e correspondência.
Até as 17h desta segunda-feira (8), 15.722 formulários foram respondidos pela comunidade acadêmica. O total representa aproximadamente 62% do público esperado pela instituição. As respostas obtidas por telefone e pelos Correios serão computadas posteriormente.
A UFJF destacou que não pretende impor aulas remotas, modelos de educação para determinada área ou modelo específico de gestão, dadas as especificidades de cada curso, formação e setor, mas que precisar avaliar possibilidades diante do cenário de incerteza.
O Diagnóstico das Condições de Acesso Digital será um dos meios para fomentar decisões relativas às estratégias de enfrentamento pedagógico e administrativo, a serem tomadas pelas instâncias universitárias, tanto os conselhos setoriais, quanto o Conselho Superior (Consu).
A UFJF destacou que participação de todos os estudantes, docentes e técnico-administrativos em educação é primordial para o sucesso do diagnóstico.
Estudantes do Colégio de Aplicação João XXIII não precisam responder ao questionário. Porém docentes e técnico-administrativos em educação do colégio devem preencher o formulário.
A Central de Atendimento está responsável por tirar dúvidas da comunidade acadêmica pelo e-mail faleconosco@ufjf.edu.br ou pelo Whatsapp (32) 2102-3911. O número também funciona para ligações.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Educação
Data: 08/06/2020
Título: “UFJF encerra obras de Laboratório de Propulsão Híbrido-Elétrica”
Espaço de pesquisa será usado para desenvolver motor aeronáutico, em parceria com Embraer e Fapemig
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) anunciou nesta segunda-feira (8) a finalização da construção do Laboratório de Propulsão Híbrido-Elétrica (Laphe). O projeto é fruto da parceria com a Embraer S/A e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O laboratório é considerado uma estrutura pioneira no Brasil, visando o estudo e desenvolvimento de sistemas de propulsão para o setor aeronáutico.
A estrutura irá atender ao Grupo de Conversão Eletromecânica de Energia (GCEME), que reúne professores e estudantes de diversos setores da engenharia e conta com o apoio de pesquisadores da Unifei de Itajubá (MG) e Mälardalens University MDH, na Suécia. O prédio foi projetado para abrigar todas as instalações que o grupo irá precisar para desenvolver suas pesquisas. Foi um investimento de cerca de R$ 400 mil, custeado pela universidade. “Estamos motivados em transformar a UFJF em um parceiro da indústria e do desenvolvimento, que cria mais tecnologias e empregos”, observa o coordenador do projeto, Manuel Rendón.
Um dos principais projetos é o desenvolvimento de um motor aeronáutico híbrido-elétrico, sobre o qual a Embraer S/A demonstrou interesse em investir a longo prazo. Enquanto as aeronaves atuais contribuem para o efeito estufa pela queima de combustível, a proposta deste projeto é reduzir o impacto climático. “O motor híbrido-elétrico combina as vantagens do motor à combustão com o motor elétrico para queimar menos combustível e voar a mesma distância. Assim, reduz a emissão de gases e o impacto climático diminui”, explica Rendón. A tecnologia também propõe reduzir o ruído mecânico das aeronaves e aumentar a aceleração na fase de decolagem.
Segundo o pesquisador, o laboratório é uma forma de mostrar que a universidade tem capacidade de se tornar uma grande parceira no desenvolvimento de tecnologias aeronáuticas, uma área que envolve vários setores da engenharia. “Com a parceria poderemos conseguir recursos para comprar mais equipamento e pagar mais pesquisar e bolsas, melhorando nosso currículo acadêmico e produzindo mais publicações. Quando temos uma nova tecnologia, precisamos formar profissionais que entendem disso. Em 2050 provavelmente mais da metade das aeronaves serão híbridas ou completamente elétricas. Se a Embraer não introduzir essa tecnologia em suas aeronaves, ela vai sair do mercado e desaparecer como empresa. Para isso a universidade pública é um parceiro ideal, com altíssima capacidade de desenvolvimento de pesquisa por um custo baixo para a empresa, embora o ritmo seja mais lento”, destaca o professor.
Como parte da parceria, a Embraer financiou, de maneira conjunta, equipamentos para o banco de ensaios. De acordo com Rendón, foi um investimento de aproximadamente R$ 500 mil, sendo cerca de R$ 250 mil pagos pela empresa e a outra parte, pela Fapemig.
Durante a pandemia, o grupo segue trabalhando remotamente, mas a realocação dos equipamentos pode acontecer ainda nesta semana. A partir daí, as atividades serão repensadas para evitar aglomerações no espaço. O coordenador acredita que até o fim de agosto, o laboratório deve estar pronto para funcionamento. Cerca de 12 professores e mais de 30 alunos trabalham ou já trabalharam envolvidos com grupo.
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Veículo: Tribuna de Minas
Editoria: Cidade
Data: 08/06/2020
Título: “Feriados terão calor e sol em Juiz de Fora e região”
Massa de ar quente chega à região e provoca a diminuição da nebulosidade e o aumento das temperaturas
Nesta terça-feira (8), as condições meteorológicas são favoráveis ao tempo estável sobre o estado de Minas Gerais, por causa da atuação de uma massa de ar seco continental. Todavia, os ventos carregados de umidade que chegam do oceano Atlântico em direção ao continente provocam maior nebulosidade na região da Zona da Mata mineira. Em Juiz de Fora, entretanto, há a previsão de céu claro, não sendo descartado o aparecimento de nuvens em alguns momentos do dia.
De terça-feira em diante, uma massa de ar quente chega à região e provoca a diminuição da nebulosidade e o aumento das temperaturas. Assim também será o feriado de Corpus Christi, comemorado na quinta-feira (11) e também o Dia dos Namorados (12), bem como o Dia de Santo Antônio, padroeiro de Juiz de Fora, lembrado no próximo sábado (13). Nesta segunda, conforme o termômetro do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), instalado no campus da Universidade Federal de Juiz de Fora, a cidade registrou 15,8 graus de mínima, enquanto a máxima foi de 26,1 graus, cenário que se estende pelos próximos dias.
Nesta semana, os termômetros tendem a oscilar dos 16 aos 28 graus em Juiz de Fora e, apesar da proximidade do inverno, em virtude da massa de ar seco, os próximos dias serão mais quentes do que o registrado na semana anterior em Juiz de Fora.
Frente fria
Como já previsto pelos meteorologistas do Inmet, a nebulosidade percebida nesta segunda-feira (7) é reflexo da frente fria de baixa intensidade que passou pela região no domingo e, por isso, pode-se notar a ocorrência de chuviscos em algumas cidades da Zona da Mata, incluindo Juiz de Fora. Ela, no entanto, não deve causar queda nas temperaturas, tendo em vista o avanço da massa de ar quente e seco que se aproxima do Sudeste brasileiro. Assim, a semana será marcada pelo predomínio do sol.
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Veículo: Notícias Concursos
Editoria: Educação
Data: 09/06/2020
Título: “Levantamento da realidade de estudantes e servidores tem o prazo prorrogado”
A pandemia do novo coronavírus mudou a realidade de estudantes e servidores de instituições públicas e particulares de ensino
A Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) prorrogou até o próximo domingo (14) o prazo para o preenchimento dos dados do levantamento para conhecer as condições de acesso à internet de estudantes, professores e técnico-administrativos da instituição.
A pandemia do novo coronavírus mudou a realidade de estudantes e servidores de instituições públicas e particulares de ensino. Por conta disso, a universidade tinha iniciado um levantamento, no final de maio, para entender a realidade digital do público durante o isolamento social e traçar ações que poderão ser realizadas neste período.
Até nesta última segunda-feira (8), mais de 15 mil pessoas preencheram o formulário. O total representa aproximadamente 62% do público esperado pela instituição. As respostas obtidas por telefone e pelos Correios serão computadas posteriormente.
Estudantes e a comunidade acadêmica podem responder ao formulário por meio da internet, na plataforma de gestão da instituição, o Siga. A UFJF preparou equipes remotas para realizar contatos por telefone e correspondência. O documento ficará disponível até o dia 11 de junho.
O preenchimento do formulário leva em torno de cinco minutos, dependendo da conexão e do volume de tráfego. No caso de falha de conexão durante a operação, é possível retornar clicando em “alterar inscrição”. Dessa forma, o formulário pode ser retomado do ponto em que parou.
O documento dividiu as perguntas de acordo com o segmento de público e por temática. O acesso à internet, recursos digitais, condições socioeconômicas e de saúde são algumas questões contidas no levantamento.
A UFJF afirmou que não pretende impor aulas remotas, modelos de educação para determinada área ou modelo específico de gestão, dadas as especificidades de cada curso, formação e setor, mas que precisa avaliar as possibilidades diante do cenário de incerteza.
O Diagnóstico das Condições de Acesso Digital será um dos meios para fomentar decisões relativas às estratégias de enfrentamento pedagógico e administrativo, a serem tomadas pelas instâncias universitárias, tanto os conselhos setoriais, quanto o Conselho Superior (Consu).
A Central de Atendimento está responsável por tirar dúvidas da comunidade acadêmica pelo e-mail faleconosco@ufjf.edu.br ou pelo Whatsapp (32) 2102-3911. O número também funciona para ligações.
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Veículo: G1 Zona da Mata
Editoria: Saúde
Data: 09/06/2020
Título: “HU-UFJF inaugura Laboratório de Habilidade Realística em Juiz de Fora”
Espaço permite que profissionais e estudantes treinem habilidades técnicas para o combate à Covid-19.
O Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF/Ebserh) inaugurou nesta terça-feira (9) um Laboratório de Simulação Realística. O novo espaço para estudos da área da saúde está instalado na Unidade Santa Catarina.
De acordo com o superintendente do HU-UFJF, Dimas Araújo, o cenário em simulação realística é importante para o planejamento e organização dos cursos de formação profissional, capacitação e treinamento dos profissionais, além de residentes e alunos.
“Os aprendizados adquiridos ao serem incorporados na prática diária dos profissionais irão garantir uma assistência segura aos pacientes. Além disso, neste momento de pandemia, as equipes irão receber treinamento de como cuidar de pacientes com Covid-19 em procedimentos diversos com foco na segurança dos profissionais”, destacou.
O espaço conta com equipamentos especiais para treinamento, como manequins de baixa fidelidade, que simulam braço para punção venosa, tronco para reanimação, cabeça para intubação, até manequins que respiram, têm sons cardíacos, pulmonares, pulsos centrais e periféricos.
A simulação da prática também é destacada como diferencial pelo gerente de Atenção à Saúde do HU, Sérgio Paulo Pinto.
“É um salto de qualidade para o hospital, porque pode reproduzir situações que acontecem no dia a dia, que no meu entendimento é muito mais eficaz no treinamento da pessoa do que o tradicional, de aula. É um ganho permanente para o hospital, possibilitando o treinamento das equipes, formando equipes, criando protocolos e processos”, explicou.
O Laboratório de Simulação Realística foi inaugurado através uma parceria da Divisão de Enfermagem com a Gerência de Ensino e Pesquisa e Faculdade de Enfermagem da UFJF.
Capacitação para Covid-19
Para a médica do HU, Maria Augusta de Souza, especializada em treinamento com simulação e diretamente envolvida na criação do laboratório, o treinamento com simulação é uma estratégia moderna e eficiente para desenvolvimento de habilidades.
Ela destaca que no contexto de pandemia é importante a realização de treinamentos como de intubação orotraqueal, reanimação de parada cardiorrespiratória e manejo de ventilação mecânica, tanto para profissionais já familiarizados quanto para quem se desloca da área de atuação para o enfrentamento em áreas menos afins.
Além disso, a médica destacou também na atual situação de segurança e estresse, também é importante o treinamento com desenvolvimento das habilidades não técnicas: consciência situacional, tomada de decisão, comunicação, trabalho em equipe, liderança, gerenciamento de conflito e fadiga, habilidades essenciais para as atividades que envolvem alto risco.
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Veículo: Olhar Digital
Editoria: Brasil
Data: 09/06/2020
Título: “Covid-19: Brasil tem 10 vezes mais casos que o notificado, diz estudo”
Para chegar na estimativa, pesquisadores relacionaram a taxa de mortalidade do país com os índices de nações e territórios que promoveram testagens em massa
Um estudo de pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET) aponta que o número de casos de Covid-19 no Brasil é entre oito e dez vezes maior do que a quantidade confirmada oficialmente pelo Ministério da Saúde.
Até a manhã desta terça-feira (9), o país registrava 711 mil infecções, segundo dados publicados pelo consórcio de veículos da imprensa. Com base nestes números, o Brasil somaria entre 5,6 e 7,1 milhões de contaminações pelo novo coronavírus.
Conforme informações do UOL, a pesquisa utilizou um modelo computacional que relaciona o número oficial de óbitos com a taxa de letalidade – isto é, a proporção entre o número de mortes e o total de casos registrados da doença. O estudo comparou o índice de mortalidade do Brasil, atualmente em 5,5%, com as taxas de outros países e regiões que promoveram testagens em massa, como a Coreia do Sul e a cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Em ambas localidades, a letalidade do vírus registrada é de cerca de 1%.
“Quando publicamos nossa primeira nota técnica, em 30 de março, as estimativas eram de que a subnotificação era de 12 vezes”, disse um dos autores do estudo, o professor da UFJF Rodrigo Weber do Santos, em entrevista ao UOL. “De lá para cá o Brasil tem feito mais testes. Por isso que a previsão é de que o número oficial de infectados estaria subnotificado entre oito e dez vezes neste momento”.
De acordo com Santos, o grupo de pesquisadores envia notas técnicas e relatórios para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a pedido do próprio órgão governamental. Ele diz ainda que um estudo com as projeções dos cientistas já foi publicado na revista “Chaos, Solitons & Fractals”, da editora Elsevier, e outro trabalho está em fase de aprovação de uma publicação científica internacional.
Isolamento Social
O artigo dos pesquisadores da UFJF e do CEFET ainda aponta para deficiência de políticas de isolamento social no Brasil. A média de redução de contatos no país registrada em abril corresponde a 40%. O índice é bastante inferior se comparado a números da Itália e da Coreia do Sul, que reduziram o contato social em 75% e 90% no mesmo período, respectivamente.
“Essa caracterização da Covid-19 nesses diferentes países, cenários e fases da pandemia apoia a importância de políticas de mitigação, como o distanciamento social”, reforça a pesquisa.
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Veículo: Acessa
Editoria: Educação
Data: 08/06/2020
Título: “Critt promove live sobre mulheres empreendedoras”
Empoderamento feminino, mulheres empreendedoras, equidade de gênero em todas as atividades sociais e econômicas são os temas abordados na edição especial do CrittLives da próxima quarta-feira, 10 de junho, às 17h, no perfil do Centro Regional de Inovação e Transferência de Tecnologia (Critt) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), no Instagram (@crittufjf). Nesta seção, a gerente de Planejamento e Gestão, Débora Marques, recebe a jornalista e atual Miss Brasil, Julia Horta, para dividir as suas experiências.
Segundo a gerente, a live é para conversar sobre formas de empoderamento feminino por meio do empreendimento. “A ideia é passar para as mulheres que é possível empreender em qualquer área, embora a gente esteja fomentando o empreendedorismo tecnológico”, explica. Ela também relata que a Miss Brasil reforça “muito a questão do empoderamento e a importância de se colocar bastante reflexiva na sociedade, enquanto mulher, enquanto pessoa”.
A live é uma ação de divulgação do edital do novo programa de fomento ao empreendedorismo tecnológico feminino do Critt, o Adas Tech. O projeto é uma iniciativa realizada em parceria com o Grupo Mulheres do Brasil, com Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e com as startups Treinar Mais, Extraclass e Somma.
“Embora tenha aumentado o número de empreendedoras no Brasil, a maior parte delas acabam empreendendo em modelos de negócios tipicamente do universo feminino”, explica a gerente. Débora afirma que, em anos de história do Critt, poucas mulheres participaram dos programas de pré-incubação e apareceram como CEO das startups. “A ideia é trazer um programa que fomente o empreendedorismo feminino tecnológico, tanto para as pesquisadoras e alunas da UFJF, quanto para as mulheres que não estão na universidade, para que elas saibam quem pode apoiá-las”, conclui.
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Veículo: Aventuras na História
Editoria: Brasil
Data: 09/06/2020
Título: “Pesquisa estima que número de casos de coronavírus sejam 10 vezes maior que o notificado”
Desta forma, o Brasil teria atingido a marca entre 5,6 e 7 milhões de ocorrências. Motivo pela discrepância com os dados oficiais seria a falta de testes em massa da população
Segundo uma pesquisa adotada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o número real de infectados pelo novo coronavírus no Brasil pode ser de oito a dez vezes maior do que os dados divulgados oficialmente pelo Ministério da Saúde. Sendo assim, usando dados de ontem, 8, levantados pelo consórcio de imprensa — que registrou 707.412 casos —, o país teria atingido a marca entre 5,6 e 7 milhões de ocorrências (o que incluiu os assintomáticos).
Essa estimativa foi feita por um grupo de pesquisadores do programa de pós-graduação em modelagem computacional da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e do Centro Federal de Educação e Tecnologia (Cefet) de Minas Gerais.
Mas como os pesquisadores chegaram nesses números?
A estimativa desses dados foi feita através de um modelo computacional que relacionou os números de óbitos divulgado oficialmente com a taxa de letalidade da Covid-19 no Brasil: que é de 5,5%.
Assim, o estudo comparou esse índice com a de outros países, como Alemanha e Coreia do Sul, que fizeram testagens em massa e, portanto, apresentam uma notificação mais fiel à realidade, que é de cerca de 1%.
“Quando publicamos nossa primeira nota técnica, em 30 de março, as estimativas eram de que a subnotificação era de 12 vezes”, explica o professor da UFJF Rodrigo Weber do Santos, um dos autores do estudo. “De lá para cá o Brasil tem feito mais testes. Por isso que a previsão é de que o número oficial de infectados estaria subnotificado entre oito e dez vezes neste momento”.
Segundo Santos, essa metodologia já foi reconhecida pela revista Chaos, Solitons & Fractals, da editora Elsevier, que publicou um artigo sobre a pesquisa, que agora será avaliada por outra revista científica internacional.
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Veículo: UOL
Editoria: Brasil
Data: 09/06/2020
Título: “Coronavírus: casos de covid-19 são 10 vezes o notificado e somam 7 milhões, diz estudo”
Uma pesquisa brasileira adotada pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) como referência de estudo científico indica que o número real de casos de covid-19 no Brasil é entre oito e dez vezes maior do que a quantidade de diagnósticos divulgada oficialmente pelo Ministério da Saúde. Como o país atingiu ontem 707.412 casos segundo levantamento do consórcio de imprensa, o número estaria entre 5,6 milhões e 7 milhões — incluindo os assintomáticos.
A estimativa foi feita por uma equipe de pesquisadores do programa de pós-graduação em modelagem computacional da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) de Minas Gerais.
Para chegar ao número aproximado de doentes, os pesquisadores usaram um modelo computacional que relaciona o número oficial de óbitos com a taxa de letalidade da doença no Brasil, hoje em 5,5%. O estudo compara essa taxa com a de países e locais que fizeram testagem em massa, como Coreia do Sul, Alemanha e a cidade de Nova York, nos Estados Unidos. Justamente em razão da notificação mais acurada, a letalidade por lá, que gira em torno de 1%, é mais fiel à realidade.
“Quando publicamos nossa primeira nota técnica, em 30 de março, as estimativas eram de que a subnotificação era de 12 vezes”, explica um dos autores do estudo, o professor da UFJF Rodrigo Weber do Santos. “De lá para cá o Brasil tem feito mais testes. Por isso que a previsão é de que o número oficial de infectados estaria subnotificado entre oito e dez vezes neste momento.”
“Se por exemplo a notificação é de apenas 10%, como estimado pelos modelos computacionais, então em vez de mais de 700 mil casos de covid, o Brasil já tem mais 7 milhões de casos”
Rodrigo Weber do Santos, pesquisador.
Abin aprova modelo
A metodologia foi reconhecida pela revista “Chaos, Solitons & Fractals”, da editora Elsevier, que publicou um artigo com o estudo. O mesmo grupo já tem um segundo estudo sendo avaliado em outra revista científica internacional, segundo Santos
As notas técnicas e o artigo chamaram a atenção da Abin, que havia formado um grupo de trabalho interdisciplinar para avaliar diferentes ferramentas de simulação da evolução da pandemia. “Por solicitação, os cientistas da UFJF têm enviado a eles seus relatórios e artigos sobre covid-19”, diz o professor. O resultado da estimativa é parecido com outro estudo feito pela Covid-19 Brasil, encabeçado por pesquisadores de diversas universidades brasileiras. De acordo com essa metodologia, há no país 5.926.258 de infectados.
Para chegar a esse número, o grupo também usou como base a curva epidemiológica da Coreia do Sul. Com base no número de óbitos confirmados em cada faixa etária no Brasil, os pesquisadores usam um modelo matemático para aplicar as taxas de mortalidade registradas no país asiático à pirâmide etária brasileira, chegando a um número estimado de casos.
“São metodologias distintas, mas que apontam para um mesmo cenário de alta subnotificação”, pontua o professor Santos.
Assim como Santos, um dos coordenadores da Covid-19 Brasil, o professor de medicina da USP de Ribeirão Preto, Domingos Alves, atribui as mesmas razões para a alta subnotificação brasileira: “O motivo é a baixa testagem por aqui”, diz.
Isolamento social deficiente
O modelo computacional também detectou uma política de isolamento deficiente no Brasil, com uma redução de contato em torno de 40% em abril, enquanto a Itália e a Coreia do Sul reduziram 75% e 90%, respectivamente, o contato social no mesmo período.
Esse cenário pode se agravar no Brasil nas próximas semanas, após decisão de estados e municípios de afrouxar a quarentena, embora a pandemia ainda não tenha enfraquecido.
“Essa caracterização da covid-19 nesses diferentes países, cenários e fases da pandemia apoia a importância de políticas de mitigação, como o distanciamento social”, reforça o artigo dos pesquisadores da UFJF.
Sete vezes mais casos em centros urbanos
Uma outra pesquisa publicada na semana passada indica que, para cada caso oficial de covid-19, existem sete casos reais na população dos principais centros urbanos brasileiros.
O levantamento, coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas), foi realizado em 90 cidades brasileiras.
A pesquisa testou se as pessoas tinham anticorpos para a doença, o que significa que já foram ou estão infectadas pelo novo coronavírus, mesmo que assintomáticas. Já as estatísticas oficiais incluem apenas quem foi testado a partir dos sintomas.
No dia 13 de maio, véspera do início da pesquisa, essas 90 cidades somadas contabilizavam 104.782 casos oficiais. A estimativa do estudo, realizado entre os dias 14 e 21 de maio, no entanto, apontou para 760 mil infectados pelo novo coronavírus nessas cidades.
“Os casos confirmados, que aparecem nas estatísticas oficiais, representam apenas a ponta visível de um iceberg cuja maior parte está submersa”, pondera Pedro Hallal, coordenador geral do estudo e reitor da UFPel.
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